Caso de naja que picou estudante em Brasília reacende debate sobre tráfico ilegal de animais
O caso de um estudante de veterinária que foi picado por uma cobra da espécie Naja kaouthia acendeu um alerta vermelho para uma questão maior no país: o tráfico ilegal de espécies silvestres. Segundo relatos da polícia ambiental paulista à Folha de S.Paulo, nesta quarta-feira (14), a percepção é de que as apreensões cresceram nos últimos anos. Em geral são feitas denúncias anônimas que levam aos mandados de busca e apreensão e às vezes a capturas de até centenas de animais de uma só vez. Sem pena de detenção, porém, o combate ao tráfico ilegal e ao contrabando patina. Cobras de fora do país como a naja, originária de países do sul asiático, são apreendidas frequentemente. As mais comuns são as cobras do milharal (popularmente chamadas de corn snakes) e pítons. No caso da apreensão feita em Brasília, uma das espécies era a boa de Madagáscar (gênero Acrantophis), espécie listada no apêndice 1 (de maior risco) de fauna ameaçada no Cites (Convenção Internacional para Troca de Espécies Ameaçadas, em inglês). A criação de espécies peçonhentas é proibida no país, justamente pelo risco de acidentes. Após o estudante de Brasília ter sido picado, a cobra foi encontrada próximo a um shopping da cidade. Os policiais acharam outros 16 animais em um criadouro ilegal e investigam possível ligação desse criadouro com a naja que virou notícia. egundo a legislação ambiental, regulamentada pelo Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), a criação de répteis no país é permitida com algumas condições. Os animais precisam ter licença do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e ser adquiridos em criadouros legalizados. Em 2015, o Conama passou para o âmbito estadual a elaboração de legislação para criação de animais silvestres em cativeiro, o que acabou favorecendo o tráfico ilegal. O tráfico é caracterizado pelo comércio ilegal de animais ou partes deles, capturados na natureza ou criados em cativeiros ilegais. Já o contrabando ocorre quando um animal ou planta é trazido de fora para dentro do país sem certificação. A polícia investiga se a naja de Brasília é fruto de tráfico ou contrabando. A Folha ouviu criadores legais de répteis que aceitaram falar sob condição de anonimato sobre a criação de animais silvestres no país. Todos disseram que a existência de uma naja no país não é surpresa e que tanto os órgãos ambientais quanto a polícia sabem do tráfico ilegal de espécies nativas e exóticas em território nacional e tentam há anos combatê-lo. Uma lei de 2002 que proibiu a abertura de novos criadouros legais não reduziu a demanda pelos bichos e aumentou a quantidade de animais que eram comercializados ilegalmente, afirmam os criadores. Um dos principais obstáculos para o combate é que crimes ambientais não levam à pena de detenção. Em geral, aplica-se uma multa no valor de R$ 2.000 em caso de animais exóticos, e de R$ 500 a R$ 5.000 para animais da fauna nacional, segundo o grau de risco de extinção da espécie. Além disso, os traficantes, responsáveis pela reprodução e comercialização ilegal dos animais no mercado negro, raramente são pegos. Por isso, quando faz uma apreensão, a polícia busca indiciá-los também por maus tratos aos animais e formação de quadrilha, crimes passíveis de pena de detenção.
