Desafios ambientais dos frigoríficos ainda são grandes no Norte
Dez anos após a “Farra do Boi”, o barulhento relatório do Greenpeace que despertou a comunidade internacional para a responsabilidade dos frigoríficos no desmatamento da Amazônia, os principais exportadores de carne bovina do país evoluíram no monitoramento dos fornecedores diretos de gado, barrando milhares de pecuaristas em situação irregular. Mas o problema está longe do fim, o que torna a situação cada vez mais urgente dada a severidade das mudanças climáticas. Atualmente, o principal gargalo está no fornecimento indireto. Os sistemas de monitoramento existentes não são capazes de certificar a regularidade do criador de bezerro ou boi magro que vende o animal ao produtor para engorda. No último ano, o aumento do desmatamento, aliado à retórica antiambiental de autoridades do governo, intensificou a pressão sobre as indústrias, sobretudo as maiores – JBS, Marfrig e Minerva -, que compram ao menos 38% do gado no bioma amazônico. Conforme dados do IBGE compilados pela associação civil Imaflora, o rebanho bovino amazônico cresceu mais de 20 vezes desde 1974 e superou 64 milhões de cabeças em 2018, enquanto o efetivo do país todo “apenas” dobrou, para 213,5 milhões de cabeças. Para responder ao problema ambiental, os principais frigoríficos buscam mecanismos para mitigar o risco de serem acusados de “lavagem de gado”, mas a solução do problema também depende do engajamento do governo federal, que parece ausente do debate. Um grupo de trabalho que estudava formas de monitorar o fornecimento indireto de gado foi encerrado pelo Ministério do Meio Ambiente em 2019. Procurada pelo Valor Econômico, nesta segunda-feira (16), a Pasta redirecionou o assunto ao Ministério da Agricultura – que, por sua vez, atribuiu a responsabilidade ao setor privado e passou a bola para a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). “O que se debate no momento é a adoção de protocolos privados por parte das empresas que operam no setor de carnes, com contratos de longo prazo com produtores em áreas de maior risco ambiental”, informou o Ministério da Agricultura, em nota. Do ponto de vista regulatório, os frigoríficos sugerem mudanças para viabilizar um controle mais efetivo dos indiretos. Atualmente, os documentos que regulam a movimentação de gado entre pecuaristas não são de acesso público.
Vietnã estuda proibir consumo e comércio de animais silvestres
À luz do coronavírus, conservacionistas pressionaram o governo vietnamita a acabar com o comércio de animais silvestres, informou o portal Anda nesta segunda-feira (16). A NPO Pan Nature enviou uma carta ao governo pedindo que protegesse a vida selvagem. Cerca de 14 outros grupos conservacionistas, incluindo WWF, Animals Asia Foundation e Save Vietnamese Wildlife, todos assinaram a carta, de acordo com o One Green Planet. A carta dizia: ‘A lição da SARS e agora da Covid-19 é clara: novos vírus continuarão a passar da vida selvagem para as pessoas, enquanto o tráfico de animais e o consumo da vida selvagem continuarem’. O Vietnã é um ponto de acesso conhecido pelo comércio de pangolins, pois a carne no país é considerada uma iguaria. Desde então, o primeiro-ministro Nguyen Xuan Phuc respondeu à carta, de acordo com o VN Express. O Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural recebeu ordens de compilar ‘rapidamente’ uma diretiva para proibir essas atividades. A submissão ao prazo final do governo é 1º de abril. O diretor da Pan Nature, Trinh Le Nguyen, disse em comunicado que a legislação funcionaria como um exemplo de quão importante é a conservação do mundo natural e o fim do comércio de animais silvestres. “Esperamos que, com essa resposta do primeiro-ministro, as agências de fiscalização demonstrem seu compromisso de erradicar completamente o comércio e o consumo de animais silvestres em nosso país”, disse Nguyen. Os cientistas acreditam que o coronavírus começou em um mercado úmido em Wuhan, na China. Mercados como esses vendem animais selvagens exóticos como pangolins, cobras e morcegos.
