Boi estressado esconde doença e dificulta diagnóstico
Pesquisas já estão apontando que os impactos do bem-estar animal, ou da falta dele, no manejo do rebanho bovino vão além de suprimir o sistema imunológico dos animais, facilitando a contaminação com doenças e afetando até a qualidade da carne produzida. Nesta segunda-feira (20), o portal Giro do Boi destacou que, em entrevista ao Giro do Boi, o engenheiro agrônomo Antony Luenenberg, coordenador técnico de bem-estar da MSD Saúde Animal, falou sobre um outro ponto importante das boas práticas dentro da fazenda. Pelo seu instinto de presa, o boi pode ser um ótimo “ator” e esconder suas emoções e suas dores caso não esteja confiante dentro do ambiente em que se encontra. Por isso, muitas vezes os peões não conseguem identificar alguma doença que esteja acometendo este boi, que finge estar bem para não demonstrar fraqueza para um potencial predador. “Isso é fato. Uma coisa que a gente nunca pode esquecer é que o estresse mata o sistema imune. Animais estressados têm uma menor resposta imunológica. Para a gente dar um exemplo, um animal que passou por cinco a seis horas de viagem, desceu do caminhão na fazenda e a gente vai lá e faz uma vacina, seja de clostridiose, um exemplo. A resposta imune desse animal é muito baixa, ele está estressado, ele está desidratado, ele está com fome. Então o estresse mata o sistema imune. O que gente tem que pensar é em melhorar este processo. Outro ponto é que se o animal estiver muito estressado, se ele não confiar em quem está manejando, ele esconde sinais de doença, então vai dificultar para o vaqueiro identificar este animal. A grande maioria das vezes, ele identifica somente na hora que esse animal já está prostrado. A gente fala que se encostou o queixo no chão, esse animal já está muito debilitado. Mas à medida que você começa a mudar esse processo, a gente começa a identificar doença precocemente e tem um melhor desempenho dos animais”, declarou Luenenberg. O agrônomo citou que em levantamentos realizados em fazendas parceiras foi detectado que o volume de animais tratados é maior quanto o lote passa por uma aclimatação ao novo ambiente, como um confinamento. Ainda assim, a mortalidade diminuiu. O agrônomo explicou o que aconteceu. A capacitação para as fazendas implementarem práticas modernas de bem-estar é feita pelo programa global da MSD Saúde Animal chamado Criando Conexões. A iniciativa foi desenvolvida nos Estados Unidos e passou por validação de metodologia para outros cinco países, entre eles o Brasil. “Em 2015 houve o lançamento oficial do programa no Brasil. Hoje ele está presente em cinco países, um deles o Brasil, e hoje nossa unidade é referência para a MSD no mundo inteiro dentro do programa de bem-estar animal”, comentou Luenenberg. Desde 2015 o programa acumula números expressivos, tendo treinado cerca de 4.500 vaqueiros responsáveis pelo manejo de um rebanho de aproximadamente quatro milhões de cabeças. Luenenberg disse que no ato da aplicação do treinamento, há um choque inicial e um certo desconforto dos vaqueiros, mas que começa uma expressiva mudança de cultura que ser perpetua pelo tempo. “A gente tem que valorizar estas pessoas. Elas não tiveram escolaridade, a grande maioria tem muito baixa escolaridade, e a partir do momento que você dá uma ferramenta pra elas, dá conhecimento e dá um certificado para elas, você muda a vida destas pessoas”, disse.
