Técnicos da Anvisa dizem que acelerar rivais do Ozempic pode travar remédios prioritários
Técnicos de setores de avaliação de medicamentos da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) afirmam que o plano de acelerar a análise de canetas emagrecedoras pode atrasar o lançamento de terapias mais importantes, incluindo para doenças graves, como câncer, epilepsia, Parkinson avançado e AME (Atrofia Muscular Espinhal), destacou matéria da Folha de S. Paulo. O alerta consta em duas notas técnicas elaboradas no começo de agosto, antes de a agência lançar um edital permitindo que produtos contendo liraglutida ou semaglutida, que são os princípios ativos de emagrecedores como Saxenda e Ozempic, furassem a fila de análises. Questionada sobre as manifestações dos técnicos, a Anvisa afirmou que os documentos tiveram justamente o objetivo de avaliar ’todos os aspectos de uma intervenção regulatória’. A agência disse que os riscos foram ponderados e que definiu um limite de processos priorizados para que não haja prejuízo a outras terapias. O órgão regulador afirmou que tem regras que garantem a priorização de análise de produtos que visam atender a condições sérias debilitantes, doenças raras e emergências em saúde pública, entre outras situações. Uma das notas obtidas pela reportagem contrárias a acelerar o registro das canetas, elaborada pelo setor de avaliação de segurança e eficácia dos medicamentos, diz que a mudança na ordem poderia gerar questionamentos da indústria e da sociedade. Isso porque os demais pedidos ’seriam preteridos mesmo diante de alta relevância clínica e de impacto na saúde pública esperados’, segundo a nota. O documento ainda afirma que acelerar os concorrentes de medicamentos como o Ozempic não é capaz de coibir as falsificações e a manipulação indiscriminada de medicamentos. Para acessar a matéria completa, clique aqui.
Presidente da Anvisa defende agência voltada a promover inovação nacional
O presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Leandro Safatle, 48, afirma que o órgão regulador deve atuar para promover pesquisas e medicamentos desenvolvidos no Brasil, destacou matéria da Folha de S. Paulo. A agência definiu uma lista de produtos que deseja tirar do papel ou ampliar o uso, incluindo a polilaminina, droga desenvolvida em pesquisa liderada por Tatiana Coelho de Sampaio, professora da UFRJ, e que, segundo estudos iniciais, se mostrou capaz de reverter sequelas de lesão medular. ’São assuntos que vão subir para a alta gestão para ajudar nesse processo. Se existir algum problema [na análise], vamos montar um comitê de especialistas, contratar algum ator importante, sentar com as áreas técnicas’, afirmou, Safatle em entrevista à Folha. Ele aponta como prioridade da sua gestão a redução das filas da agência. Em novembro, os diretores aprovaram uma série de medidas para a Anvisa conseguir cumprir os prazos legais de análise até o fim de 2026. Para medicamentos que não recebem algum tipo de priorização, por exemplo, o período de avaliação seria de até um ano. A Anvisa estima que, nos piores casos, leva até três anos para liberar o registro. Integrantes da indústria avaliam que o órgão vinha se alinhando ao Ministério da Saúde mesmo antes da nomeação de Safatle. A nova postura tem provocado divergências. Um dos focos de tensão com parte das associações das farmacêuticas foi a decisão de passar à frente da fila de análise as canetas emagrecedoras contendo liraglutida e semaglutida. Parte do setor de medicamentos critica a quebra da ordem das análises e diz que a medida atrasa a avaliação de dezenas de outras terapias que aguardam o aval para comercialização. Safatle nega prejuízo às terapias estrangeiras com as decisões recentes da Anvisa. Para acessar a matéria completa, clique aqui.
Camilo Santana defende prova do MEC como avaliação da medicina e diz que ‘não tem sentido fazer mais um exame’
O ministro da Educação, Camilo Santana, defende que o Brasil tenha uma prova nacional para aferir a formação dos médicos recém-formados, nos moldes do exame da OAB, mas avalia que não faz sentido criar um novo teste além do já existente Enamed. Em entrevista ao jornal o Globo, Santana diz não se opor a que o Conselho Federal de Medicina barre o registro de profissionais sem proficiência. Ele disse que a preocupação do CFM e dos congressistas é com a qualidade da formação médica no Brasil. “Temos essa preocupação também. Por isso, criamos o Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed), que avalia os cursos, e os primeiros resultados já podem resultar em sanções no ano que vem. Nós estamos sugerindo ao Congresso que o próprio Enamed passe pelas mudanças necessárias para garantir que seja essa prova tipo a OAB”. Sobre a proposta aprovada em comissão do Senado prever que o CFM não dê registro a quem não atestar proficiência na prova, ele diz não se opor. “Essa é uma decisão do Conselho, não vou entrar nessa questão, mas que a prova seja o Enamed. Não tem sentido fazer mais um exame. Nós criamos esse para avaliar anualmente os cursos de Medicina e fechar aqueles que não vão bem. Além disso, vamos ter duas aplicações, uma no meio do curso, também já no ano que vem, e outra final, como fizemos em 2025. E defendemos que o resultado do aluno esteja no currículo dele — o que ainda estamos analisando se, para isso, é preciso aprovar no Congresso. Garantir a qualidade da formação médica no Brasil também é uma preocupação do MEC e do Ministério da Saúde”, explicou. Leia a íntegra da entrevista aqui.