Produção agrícola pode mais que dobrar em áreas que hoje são pastagens, reforça estudo
A área ocupada pela produção agrícola pode mais que dobrar no Cerrado e na Amazônia sem que nenhuma vegetação tenha que ser retirada, mas para isso a pecuária precisa intensificar para acompanhar o ritmo de crescimento projetado para a demanda, destacou o Valor Econômico nesta quinta-feira (16). É o que conclui estudo de seis pesquisadores brasileiros e americanos a partir de dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR) publicado na revista “Sustainability”. Com 31 milhões de hectares ocupados por culturas agrícolas em 2017, os dois biomas tinham então 74 milhões de hectares de terras já desmatadas e aptas para cultivos. Porém, dessa porção, 64 milhões de hectares já eram pastagens. Os pesquisadores traçaram quatro cenários de expansão da área agrícola no Brasil, considerando tanto as possibilidades previstas no Código Florestal como a alternativa mais restritiva, de desmatamento zero. E, mesmo nesse cenário, viram espaço para avanço da agricultura. Para a expansão agrícola não derrubar nenhuma área de vegetação nativa no Cerrado nem na Amazônia, e avançar sobre áreas de pastagem, a extensão ocupada pela pecuária poderia se deslocar por outros 47 milhões de hectares, que equivale à área que já foi desmatada nesses biomas mas que não são aptas à agricultura. Trata-se de uma área menor que a ocupada por pastagens nesses biomas atualmente. Mesmo se for considerado um horizonte de dez anos, a pecuária ainda precisaria se intensificar para que a expansão da agricultura não avance sobre vegetação nativa. Em 2018, o Ministério da Agricultura previa que, até 2028, a área agrícola teria que crescer 24 milhões de hectares para atender à demanda global por alimentos brasileiros, enquanto a produção da pecuária teria alcançar 125 milhões de cabeças de gado. Porém, se o nível de ocupação de bois por hectare se mantiver o mesmo de 2017, seria preciso que a pecuária avançasse por 76 milhões de hectares de 2018 a 2028, uma extensão maior que os 47 milhões já desmatados no Cerrado e na Amazônia. O estudo ressalta que a pecuária poderia melhorar com estratégias “realistas” de intensificação e precisaria elevar a ocupação de 1,64 para 2,66 cabeça por hectare. O desafio, porém, é garantir os elevados custos com apoio técnico e acesso a financiamento com critérios sustentáveis, defendem os pesquisadores.
Doenças respiratórias e articulares em cães são mais frequentes no frio; saiba como prevenir
A mudança de temperatura afeta não só os humanos. Doenças respiratórias e articulares em cães são mais frequentes no frio, e o pet precisa de cuidados extras para manter a saúde, informou o Blog Bom pra Cachorro da Folha de S.Paulo nesta quinta-feira (16). A gripe canina, ou tosse dos canis, é altamente contagiosa entre os animais. Tosse seca e persistente, febre e falta de apetite são alguns dos sintomas, mas a doença pode ser evitada com dose anual de vacina. Outras medidas preventivas são evitar aglomerações entre animais não vacinados e proteger o cachorro de friagem. “A temperatura mais fria e o aumento da umidade favorecem a proliferação de vírus e bactérias, principalmente em situações de aglomeração. O contágio da gripe se dá pelo ar ou pelo contato direto com animais infectados”, diz o médico-veterinário Alexandre Merlo, gerente técnico de animais de companhia da empresa de saúde animal Zoetis. Já os problemas articulares podem ocorrer durante o ano todo, mas são mais evidentes no inverno. Segundo o veterinário, os sintomas podem incluir dor, limitação de movimentos — como não subir no sofá ou não fazer festa para o tutor—, falta de apetite, tristeza. Por isso, observar o comportamento do animal. “É muito importante que o animal receba o tratamento adequado aos primeiros sintomas, para evitar que a doença se torne um problema crônico, quando não há cura imediata. O tratamento convencional é feito à base de anti-inflamatórios e analgésicos. Terapias alternativas, como acupuntura e fisioterapia, também são recomendadas, a depender do caso e da gravidade.” As causas podem estar relacionadas a vários fatores, como genética, alimentação ou o ambiente onde o pet vive. Cães obesos ou que passam a maior parte do tempo em locais com pisos lisos e escorregadios, por exemplo, estão mais propensos a desenvolver a doença.
Folha de S.Paulo – Caso de naja que picou estudante em Brasília reacende debate sobre tráfico ilegal de animais
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O Boletim NK, produzido pela NK Consultores Relações Governamentais, é uma compilação das principais notícias publicadas em meios de comunicação do país sobre temas ligados ao setor.
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