Política deixa mercado de soja nervoso
As denúncias contra o presidente Michel Temer deixaram o mercado de soja brasileiro nervoso, na medida em que o dólar mais forte ante o real favorece vendas de produtores no país, um movimento que por outro lado pressionou para baixo as cotações na bolsa de Chicago na quinta-feira (18). De acordo com o site do G1, analistas e produtores consultados pela Reuters disseram que negócios de soja foram registrados em várias praças do Brasil, o maior exportador global da oleaginosa, mas não na intensidade da disparada do dólar, até por conta da queda nos preços na bolsa dos EUA, referência global. As vendas de soja no Brasil têm sido mais lentas na safra 2016/17, em um mercado de preços mais baixos devido a safras recordes. E produtores no país estavam apenas esperando alguma oportunidade de fechar negócio, que veio com o câmbio nesta quinta-feira, que impulsionou os preços em reais. “O mercado foi bastante nervoso… Uma hora Chicago com 20 (pontos) de baixa, outra com 30 de baixa… dólar estava a R$ 3,39, depois R$ 3,33. Portanto, os níveis de preços e negócios mudavam de acordo com o momento e conjugação de soja (em Chicago) e dólar”, disse ao G1 o consultor da corretora paranaense Cerealpar, Steve Cachia.
Fazenda aceita reduzir juro em ao menos 1 ponto no Plano Safra
À medida que as negociações dentro do governo federal se aproximam de uma definição em torno do Plano Safra 2017/18, previsto para ser lançado até o fim de maio, a equipe econômica já sinalizou que aceita reduzir em pelo menos 1 ponto percentual as taxas de juros das linhas de financiamento para investimento a juros controlados, apurou o Valor Econômico. Isso significa dizer que os juros recuariam para o patamar de 7,5% ao ano para a maioria das linhas de investimento, a exemplo do PCA, destinado à armazenagem. “Apenas uma linha do Moderfrota, que é mais cara e oferece uma taxa de 10,5% ao ano na atual safra, a 2016/17, passaria a ter juros de 9,5% ao ano, conforme o desenho proposto até agora. No setor do agronegócio é grande a expectativa de que o Conselho Monetário Nacional (CMN) já defina novos juros e novo volume de recursos a juros controlados em sua próxima reunião, marcada para a próxima quinta-feira (25). Por isso técnicos do governo querem pelo menos encerrar até o fim da próxima semana as tratativas técnicas para adiantar as regulamentações necessárias para viabilizar o próximo Plano Safra”, diz a reportagem do Valor Econômico.
Quatro estados concentram quase 70% da produção de grãos do país
A concentração de produção agrícola no Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás, que de acordo com levantamento da Conab representa 67% da safra nacional de grãos, se deve, segundo Sávio Pereira, secretário substituto de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, à alta tecnologia e a disponibilidade de terras nesses estados. O site do Mapa dá destaque para o último levantamento de safra, divulgado no último dia 11, indicou produção recorde de 232 milhões de toneladas. Em primeiro lugar, vem Mato Grosso, com 58 milhões de toneladas, em segundo, Paraná com 41,5 milhões, em terceiro, Rio Grande do Sul, com 35,3 milhões e, em quarto lugar, Goiás, com 22 milhões de toneladas. Uma das culturas mais afetadas pela introdução do cultivo de soja foi a do algodão. O algodão tradicional do Nordeste, arbóreo (dado em árvores) desapareceu, e os pequenos produtores de algodão do Paraná, também. “Todos os produtores de algodão no Brasil também produzem soja, mas nem todos produtores de soja são produtores de algodão”, afirmou Sávio Pereira. Nas últimas sete safras, a área plantada no país cresceu 13 milhões de hectares. Isso significou a incorporação média de 1,8 milhão ao ano nesse período.
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