Pandemia valoriza carreira de enfermagem, mas sobrecarrega profissionais
Nos últimos meses, os profissionais de enfermagem tiveram de enfrentar hospitais superlotados e uma doença desconhecida, informou a Folha de S.Paulo nesta segunda-feira (21). O protagonismo na luta contra o novo coronavírus trouxe à tona antigos problemas da área, como a sobrecarga dos profissionais e o desgaste das equipes, e jogou luz na necessidade de investimento e especialização no setor, abrindo portas para discussões que vão desde o aumento do piso salarial até a reformulação do currículo. Para o primeiro secretário da Cofen (Conselho Federal de Enfermagem), Antonio Marcos, a pandemia evidenciou problemas que antecedem a crise sanitária, entre eles o desinteresse de hospitais em contratar mais profissionais, a falta de concursos públicos e as más condições de trabalho nas periferias e no interior do Brasil. “O que já era difícil ficou mais difícil ainda”, diz Marcos. “Houve um aumento de contratações para suprir a lacuna que se apresentou. Mas essa lacuna já existia em situações normais.” Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a expectativa é de que até 2030 haja um déficit mundial de 9 milhões de profissionais de enfermagem. Na tentativa de trazer conscientização sobre o assunto, a organização propôs, em 2019, a campanha Nursing Now, apadrinhada pela duquesa de Cambridge Kate Middleton. Para representante da Nursing Now na América Latina e diretora da unidade hospitalar do Morumbi do Hospital Albert Einstein, Claudia Laselva, a enfermagem não é uma profissão como as outras, porque “exige muita doação pessoal”, diz. Natália Cavallari, 35, saiu do ensino médio com o objetivo de se tornar fisioterapeuta. Ao não passar no vestibular, apostou na segunda opção e fez um curso técnico de enfermagem no hospital Albert Einstein. Depois, começou a trabalhar na instituição e cursou lá mesmo graduação em enfermagem. Ela, que sempre trabalhou na área de terapia intensiva, emociona-se ao compartilhar a experiência na linha de frente do combate à Covid-19. “O hospital parecia uma zona de guerra. Eu mal reconhecia os colegas de tantos equipamentos de proteção que usavam”, conta. A falta de interação com os colegas, que estavam sobrecarregados com o trabalho e sem poder dividir os momentos de pausa, faz falta para Natália. O esforço para evitar o contágio se somou às outras dificuldades enfrentadas pelos enfermeiros, que acabaram tendo impacto na saúde mental de muitos deles. Profissionais relatam desenvolvimento de síndrome do pânico, depressão e burnout. Com a pandemia, as equipes de enfermagem precisaram ter ainda mais sensibilidade no cuidado do paciente.
Ministério da Saúde evolui na discussão para incorporação do Spinraza®️ para AME tipos II e III
O Ministério da Saúde tem discutido a incorporação do medicamento nusinersena (Spinraza®️) para os tipos II e III da Atrofia Muscular Espinhal (AME). Pacientes com a AME tipo I já contam com o medicamento no Sistema Único de Saúde (SUS) desde dezembro de 2019 e, agora, a pasta tem avaliado a incorporação à tecnologia para os demais, destacou a Agência Saúde nesta segunda-feira (21). Na última sexta-feira (18), representantes da pasta se reuniram com a empresa produtora do medicamento, a Biogen, para tratar das pendências para abertura do processo de avaliação da tecnologia para incorporação. Na ocasião, a empresa apresentou as evidências econômicas e a proposta de compartilhamento de risco. Em coletiva realizada nesta sexta-feira (18/09), o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde, Hélio Angotti Neto afirmou que o MS levantou questionamento sobre os estudos econômicos apresentados pela empresa. “Existem alguns pontos que precisam ser reavaliados para que seja possível a abertura desse processo na Conitec. A empresa trouxe uma proposta econômica que, entre outros pontos que precisam ser reavaliados, é baseada em uma estimativa de pacientes que pode não corresponder à realidade”. Sobre o modelo para o compartilhamento de risco, o secretário afirmou que o Ministério da Saúde recebeu a devolutiva da empresa na última quinta-feira e solicitou alguns ajustes. “Já havíamos apresentado parâmetros para formalização de um novo acordo, baseado no desempenho do medicamento e no número pacientes tratados por