Acre livre de aftosa: Gestão da informação sobre rebanho contribuiu para reconhecimento como área livre da doença
A partir desta terça-feira (1), entra em vigor a instrução normativa editada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que reconhece os estados do Acre, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia e parte dos territórios do Amazonas e Mato Grosso como livres de febre aftosa sem vacinação. No Acre, a parceria entre a Embrapa e o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) permitiu organizar as informações sobre o rebanho bovino de 3,4 milhões de cabeças e os dados sistematizados subsidiaram a emissão de relatórios enviados ao Mapa, requisito para o processo. “Foi possível identificar que 95,2% das propriedades rurais do Estado possuem até 500 cabeças de gado. São 22.070 pequenas e médias unidades produtivas que concentram 1,9 milhão de cabeças de gado, quantitativo que representa 56% do rebanho do Acre”, afirma Judson Valentim, pesquisador da Embrapa Acre. O conhecimento detalhado dos dados sobre a evolução e movimentação dos rebanhos pecuários do Acre também trouxe benefícios para a ciência, permitindo à Embrapa focar suas pesquisas nos segmentos mais importantes desta cadeia produtiva. “Em 2019, a pecuária gerou um Valor Bruto da Produção (VBP) de aproximadamente R$ 1 bilhão e foi responsável por cerca de 50% de todo o VBP agropecuário do Acre”, destaca Valentim. Para José Francisco Thum, presidente do Idaf, a organização de informações, como a geolocalização de propriedades rurais e a análise de trânsito de animais, foi fundamental no processo de obtenção da área livre de aftosa sem vacinação e a Embrapa teve um papel importantíssimo nesse trabalho. “Por meio de um acordo de cooperação entre as duas instituições foi possível realizar algumas análises exigidas pelo Mapa para que a equipe pudesse tomar a decisão com maior segurança, baseada sempre em critérios técnicos”, conta. Há 15 anos o Acre foi considerado área livre de aftosa, mas com exigência de vacinação de todo rebanho duas vezes por ano. O Mapa editou, no dia 11 de agosto, instrução normativa que desobriga o Acre da necessidade de vacinação do rebanho. “Isso significará a ampliação das possiblidades de acesso da carne produzida no Estado, a mercados externos que remuneram melhor um produto de qualidade, com certificação sanitária e produzido à pasto. Tanto a boa infraestrutura de fiscalização do Idaf como a gestão eficiente das informações do rebanho foram exigências do Mapa para garantir a efetividade do sistema de governança sanitária local”, afirma Judson Valentim.
Projeto de pecuária sustentável quer ser modelo
A fazenda São Benedito, localizada em Pontes e Lacerda, no oeste mato-grossense, receberá um investimento de R$ 5 milhões para o desenvolvimento de um projeto que almeja ser referência mundial em pecuária regenerativa, informou o portal Agrolink nesta terça-feira (1). A implementação deve ocorrer até 2022 em 100 hectares, podendo ser ampliada para 1.200 hectares e, com objetivo de chega aos 23 mil hectares. O projeto chamado Pasto Vivo busca ser viável economicamente e ter carbono positivo através da criação de gado em sistema agroflorestal, reunindo bovinos, pastagem e floresta. A iniciativa quer mostrar como a pecuária, tão atacada por especialistas em meio ambiente, pode ser sustentável. A ideia é do Grupo Luxor, empresa familiar do Rio de Janeiro que, além da agropecuária, explora os setores hoteleiro e imobiliário. Para isso foi contratada a Pretaterra, especializada em implantação de modelos agroflorestais no Brasil e em outros países. “Os pecuaristas enfrentam os desafios das mudanças climáticas, savanização e desertificação; pastagens degradadas enfrentam temperaturas cada vez mais altas e severas estações secas. Segundo modelagens recentes, o aquecimento global pode aumentar o custo de produção da carne bovina brasileira em até 160%”, detalha Valter Ziantoni, engenheiro florestal e fundador da empresa. O projeto tem também como investidor o Meraki Impact. Já o Savory Institute (de agricultura holística e regenerativa), o Climate Smart Group e a Renature (ligados ao segmento de créditos de carbono) além da Embrapa Solos, contribuirão na área de pesquisa, avaliação de impacto, negócios e sistemas agroflorestais integrados. O Projeto Pasto Vivo objetiva criar o melhor modelo pecuário agroflorestal do mundo, e que possa ser replicado a partir da fazenda piloto. O objetivo macro desse projeto é inspirar outros pecuaristas que atuam na Amazônia a migrar dos modelos convencionais em direção a práticas mais sustentáveis e menos prejudiciais ao meio ambiente.
