Tecnologia de infravermelho será usada para reduzir custos com alimentação de animais no Semiárido
Uma tecnologia para monitorar as deficiências de alimentação dos animais pode ajudar a reduzir os custos de alimentação de rebanhos no Semiárido brasileiro, destacou a Embrapa nesta quarta-feira (23). Baseado em tecnologia de espectroscopia no infravermelho próximo (NIRS), a Embrapa desenvolveu, ao longo de 12 anos de pesquisas, o Serviço de Assessoria Nutricional Remota para Pequenos Ruminantes (AssessoNutri) que permite indicações de rações balanceadas, a partir de uma análise das fezes dos animais e alimentos disponíveis, identificando necessidades nutricionais com precisão, de forma mais ágil e com menor custo que análises convencionais. A partir de 2021, o Serviço estará à disposição de pequenos produtores de três regiões atendidas pelo programa AgroNordeste – Médio Canindé (PI), Cariri Paraibano e Sertão dos Inhamuns (CE) – em uma parceria da Embrapa, Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e instituições de ensino, pesquisa e extensão nessas regiões, como a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), IFCE – campus Tauá, IFPI – campus Paulistana e Senar, capacitando jovens egressos dessas instituições para que possam operar o serviço. Os técnicos e produtores contemplados pelo programa terão acesso a essas informações por meio de boletins de orientação nutricional, disponibilizados mensalmente, com recomendações de rações de menor custo a partir das necessidades dos animais. “Técnicos e produtores irão receber informações com orientação sobre o uso mais racional dos alimentos concentrados, aumentando a eficiência e reduzindo os custos”, comenta Marco Bomfim, pesquisador da área de Nutrição Animal e chefe-geral da Embrapa Caprinos e Ovinos. Com a tecnologia, a expectativa é dar respostas mais precisas sobre necessidades nutricionais: a alimentação é o item de maior custo na produção animal, especialmente crítica para rebanhos no Semiárido, onde as condições de clima limitam a disponibilidade de alimentos no pasto para os animais. Com isso, o uso de rações concentradas se torna comum, levando a dependência de insumos externos e aumento dos custos. Marco Bomfim destaca que, no atual momento, a pressão sobre o custo de produção tem se tornado cada vez maior, dado o aumento da exportação e o câmbio, que tem onerado o preço do milho e do farelo de soja, principais alimentos das rações, mesmo no Semiárido. “Nos últimos 12 meses, houve um aumento de 23% no custo da alimentação, sendo que, somente neste ano, esse aumento foi de 18%, sem perspectivas de mudança nesse cenário. Portanto, mais que nunca, lançar mão de alternativas para baratear o custo de alimentação é fundamental”, frisa o pesquisador.
Reserva chinesa de carne suína já está perto do fim
Nesta quarta-feira (23) o Valor Econômico divulgou que, a China praticamente esgotou suas reservas de carne suína congelada, segundo novas estimativas, o que coloca em evidência a escassez de oferta no maior mercado mundial de proteínas depois de dois anos da chegada da peste suína africana ao país. O nível das reservas é segredo de Estado na China, que lidera produção, consumo e importações mundiais de carne suína. Mas a consultoria londrina Enodo Economics estima que o volume tenha diminuído cerca de 452 mil toneladas entre setembro de 2019 e agosto deste ano. De acordo com Diana Choyleva, economista-chefe da Enodo Economics, o país tem atualmente menos de 100 mil toneladas de carne suína em estoque. “Nesse ritmo, em dois a três meses eles vão ficar sem”, acrescentou ela. Os números corroboram os comentários do representante agrícola americano em Pequim em recente relatório sobre o segmento no país, que destacou que “as reservas de carne suína parecem ter sido consumidas em sua maior parte no terceiro trimestre de 2020”. O país registrou seu primeiro caso de peste suína africana em 2018. Desde então, perdeu mais de 100 milhões de porcos, o que elevou os preços internos a novos patamares históricos. O governo chinês reagiu vendendo carne congelada de suas reservas no mercado doméstico para tentar conter os preços. Apesar de terem recuado um pouco recentemente, o preço à vista no atacado ainda está em torno a 47,61 yuans (US$ 7) por quilo, o dobro de antes da peste africana. Para os consumidores, os preços em agosto estavam 50% mais altos do que no mesmo mês de 2019, segundo dados oficiais. As reservas de carne suína são usadas mais para estabilizar os preços do que para substituir a falta de oferta. Seu declínio significa que a capacidade de Pequim para “intervir diretamente no mercado suíno ficará mais limitada na segunda metade de 2020 e no início de 2021”, alertou o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). A escassez obrigou a China a importar volumes recorde de carne suína este ano dos principais produtores mundiais, incluindo EUA e Brasil, apesar do compromisso do presidente da China, Xi Jinping de aumentar a autossuficiência alimentar chinesa. As importações de carne suína chegaram a 430 mil toneladas em julho, mais que o dobro do que um ano antes.
Araras-azuis devem voltar para lista de animais brasileiros ameaçados de extinção, diz maior especialista na espécie
As araras-azuis vivem um drama em dois tempos no Pantanal, bioma dos quais são um dos maiores símbolos. De acordo com publicação do jornal O Globo desta quarta-feira (23), no Mato Grosso do Sul, epicentro das queimadas de 2019, elas sofrem uma agonia que não cessa quando o fogo se apaga. E, ao norte, no Mato Grosso, as chamas consomem o principal santuário da espécie, que já teve mais de 90% de sua área devastada. A maior especialista do mundo na espécie e presidente do Instituto Arara Azul, Neiva Guedes, está certa de que as araras-azuis (Anodorhynchus hyacinthinus) voltarão para a lista dos animais ameaçados de extinção, da qual haviam saído em 2014. A destruição é tamanha que Guedes, há mais de 30 anos estudiosa do Pantanal, afirma que nunca se viu nada igual. Segundo Neiva Guedes, a situação das araras-azuis no Pantanal é muito difícil. Elas devem voltar para a lista dos animais brasileiros ameaçados de extinção. Neiva destaca que, “elas sofrem de duas formas. No Pantanal do Sul, em Mato Grosso do Sul, são as terríveis consequências do pós-fogo de 2019. E no Pantanal do Norte, no Mato Grosso, as queimadas estão ativas. Elas atingem o mais importante santuário da espécie, a Fazenda São Francisco de Perigara, em Barão de Melgaço, que teve 92% da área queimada”.
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