Plano Nacional de Cuidados terá R$ 25 bilhões em investimentos do Governo do Brasil
O Governo do Brasil anunciou, nesta segunda-feira (15/12), as ações que compõem o Plano Nacional de Cuidados, que terá um investimento de R$ 25 bilhões até 2027, informou a Agência Gov. A estratégia é estruturada em torno de 79 iniciativas, organizadas em cinco eixos, e envolve políticas como as cuidotecas, a capacitação de profissionais do cuidado, lavanderias públicas e creches. Foram publicadas três portarias nesta segunda-feira, uma que estabelece as ações do Plano, outra que institui a sua governança, composta por um Comitê Estratégico e um Comitê Gestor, e outra que abre o processo de adesão dos estados, Distrito Federal e municípios à iniciativa. O lançamento do Plano foi feito no auditório do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), em evento que contou com o ministro Wellington Dias e a ministra das Mulheres, Márcia Lopes. O público prioritário do Plano são as crianças e adolescentes (com atenção especial à primeira infância), pessoas idosas com necessidades de cuidado, pessoas com deficiência com necessidade de cuidados, trabalhadores do cuidado remunerado, trabalhadores remunerados com responsabilidades familiares de cuidado e trabalhadores não remunerados do cuidado. Os cinco eixos do Plano preveem: A garantia de direitos e promoção de políticas para quem necessita de cuidados e para quem cuida de forma não remunerada; A compatibilização entre o trabalho remunerado, a educação e as necessidades familiares de cuidados; O trabalho decente para trabalhadoras domésticas e do cuidado remunerado; O reconhecimento e valorização do trabalho de cuidado em suas múltiplas expressões e transformação cultural rumo a uma organização social dos cuidados mais justa e A governança e gestão do Plano Nacional de Cuidados. Para acessar a matéria completa, clique aqui.
Veja outras notícias
Agência Brasil
OMS reconhece o fim da transmissão do HIV de mãe para filho no país
Agência Câmara
Comissão aprova objetivos para ações no Dia Nacional da Diálise
Agência Câmara
Comissão aprova projeto que prevê divulgação de filas do SUS com proteção de dados
Agência Senado
Debate pede inclusão no SUS de válvula que pode evitar perda de visão
Agência Gov
Rede Ebserh realiza transplantes de medula óssea e muda vidas em todo o país
Agência Gov
Plano Nacional de Cuidados terá R$ 25 bilhões em investimentos do Governo do Brasil
Anvisa
Oficina discute processos e riscos para fortalecer a vigilância sanitária
Agência Saúde
Ministério da Saúde fortalece rede de atenção em saúde bucal em diversas regiões do país
Conitec
Inovação normativa da Conitec: entenda o que mudou
Conass
Programa do Canal Saúde mostra caminhos para um SUS mais eficiente
Folha de S. Paulo
Apenas 10% dos brasileiros lembram que diabetes pode afetar rins, diz Datafolha
Folha de S. Paulo
Justiça manda aplicar polilaminina em 4 pessoas que tiveram lesão medular recentemente
Folha de S. Paulo
Técnicos da Anvisa dizem que acelerar rivais do Ozempic pode travar remédios prioritários
Folha de S. Paulo
Presidente da Anvisa defende agência voltada a promover inovação nacional
Folha de S. Paulo
Queixas de pacientes com câncer contra planos de saúde triplicam em 5 anos
Folha de S. Paulo
Uso off-label de canetas emagrecedoras envolve riscos e transformações sociais, diz estudo
O Estado de S. Paulo
Associação anuncia interrupção de análises clínicas em hospitais e UBSs de SP por falta de pagamento
O Estado de S. Paulo
Inovação brasileira pode evitar amputação de pacientes com diabetes
O Globo
Anvisa aprova Wegovy para o tratamento de gordura no fígado
Jota
Conitec incorpora ao SUS novos medicamentos para leucemia e hepatite C
CNN Brasil
Estudo aponta ’manobras’ da indústria farmacêutica contra concorrência
CNN Brasil
Tecnologia médica ’made in Brazil’ é aposta para minimizar importações
CNN Brasil
Sífilis continua em ritmo acelerado de crescimento no país
Medicina S/A
Desigualdade na Nefrologia: região Norte concentra 26 vezes menos especialistas