Plataformas digitais tentam amenizar perdas de produtores de perecíveis
Na tentativa de minimizar os impactos da pandemia do novo coronavírus para o comércio de hortifrútis e outros itens perecíveis no país, que recuou ao menos 20% com o fechamento de bares e restaurantes e com o isolamento social, diversas plataformas novas e que já atuavam nesses mercados se engajaram no apoio aos produtores. Segundo informações do Valor Econômico nesta sexta-feira (17), o prejuízo no segmento de flores, por exemplo, é estimado pelo Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor) em R$ 1,4 bilhão se a quarentena perdurar até o Dia das Mães. Para os pescados, a perda em 2020 deve chegar a R$ 6 bilhões. Somente esta semana, foram lançadas duas delas. A primeira foi o portal mercado.cnabrasil.org.br, que reúne produtores, supermercados e prestadores de serviço de frete. A iniciativa, que foi da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e tem apoio do Ministério da Agricultura, faz a conexão entre os elos da cadeia, em nível nacional, sem custos. Pensada para auxiliar sobretudo produtores de hortifrútis, flores e pescados, a ferramenta tem por objetivo fomentar a comercialização por meio digital em caráter permanente. Segundo Matheus Ferreira, coordenador de Inovação do Sistema CNA-Senar, o produtor que não tinha costume de trabalhar com a venda online poderá acessar um guia de orientações sobre como embalar seu produto, determinar pesos e deixá-lo mais atrativo para o consumidor final. Em São Paulo, a Federação da Agricultura do Estado (Faesp) e o Sebrae-SP, em parceria com empresas de tecnologia coordenadas pela consultoria Accenture, lançaram ontem o site www.pertinhodecasa.com.br. Nele, produtores rurais e pequenos varejistas (feirantes, donos de lojas de hortifrútis, mercearias ou mercadinhos) preenchem um cadastro e informam sua área de atuação. Ao mesmo tempo o consumidor, por meio de seu CEP, recebe uma lista dos fornecedores próximos na Grande São Paulo. Por enquanto, a negociação é feita diretamente entre as partes via WhatsApp, mas a ideia é evoluir a plataforma gratuita para intermediação completa pelo site. Igor Meskelis, diretor executivo da Accenture, disse que a primeira versão vem para atender a uma demanda urgente dos pequenos negócios. “Se já beneficiarmos centenas de pessoas terá valido a pena, mas vemos potencial para atingir milhares”. Outros parceiros voluntários da iniciativa são PagSeguro, Facebook e as empresas de software Vtex e Yamí.
Produtor baixa custo com defensivos em 40% ao usar biológicos
Nesta sexta-feira (17), o portal AgroLink divulgou que, produtores de soja brasileiros relatam que estão diminuindo os gastos com defensivos agrícolas por ampliar o Manejo Integrado de Pragas (MIP) com a utilização de pesticidas biológicos. De acordo com o diretor técnico da Aprosoja Brasil (Associação Brasileira dos Produtores de Soja), Fabrício Rosa, isso se torna cada vez mais necessário porque o custo de produção está aumentando ano a ano no País, principalmente com fungicidas e inseticidas. O engenheiro agrônomo Rogério Vian, do estado do Mato Grosso, afirma ter reduzido o custo com agroquímicos em aproximadamente 40% usando produtos biológicos. “O gasto era de 45 a 48 sacas por hectare e caiu para 29 sacas”, afirmou ele ao participar do Fórum Soja Brasil, realizado na Feira Expodireto Cotrijal, realizado neste mês de Março. “O controle deste método é bastante eficiente e o custo muito baixo, se comparado ao controle químico. Como o clima é algo que não se controla, o produtor precisa ficar atento aos custos, que ele pode controlar”, diz Vian. Ele ressalta que existem alguns estudos mostrando que o uso de defensivos biológicos podem reduzir em até 50% os gastos por safra. Vian, que cultiva uma área de 400 hectares, revela que na área totalmente orgânica o custo está em 20 sacas por hectare. Com esse investimento, o agricultor atinge uma produtividade 50 sacas por hectare. “E os preços são maiores por ser um mercado diferenciado”, justifica o sojicultor. De acordo com ele, há ainda a vantagem de que os insumos biológicos são produzidos no Brasil, e portanto não são afetados pela forte alta do Dólar norte-americano. “Não dependo de produtos que vêm do exterior. Uso muitos que são regionais”, comemora. Além de produtor, Vian também possui uma biofábrica para a multiplicação e isolamento de bactérias ‘onfam’. Ele é presidente do GAAS (Grupo Associado de Agricultura Sustentável), e defende que o Brasil é um país muito propício para incluir os defensivos biológicos na agricultura. Fabrício Rosa, da Aprosoja, ressalta que o País “tem 20 milhões de hectares cultivados adotando os biológicos para controle de pragas e doenças. Somos o país que mais usa e esse mercado ainda crescerá muito. Alguns resultados são até melhores do que moléculas químicas”.