Biosseguridade reduz antibióticos na suinocultura
Controlar a disseminação de doenças na granja de suínos não é tarefa fácil, destacou o portal AgroLink nesta segunda-feira (20). E também não existe apenas uma solução para esse desafio. “A prevenção ainda é a forma mais eficaz de preservar a saúde dos animais por meio de uma estratégia concreta de biosseguridade”, explica Augusto Heck, gerente técnico comercial da Biomin, empresa de soluções naturais para alimentação. “A implementação de medidas de biosseguridade ainda impacta em outro assunto importante: o uso racional de antimicrobianos na produção animal”, complementa o especialista. “Como forma de evitar a adoção de antimicrobianos, sejam eles promotores de crescimento ou terapêuticos, precisamos pensar de forma preventiva em como controlar os agentes disseminadores de doenças, dentro e fora da granja, garantindo o desempenho ideal dos animais. O uso de antibióticos como promotores de crescimento ou para o tratamento de infecções específicas via ração pode provocar mudanças na microbiota intestinal, resultando na emergência de cepas bacterianas resistentes”, explica Heck. A proteção do plantel começa antes mesmo de entrar na granja, com a adoção de um cinturão verde, barreira física formada por árvores não frutíferas, usadas para diminuir a incidência de agentes infecciosos pelo vento. “Também é preciso construir cerca de isolamento para impedir o acesso de outros animais, carros e pessoas que não passaram por procedimentos de higienização. Junto à cerca, é essencial ter estrutura, como vestiário ou escritório, na qual os profissionais colocam roupas e calçados de uso exclusivo para a granja, laváveis ou descartáveis. Na produção, a higiene pessoal é fundamental desde a escovação das unhas”, alerta. O sistema de tratamento de dejetos deve ficar fora da cerca de isolamento e a atenção à distância deve ser redobrada nos momentos de fertirrigação. Essa medida contribui para o controle de vetores de doenças, como moscas e roedores. “Somado a isso, é preciso estruturar um ambiente impróprio para a proliferação de vetores, com destaque para a limpeza e organização dos depósitos de ração. O combate direto também pode ser feito com o uso de ratoeiras e produtos químicos, desde que manuseados com cautela e seguindo orientações técnicas”, destaca Heck. O conjunto de medidas externas, aliado ao correto programa de vacinação e manuseio de animais doentes, colabora para um plantel mais saudável. “No caso do uso terapêutico, a utilização de antimicrobianos deve ser supervisionada por um médico veterinário e usada por curto período. Outro fator importante é escolher um antimicrobiano que não tenha princípios ativos em comum com a medicina humana, reduzindo assim o risco da resistência bacteriana”, pontua o especialista da Biomin.
Instrução Normativa estabelece padrões para a pesca ornamental
A Secretaria de Aquicultura e Pesca do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou nesta segunda-feira (20) a Instrução Normativa Nº 10, que estabelece normas, critérios e padrões para o uso sustentável de peixes nativos de águas continentais, marinhas e estuarinas, com finalidade ornamental e de aquariofilia. O objetivo é equiparar o modelo de ordenamento pesqueiro com finalidade ornamental e de aquariofilia ao modelo de ordenamento da pesca alimentar, dando fim ao modelo antagônico vigente, no qual recursos pesqueiros com mesma origem tinham normas, critérios e procedimentos distintos. A nova norma passou por consulta pública e foi elaborada a partir de subsídios técnico-científicos fornecidos por pesquisadores especialistas na temática, de diferentes universidades do país. Entre os avanços para a atividade estão a pulverização da pressão de pesca sobre estoques naturais, o aumento da segurança jurídica, a recuperação e ampliação do mercado, a substituição da Guia de Transporte de Peixes Ornamentais- GTPON pela Nota Fiscal Eletrônica e a adoção de critérios consolidados para proibição de uso de espécies. As novas regras não serão aplicadas no caso de exposições, para fins de consumo alimentar de peixes vivos e de exposição de peixes vivos em aquários de visitação públicos e privados, zoológicos, mostras ou similares com finalidade didática, educacional ou científica. Em consonância com o Art. 3º, inciso I desta Instrução Normativa, em anexo lista oficial das espécies da fauna ameaçadas de extinção – peixes e invertebrados aquáticos. Para esclarecimentos de dúvidas sobre a IN, entre em contato por e-mail, através do endereço eletrônico: ornamentais.sap@agricultura.gov.br
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O Boletim NK, produzido pela NK Consultores Relações Governamentais, é uma compilação das principais notícias publicadas em meios de comunicação do país sobre temas ligados ao setor.
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