Em janeiro de 2018, o Brasil contava com 452.801 médicos. Eles não estão, no entanto, distribuídos igualmente pelo país. De acordo com a última pesquisa Demografia Médica, realizada no início do ano pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), as capitais reúnem 55% desses profissionais, apesar de concentrarem apenas 24% da população. O G1 buscou os representantes dos cinco presidenciáveis mais bem colocados na pesquisa Datafolha de quinta-feira (20) para posicionamentos sobre esses assuntos. Eles foram questionados sobre estratégias para combater a concentração dos médicos, sobre a manutenção do Programa Mais Médicos e sobre a formação dos profissionais. Como o candidato Jair Bolsonaro não respondeu, as respostas foram retiradas de seu plano de governo. Todas as respostas estão disponíveis no site do G1. Abaixo, em ordem alfabética dos candidatos, as respostas à seguinte questão: “Na sua opinião, qual é a melhor solução para descentralizar a concentração de médicos no país e ter mais atendimento no interior?”
Henrique Javi (Ciro Gomes – PDT): Levar tecnologia para o interior. Nós temos que levar estrutura. Sem estrutura, você não aproxima os profissionais da cadeia produtiva da saúde. Sem dúvida nenhuma, a grande métrica é, ao invés da população fazer o reverso, é nós chegarmos mais próximos da população, levando os recursos necessários para isso. Isso não é possível em toda a gama de atenção em saúde, mas ele é possível em pelo menos 85 a 90% da atenção em saúde.
Arthur Chioro (Fernando Haddad – PT): Implantar de maneira adequada os termos previstos na lei do Mais Médicos, aprovada pelo Congresso Nacional em 2013 — que implicam, entre outras medidas, na ampliação das vagas de residência médica nos municípios do interior; a descentralização das próprias faculdades; e na adoção de medidas de valorização profissional como aquelas que falamos na questão anterior. O nosso compromisso é aprofundar, qualificar, colocar em prática a lei do Mais Médicos, que está inacabado, está no meio do caminho.
David Uip (Geraldo Alckmin – PSDB): O Brasil vai ter, nos próximos anos, 500 mil médicos, então não vai faltar médico. Eu sou um crítico voraz contra essa abertura indiscriminada de faculdades de medicina, porque você não tem docência, não tem estágio em serviço. Então, qual é o problema? É como você fixa esses médicos na região. É preciso entender que o médico não é indivíduo isolado, ele tem uma família. Primeiro, você tem que ter um plano de remuneração adequado, uma programação de pós-graduação. Isso é difícil. Mas hoje você tem modernidade, pode fazer por telemedicina.
Jair Bolsonaro (PSL): Trecho retirado do plano de governo: “Será criada a carreira de Médico do Estado, para atender às áreas remotas e carentes do Brasil. Os agentes comunitários de saúde serão treinados para se tornarem técnicos de saúde preventiva para auxiliar o controle de doenças frequentes como diabetes, hipertensão, etc. Mais Médicos: Nossos irmãos cubanos serão libertados. Suas famílias poderão imigrar para o Brasil. Caso sejam aprovados no REVALIDA, passarão a receber integralmente o valor que lhes é roubado pelos ditadores de Cuba!”.
Marcia Bandini (Marina Silva – REDE): Planejamento estratégico da fixação desses médicos, oferecendo uma progressão de carreira, que a gente ainda não vai chamar de plano de carreira porque isso precisa ser legalmente validado, mas também melhorar o acesso, quando possível, via telemedicina. A gente precisa criar um movimento de médicos para garantir que a ida para as localidades mais remotas vai acontecer, de preferência com a fixação do profissional, e, se ele não fixar, que fique um período e que depois seja trocado por um outro, por exemplo.
Entidades médicas pedem a presidenciáveis uma gestão mais efetiva da saúde pública
O financiamento do SUS e uma gestão mais efetiva da saúde pública estão entre as prioridades que entidades médicas cobram dos presidenciáveis nas eleições deste ano. De acordo com a Agência Câmara, a Associação Médica Brasileira (AMB) entregou aos candidatos à Presidência da República e a outros cargos uma agenda de prioridades. Entre as propostas estão: financiamento e planejamento adequados para a saúde; criação de uma lei de responsabilidade sanitária, que funcione como a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101/00); e o fim da influência política na área, para evitar a descontinuidade de programas de saúde importantes para a população. “O presidente da Associação Médica Brasileira, Lincoln Ferreira, afirma que é preciso existir financiamento adequado para haver planejamento e contratação de gestores adequados, sendo também necessário haver mais seriedade e comprometimento com o tema”, afirma a Agência Câmara.
Há quatro meses faltam medicamentos no SUS
O jornal O Estado de S.Paulo destacou que diante da crise, registrada há pelo menos quatro meses, o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) deve apresentar nesta terça-feira (25), um levantamento realizado com 4 mil municípios para mostrar quais são os maiores estrangulamentos. “Estamos passando por uma das maiores crises de abastecimento por parte do governo federal: muitos medicamentos estão faltando, incluindo os de uso continuado. A situação é extremamente grave”, avalia o presidente do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass), Leonardo Vilela. Procurado, o Ministério da Saúde negou, por meio de nota, falta de remédios e informou que está em dia com os repasses para a aquisição e ressarcimento dos medicamentos de responsabilidade de Estados e municípios. No entanto, a secretária da Saúde de Ubiratã, Cristiane Pantaleão, apresenta outra realidade. “Para driblar a falta, compramos, pedimos emprestado de outras cidades que têm estoques mais abastecidos. O pior é que, mesmo que a responsabilidade não seja nossa, é aqui que a população vem bater”, informa.
Novo presidente da Anvisa quer eliminar gargalos e distribuir poderes
O médico cardiologista William Dib, ex-prefeito de São Bernardo do Campo (SP) e ex-deputado federal, assumiu o cargo de diretor-presidente da Anvisa no último dia 21 de setembro. O mandato durará até 21 de dezembro de 2019, com possibilidade de extensão por mais três anos. É o que informa o portal Panorama Farmacêutico. Especialista em saúde pública e administração hospitalar, Dib é Diretor de Controle e Monitoramento Sanitário da agência desde dezembro de 2016. Entre suas prioridades está a modernização da área de tecnologia da informação (TI), de modo a assegurar um modelo de gestão mais eficaz e eliminar os gargalos especialmente nas áreas de farmacovigilância e peticionamento. “A distribuição de poderes entre os diretores da agência também deve ser revista em breve”, enfatiza o portal.
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