Futuro do agro está na inovação, diz presidente da Embrapa
A inovação é fundamental para que o agronegócio mantenha o Brasil na liderança dos países produtores de alimentos, mas é preciso mais investimento em tecnologia, destacou a Embrapa nesta quinta-feira (30). Destinar 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional à pesquisa e ao desenvolvimento é insuficiente para que o país atenda às demandas globais. Mas, mesmo abaixo do nível de investimento mínimo de 2%, recomendado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil ocupa a 13ª colocação no ranking mundial de geração de conhecimento e 68º lugar em inovação. Na opinião de Celso Moretti, presidente da Embrapa, isso significa que o país é muito bom para gerar conhecimento, mas precisa ampliar a capacidade de transformar conhecimento em inovação. Segundo ele, a importância do agro no PIB – em torno de 22% – reforça a tese de que, com tecnologia e pesquisa, o Brasil vai conquistar mais destaque na garantia de alimentos para uma população mundial crescente. As declarações foram dadas uma semana após a assinatura do acordo de cooperação técnica para atração de investimento, firmado entre a Embrapa e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), em Brasília-DF. O objetivo da parceria é identificar os desafios relacionados ao cenário de investimentos estratégicos dos principais mercados do mundo, direcionados a projetos do setor. “Em função desse panorama, que exige mais empenho e alterações de direcionamento da produção científica, a Embrapa, a partir de fevereiro de 2018, reformulou o seu modelo de pesquisa, passando do produtivista para o de inovação”, explica, ressaltando que foi necessário adotar os níveis de maturidade tecnológica utilizados pela National Aeronautics and Space Administration (NASA), para que a empresa estivesse alinhada a uma linguagem tecnológica mundialmente conhecida. Sobre o potencial da Embrapa em contribuir com a inovação para o agro, Moretti destaca o trabalho das 43 unidades de pesquisa. “Eu ainda me surpreendo com a quantidade de soluções geradas”, comenta, dando como exemplos o lançamento da nova variedade de açaí, o BRS Pai D’Égua e o bioinsumo que disponibiliza fósforo armazenado no solo e representa economia de mais de 5 milhões de toneladas de fosfato importados pelo país anualmente. Entre as prioridades da pesquisa, voltada à inovação e soluções tecnológicas, o presidente da Embrapa chama a atenção para áreas como agricultura digital, integração lavoura pecuária floresta, edição genômica e bioeconomia, nas quais é preciso avançar ainda mais. Segundo Moretti, a economia de base biológica representa uma oportunidade importante para que o Brasil se torne referência mundial em bioeconomia. E cita o projeto desenvolvido por pesquisadores da Embrapa Amazônia Ocidental, que coordenaram uma expedição de 7 mil quilômetros pelos rios da bacia amazônica, para coletar microorganismos que poderão ser usados para controlar pragas e doenças. No que diz respeito à edição genômica, que prevê a utilização de tesouras biotecnológicas para edição do DNA das plantas, Celso Moretti destaca a importância dos estudos que poderão, entre as possibilidades, contribuir com o desenvolvimento de plantas mais resistentes à seca. Para o presidente, o País deve continuar investindo em instituições que trabalham com pesquisa, desenvolvimento e inovação. Moretti disse ainda que o Brasil, apesar de vencer o que chama de “batalha da produtividade e da eficiência”, está perdendo quando o assunto é comunicação. Quanto às parcerias, Celso Moretti disse que é preciso seguir na busca pela aproximação cada vez maior com o setor privado, assim como com universidades e Oepas, no desenvolvimento de projetos. Para ele, é fundamental garantir que a inovação beneficie de alguma forma os mais de 5,2 milhões de propriedades rurais brasileiras, a maioria de pequenos produtores.
Cartilha explica processo de regularização fundiária na Amazônia
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) elaboraram, nesta quinta-feira (30), uma cartilha com dados e informações sobre o processo de regularização fundiária na Amazônia. O programa irá beneficiar 147 mil pequenos produtores instalados na Amazônia que têm a posse mansa e pacífica da terra e aguardam há décadas, pelo menos 30 anos, pelo título definitivo. Para obter o registro da terra, os produtores terão de ter o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e não ocupar áreas com embargo ambiental, adequando-se ao Código Florestal, de 2012. O processo usará sensoriamento remoto para checar as informações geográficas das áreas da União (4 módulos fiscais) e dados do Sistema de Gestão Fundiária (Sigef), impedindo a regularização de terrenos sobrepostos a terras indígenas, unidades de conservação e áreas em litígio. Invasores dessas áreas cometem ilegalidades que devem ser coibidas pela polícia e punidas pela Justiça. Com o título definitivo, os produtores terão acesso ao crédito, à assistência técnica e tecnologia, além de responderem por eventuais irregularidades, como queimadas ou desmatamento ilegal, que venham a ocorrer nos terrenos. O processo de regularização fundiária tem o apoio do Conselho da Amazônia, do qual o Mapa faz parte. O Conselho trabalha em ações de curto, médio e longo prazo, buscando parceria com o setor privado, principalmente na exploração do potencial da bioeconomia e da agricultura de baixo carbono na região.
Congresso Brasileiro do Agro vai tratar do novo momento
Pela primeira vez, em 19 anos, o Congresso Brasileiro do Agronegócio, vai acontecer de forma virtual, de maneira a respeitar as medidas de proteção do coronavírus. O tema central será Lições para o Futuro. Os detalhes, desse que é um dos principais eventos do agronegócio nacional, foram detalhadas em uma coletiva de imprensa virtual, nesta quinta-feira (30). Segundo o portal AgroLink o congresso vai abordar, por meio de três painéis, temas centrais do novo momento do agronegócio: o Agro Brasileiro e a Crise Global; Mercado Financeiro, Seguro e Crédito Rural e O Agro e A Nova Dinâmica Econômica, Social e Ambiental. Estarão presentes debatedores e palestrantes renomados do setor. Para Marcello Brito, presidente do Conselho Diretor da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) o agronegócio continua bem, mesmo com alguns segmentos dele sendo afetadas, como flores e HF, e acredita que as expectativas são as melhores possíveis. O agronegócio brasileiro tem batido recordes em exportações, na casa de US$ 10 bilhões, após colher uma safra recorde de grãos e aberturas de novos mercados externos para vários produtos. “Acho que a grande mudança que chegou para ficar no agronegócio é a digitalização. Em 5 meses foi feito mais que em 10 anos, engajando até os pequenos produtores”, destaca. Brito complementa dizendo que as discussões do evento devem abordar questões importantes para o momento como a dificuldade econômica e de empregos, necessidade de produção sustentável e livre de desmatamento, cooperativismo e as novas possibilidades de crédito, cada vez menos dependentes do Plano Safra. Em termos econômicos a situação é atípica e, diferente do que acontece normalmente, a crise não veio de dentro do setor e sim de fora, causada pelos efeitos dos vírus. “As incertezas vividas são grandes mas alguns sinais se mostram positivos e o agronegócio vem se modernizando”, aponta Fabio Zenaro, diretor de Produtos de Balcão, Commodities e Novos Negócios, da B3. Para esta edição já são cerca de 8 mil inscritos de dentro do Brasil e de fora também. O Congresso acontecerá no dia 3 de agosto, entre 9h e 13h. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas neste link. Confira a programação.
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O Boletim NK, produzido pela NK Consultores Relações Governamentais, é uma compilação das principais notícias publicadas em meios de comunicação do país sobre temas ligados ao setor.
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