Ministra da Agricultura estaria cansada de apagar incêndios
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, está cansada de apagar incêndios, destacou a coluna Vaivém da Folha de S.Paulo nesta sexta-feira (17). A coluna afirma que, segundo informações de pessoas que convivem com ela no dia a dia, já lhe falta paciência. “A saída dela, porém, seria um desastre para o setor que mais pode contribuir para a travessia conturbada do país neste momento de pandemia. Surge uma versão agrícola do gabinete do ódio, cujas baterias estão voltadas exatamente contra os principais parceiros do agronegócio do país”, diz o colunista. “Quando se imaginava que o mal-estar causado pelo presidente Jair Bolsonaro nas relações comerciais com chineses e árabes no começo de seu governo fosse coisa do passado, o ódio de determinados setores ligados ao bolsonarismo se mostra ainda mais presente. Os ataques contra o Irã recomeçaram no ano passado, o quarto principal importador de alimentos do Brasil. Agora, mais uma vez, voltam-se contra a China, o principal comprador de alimentos do país. O agronegócio brasileiro é responsável por exportações próximas de US$ 100 bilhões por ano. É difícil entender o que se passa. Há um aumento da grita, embora ainda venha de poucos, contra a política atual do Ministério da Agricultura e seus parceiros comerciais. Não se veem reações, no entanto, dos que apostam e confiam na atual política do ministério. Ou essa maioria dos empresários agrícolas toma as rédeas do setor e faz prevalecer à sensatez, ou a voz exaltada desses poucos vai trazer consequências nefastas para o conjunto do agronegócio”, diz a coluna.
O Estado de S.Paulo – Abertura de Mercado: bolsas globais sobem apesar de PIB chinês
O Estado de S.Paulo – Perspectivas animadoras da safra de grãos
CNA – De forma diversificada, sindicatos mantém atendimento aos produtores no PR
CNA – CNA e entidades do setor sucroenergético solicitam medidas para evitar colapso da atividade
CNA – Faculdade CNA mostra desafios e oportunidades para o agro em meio à pandemia
CNA – Senar lança novo vídeo da série sobre Assistência Técnica e Gerencial
Embrapa – Mapa e Embrapa enviam à ONU documento sobre sustentabilidade do agro
Valor Econômico – Pujança do segmento de grãos não evita que Mato Grosso perca dinheiro na crise
Valor Econômico – Plataformas digitais tentam amenizar perdas de produtores de perecíveis
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AgroLink – Controle biológico de pragas favorece preservação de insetos benéficos
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AgroLink – Período é indicado para semeadura das pastagens de inverno
AgroLink – Por que a produção de fertilizantes não pode parar
AgroLink – Demanda aquecida elevam preços do tahiti
G1 – Tocantins quer realizar maior feira agro do norte do país pela internet
O Boletim NK, produzido pela NK Consultores Relações Governamentais, é uma compilação das principais notícias publicadas em meios de comunicação do país sobre temas ligados ao setor.
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