Tutor de animal de estimação deve ficar atento a produtos de limpeza
Neste momento em que o mundo enfrenta a pandemia da covid-19, a preocupação com a limpeza da residência para evitar a proliferação do vírus se intensificou. Os produtos utilizados são diversos, mas é preciso estar atento quando se tem um animal de estimação em casa, destacou a Agência Brasil nesta terça-feira (1). No país, há pelo menos 141,6 milhões de animais de estimação nos lares. Desses, segundo o Instituto Pet Brasil, 55,1 milhões são cachorros e 24,7 milhões, gatos. Há ainda as aves (40 milhões), peixes (19,4 milhões) e os répteis e pequenos mamíferos (2,4 milhões). Por isso, é necessário tomar cuidado, já que produtos tóxicos aos animais podem até causar a morte. Segundo o médico veterinário e presidente da Comissão de Clínicos de Pequenos Animais do Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo (CRMV-SP), Márcio Mota, os produtos mais indicados para a limpeza geral da casa e a desinfecção são o hipoclorito de sódio diluído (na medida de uma parte para dez), detergente neutro ou uma solução de amônia quaternária, que pode ser encontrada em pet shops. A terceira opção já é testada, sendo muito usada em clínicas, hospitais e consultórios veterinários, justamente por promover a limpeza sem oferecer riscos aos bichos. O tutor deve ainda ficar atento aos sinais de uma possível ingestão de algum produto. Segundo o médico veterinário, quando ocorre a ingestão, normalmente o pet começa a salivar bastante, alguns vomitam ou tem diarreia (ambos com sangue), o que sinaliza intoxicação. Na pele podem ocorrer alergias, com uma coceira muito forte e áreas avermelhadas, além do incômodo, que o animalzinho demonstra lambendo ou ficando muito inquieto. As manchas podem ser observadas principalmente na região da barriga, do ânus e patinhas, que incham. Uma das preocupações dos tutores é com os passeios na rua, já que, apesar de não pegarem nem transmitirem o novo coronavírus para o ser humano, os animais podem carregar o vírus nas patas e nos pelos e levá-lo para dentro de casa. Por isso, Mota ressaltou que é preciso fazer a higiene do cachorro todas as vezes em que ele for levado à rua. Nesse caso é importante nunca usar o álcool gel, nem o álcool 70º no animal, porque ambos podem causar queimadura nos coxins, parte inferior da pata, e que ficam em contato com o chão (conhecidos popularmente como almofadinhas). Para os banhos, Mota indicou que os tutores procurem fazer em casa, mas, se não for possível, sempre levar em locais de confiança, que estão seguindo à risca todas as regras de biossegurança preconizadas pelo CRMV, Ministério da Saúde e órgãos responsáveis. “Atentar para que o profissional que está dando o banho esteja de luva e máscara. Para quem vai usar o táxi dog, verificar a higienização das gaiolinhas. Mesmo assim, vale a pena limpar as patinhas na volta do banho e tosa”, disse o médico veterinário. Mota lembrou ainda que os gatos que saem para a rua também precisam ser higienizados quando voltam para casa. Segundo ele, o ideal seria não deixar os felinos saírem sozinhos para passear, mas se não houver alternativa, é preciso higienizá-los da mesma maneira que é feita com os cães.
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