Polícia fecha rinha onde 300 galos eram explorados em São Paulo
Uma operação da Polícia Civil desarticulou um criadouro onde mais de 300 galos eram explorados e torturados em rinhas e torneios na cidade de Mairiporã, em São Paulo. O flagra ocorreu após denúncias anônimas, destacou o portal Anda nesta segunda-feira (16). No local foram encontrados troféus, documentos de contabilidade de torneios, esporas e medicamentos. Encontram ainda armas e munições. Pelo menos 15 pessoas foram detidas. Não há informação sobre o destino dos animais. A Polícia Civil descobriu no dia 14 de janeiro a existência de um criadouro com pelo menos mil galos explorados em rinhas. Os animais vivem em uma chácara no Grajaú, em São Paulo. Mantidos em gaiolas e baias, parte dos animais estavam bastante feridos. De acordo com os policiais que estiveram na chácara, o local conta com grande infraestrutura para criar os galos. Na propriedade foram encontradas muitas baias com suporte para água e ração, onde as aves ficavam confinadas. O criadouro foi descoberto após seis meses de investigações. Apesar disso, as aves não foram retiradas do local por não haver local de propriedade do estado com espaço suficiente para abrigá-las. O dono da propriedade ficará com a tutela dos galos. Ele será investigado pelos crimes de maus-tratos a animais, exploração de jogos de azar e associação criminosa. No Brasil, crimes contra animais estão previstos na lei 9.605 de 1998. Uma vez acusado, o responsável pode ser punido com multa e até um ano de detenção. No entanto, em uma entrevista à Agência de Notícias de Direitos Animais, o advogado criminalista e consultor da ANDA Sérgio Tarcha explica que existe um novo projeto que torna a pena de crimes de maus-tratos mais rigorosa. Segundo Tarcha, apesar de trazer avanços, crimes contra animais ainda não são vistos com gravidade pela Justiça. “A pena, hoje, é de 3 meses a 1 ano de detenção, ou seja, é nada. A lei que regula a matéria é a lei de crimes ambientais, 9.605/98, a nova lei, 11.210/18, que já foi aprovada pelo senado eleva para 1 a 4 anos de detenção, mais a multa. Ainda continua muito branda a legislação, em outros países é muito mais severo”, disse.
O Estado de S.Paulo – O impacto do coronavírus na economia dos municípios
O Globo – Ninho de tartaruga marinha na Praia de Itacoatiara ganha proteção com telas
G1 – Coronavírus: veterinário orienta sobre cuidados com animais
G1 – Animais são resgatados de barco pelos Bombeiros após chácara ficar alagada em Araguatins
G1 – Veterinário explica que animais não contraem e não transmitem o novo coronavírus
Valor Econômico – Frigoríficos começam a dar férias coletivas
Valor Econômico – Marfrig elimina cargo de CEO global e vislumbra IPO nos EUA
Valor Econômico – Desafios ambientais dos frigoríficos ainda são grandes no Norte
AgroLink – Preço do suíno vivo sobe 18%
AgroLink – Mercado do couro em espera
AgroLink – Oferta restrita dita o rumo dos preços no mercado de reposição
AgroLink – Coronavírus mantém o mercado do boi com baixa movimentação
AgroLink – Frigoríficos devem seguir trabalhando normalmente
AgroLink – Vacinação contra aftosa mantida a partir desta segunda (16)
Embrapa – Custos de produção de suínos e de frangos de corte sobem em fevereiro
Canal Rural – Coronavírus: Minerva vai paralisar operações de 4 unidades
Canal Rural – ABCZ adia ExpoZebu por causa do coronavírus
Canal Rural – Boi: mercado de reposição acumula alta de 5,5% no ano
Canal Rural – Turbulência do mercado faz preço da arroba do boi gordo cair
Canal Rural – ABCCC adia eventos com cavalos crioulos a partir do dia 23 de março
Canal Rural – Aplicativo gratuito apresenta informações sobre doenças em tilápias
Anda – Vietnã estuda proibir consumo e comércio de animais silvestres
Anda – Abrigos de animais ficam sem funcionários e cancelam feiras de adoção
Anda – Polícia fecha rinha onde 300 galos eram explorados em SP
Anda – Cantora Cher participa de campanha para ajudar animais selvagens
Anda – A face mais cruel do coronavírus é abandonar, sem nenhuma razão científica, os animais domésticos
Anda – Associação Cavalo de Lata entra para o programa nota fiscal gaúcha
Anda – Populações de baleias-azuis estão se recuperando na Antártida
Anda – Coalas ainda sofrem as consequências dos incêndios que devastaram a Austrália
O Boletim NK, produzido pela NK Consultores Relações Governamentais, é uma compilação das principais notícias publicadas em meios de comunicação do país sobre temas ligados ao setor.
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