ano. Aguardamos ajustes por parte da empresa”. Na ocasião o secretário destacou a relevância do tema para a pasta. “Nossa equipe tem trabalhado para analisar e dado pronta resposta ao laboratório. Sabemos da pressa que essas famílias têm e temos trabalhado com pressa também”. De acordo com o secretário, o MS está acompanhando e tem agido para qualificar a proposta da empresa Biogen para abertura de demanda para incorporação do medicamento para os tipos II e III da AME. “Precisamos de cooperação de ambas as partes para criar uma proposta de compartilhamento de risco sólida, sustentável e viável que mova o plenário da Conitec para uma decisão adequada. Esse assunto tem mobilizado muitas famílias no Brasil e tem um aspecto de direitos humanos. Essas famílias têm pressa e buscam soluções”, afirmou. A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) atua por demanda e tem como pré-requisito legal o envio, pelo demandante, de estudos relacionados aos temas. A Conitec realiza a avaliação das tecnologias em saúde a serem incorporadas no SUS levando em consideração aspectos como eficácia, acurácia, efetividade e a segurança da tecnologia, além da avaliação econômica comparativa dos benefícios e dos custos em relação às tecnologias já existentes e o seu impacto orçamentário.
Mais agilidade para as pesquisas clínicas
Em artigo publicado no jornal O Globo desta terça-feira (22), Nelson Mussolini, presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos e membro do Conselho Nacional de Saúde destaca que, a importância das pesquisas clínicas ganhou as manchetes por causa da corrida mundial pelo desenvolvimento de vacinas contra o novo coronavírus. O grande público passou a conhecer pormenores desse processo e, principalmente, seu papel fundamental na definição da segurança e da eficácia de vacinas e medicamentos. Um aspecto menos explorado no noticiário é o papel estratégico das pesquisas clínicas de medicamentos para o avanço da inovação, como rota de aprimoramento da base científica e tecnológica dos países e de atração de investimentos para suas empresas e instituições públicas e privadas da área da saúde. Esta regra vale para o Brasil e para o mundo. O Brasil tem tradição e experiência em ensaios clínicos; possui pesquisadores, hospitais e centros de pesquisa de renome internacional. Tanto assim, que três vacinas promissoras contra o SARS-CoV-2 estão sendo testadas atualmente no país, em fase 3. Mas há um problema: o excesso de regras burocráticas emperra esse processo, impedindo que o país faça mais estudos e tire proveito de sua comprovada experiência nesse campo. O país perde investimentos de mais de R$ 2 bilhões todos os anos por causa dessa morosidade e de dispositivos que, por gerarem insegurança jurídica, afugentam os patrocinadores das pesquisas clínicas. Além disso, o fortalecimento do sistema de ensaios clínicos é essencial para o desenvolvimento e a oferta de novos medicamentos e vacinas no Brasil. Para que esse sistema prospere, é necessário estabelecer um sistema rápido e juridicamente seguro, que mantenha a ética e a proteção do paciente, garanta o rigor técnico-científico e esteja alinhado com os procedimentos adotados nos principais centros de pesquisa clínica do mundo – Estados Unidos, União Europeia, Japão etc. O Projeto de Lei 7082/2017, de autoria da senadora Ana Amélia, com texto substitutivo do deputado federal Hiran Gonçalves, que atualmente tramita na Câmara dos Deputados, oferece uma proposta bem fundamentada, que contempla todos os aspectos relevantes da questão. Apoiada pelas entidades que reúnem os principais especialistas em pesquisa clínica do país — Sociedade Brasileira de Medicina Farmacêutica (SBMF) e Aliança Pesquisa Clínica, entre elas —, essa proposta estabelece a descentralização do sistema, fixa prazos para as aprovações regulatórias, garante segurança jurídica e dá autonomia à Conep, definindo sua atuação como órgão de educação, credenciamento, fiscalização e de segunda instância de avaliação. No momento em que o país começa a rediscutir seus grandes temas sociais e econômicos num cenário de pós-pandemia, o aperfeiçoamento do marco regulatório de pesquisa clínica aponta para a direção correta. Mostra como conciliar e promover inovação, saúde e desenvolvimento.
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