Dia de luta contra a exportação de bois vivos combate a crueldade animal
Neste domingo (14), celebrou-se o “Dia Internacional contra a Exportação de Gado Vivo”. A data visa combater uma das mais cruéis práticas de exploração animal, destacou o portal Anda. No ano passado, um movimento internacional liderado pela ONG Compassion in World Farming mobilizou 41 países, inclusive o Brasil, em torno deste dia. A data tem o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a crueldade imposta aos animais por meio da exportação. Transportados em navios durante semanas, os bois são amontoados em ambientes pequenos e insalubres. Em contato com os próprios excrementos, eles sofrem com a falta de ventilação, alimentação e hidratação adequadas e não dispõem de espaço para deitar e descansar. Eles também não recebem assistência veterinária e estão sujeitos às intempéries climatológicas. Muitos não suportam a insalubridade e morrem antes da chegada ao país de destino. Os protestos foram iniciados em 2017. Na época, 30 países participaram. O Brasil faz parte dessa iniciativa desde 2018, quando 33 nações foram mobilizadas. No ano passado, as manifestações brasileiras foram coordenadas pelo Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, em parceria com ONGs de 12 cidades participantes. Diretora de Educação do Fórum, a geógrafa Elizabeth MacGregor explicou à Agência Brasil que “a questão do bem-estar animal é zero” nas exportações e que essa atividade é economicamente ruim para o Brasil, porque representa apenas 1% do que é produzido pela agropecuária brasileira. MacGregor lembrou que todos os países que importam bois vivos também realizam a importação de carne embalada. Os únicos beneficiados pela exportação são os empresários que vendem esses animais. Os maiores prejudicados são os bois e o meio ambiente – parte dos excrementos dos animais e até mesmo os corpos daqueles que morrem durante a viagem são jogados no mar, alterando negativamente o ecossistema marinho. “Ambientalmente é péssimo. [Os navios] vão cheios de outras substâncias que afetam o meio ambiente”, disse MacGregor. Em relação à questão econômica, MacGregor explicou que a exportação de boi vivo não é taxada e, por isso, não produz riqueza ao Brasil. Segundo ela, “o couro vai de graça” para o importador e a exportação não gera empregos aos brasileiros, mas o faz nos países compradores, como a Turquia e o Líbano. E se a forma como os animais são mortos no Brasil já é cruel, nos países que importam os animais é ainda pior. Isso porque eles os matam ainda conscientes, condenando-os a dor inimaginável. Segundo a diretora do Fórum Animal, a exportação não é benéfica ao Brasil “tanto na questão econômica, como na questão da imagem do país que, no momento, parece estar sendo deixada de lado”.
Adoção de gatos aumenta na quarentena, mas protetores reforçam responsabilidade
A quarentena causada pelo novo coronavírus fez muita gente trocar o escritório pelo home office e os passeios de fim de semana pelo sofá e sessões de filmes em casa, informou o Blog Gatices da Folha de S.Paulo nesta segunda-feira (15). Essa vida mais caseira e solitária acabou despertando a vontade de adotar um gato em algumas pessoas. A tendência foi percebida por Anna Carolina Soares, criadora do projeto Lar Coração Peludo, e Susan Yamamoto, uma das fundadoras da ONG Adote Um Gatinho, ambos de São Paulo (SP). Quando a quarentena começou em São Paulo, em 24 de março, a AUG decidiu interromper as entregas de gatinhos por 15 dias, para que voluntários e adotantes não precisassem sair de casa e se expor ao vírus. Mas, no final desse período, 35 felinos que já estavam com adoção encaminhada ficaram “acumulados” e precisaram ser entregues em um dia só. “Percebemos que não é um trabalho que dá para parar. Então reforçamos os cuidados, com uma equipe menor de voluntários fazendo as entregas, sempre usando máscaras, luvas e levando álcool em gel”, afirma Susan. Outro aspecto observado por Susan nos últimos meses é que os adotantes ficaram menos exigentes em relação à aparência dos animais. “O que a gente nota, não sei se é coincidência ou não, mas é que as pessoas estão menos criteriosas, falando esteticamente. Estão exigindo menos, sabe? O gato não precisa ser clarinho de olho azul. Estão sendo doados os frajolas, os pretinhos, as escaminhas. As pessoas estão aceitando melhor gatos de uma forma geral.” Anna Carolina, do Lar Coração Peludo, também notou uma procura maior por gatinhos. Desde que a quarentena começou, ela e o namorado, Douglas, fundadores do projeto, conseguiram adoção para 24 bichanos. “A gente conseguiu doar até um cachorro que estava conosco há oito meses”, comemora. Para evitar que o entusiasmo acabe junto com a quarentena e que os gatinhos sejam devolvidos, as protetoras têm reforçado com os interessados a importância de fazer uma adoção responsável. “Tenho tomado muito cuidado ao selecionar os adotantes, certificando que a pessoa entende que a adoção é por anos e que após a quarentena acabar, essa responsabilidade continua”, diz Anna Carolina. A fundadora da AUG observa também que os tutores que já têm gatos estão prestando mais atenção no comportamento do pet nesse período. “A pessoa está em home office e o gato fica lá querendo brincar, subindo no computador durante uma reunião, e ela percebe o quanto o gato está carente, o quanto o gato é sozinho, coisa que ela não percebia antes porque não ficava em casa. Aí ela se liga que seria melhor se ele tivesse uma companhia”, diz. Ela também conta que alguns adotantes já haviam percebido essa solidão dos gatinhos, mas não tinham tempo de se organizar para receber outro bichano em casa. Sobre o abandono de gatos nesse período, Susan diz que não notou um aumento. “Os pedidos de resgate a gente está recebendo tanto quanto a gente sempre recebeu. De 30 a 50 por dia.” No entanto, ela afirma que tem tentado conscientizar as pessoas sobre fake news que envolvem gatos e o novo coronavírus. “O gato não transmite esse coronavírus para humanos. Mas acredito que, por ignorância, tem gente que escuta uma notícia pela metade e já descarta seu bichinho. Então estamos tentando conscientizar bastante as pessoas sobre isso”, diz.
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O Boletim NK, produzido pela NK Consultores Relações Governamentais, é uma compilação das principais notícias publicadas em meios de comunicação do país sobre temas ligados ao setor.
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