Pecuária em alta atrai criadores
O novo cenário da pecuária, com aumento das exportações e dos preços – e também uma busca cada vez maior por carne de melhor qualidade -, trouxe de volta para o agronegócio o médico José Lopez Fernandez Netto, de Itapeva, interior de São Paulo. Ele foi atrás do gado pardo-suíço que havia vendido em 2013 para um criador do Paraná e recomprou 23 animais, entre touros e vacas, informou o jornal O Estado de S. Paulo neste domingo (8). O plantel, escolhido a dedo, vai produzir material genético para interessados em melhorar o padrão do seu gado. Netto explica que a raça tem dupla aptidão, servindo para produção de leite e de carne. No cruzamento com vacas nelore, os filhotes melhorados ganham mais peso em menos tempo. Ex-presidente da associação paulista de criadores, Fernandez Netto foi um dos pioneiros em importação de pardo-suíço do México, país que adaptou a raça europeia aos trópicos. O pecuarista trouxe os primeiros lotes há 25 anos e se tornou um dos principais fornecedores de sêmen e embrião para o mercado de São Paulo. Agora, ele vê a pecuária sendo retomada em outro patamar, o que o animou a recuperar as instalações da sua Agropecuária São Lourenço para produzir sêmen e embriões. Netto conta que outro criador da região, que também havia parado, comprou um rebanho inteiro e está de volta. Outra fazenda agrícola da região iniciou a criação de gado Santa Gertrudes. O pecuarista Higino Hernandes Neto, da Fazenda 3 Muchachas, em Rio Verde de Mato Grosso (MS), aponta a influência da estiagem deste ano nos preços da carne bovina. “A distribuição de chuvas foi muito ruim o ano inteiro e o gado ficou sem seu principal alimento, a pastagem. O rebanho passou fome e muitos criadores venderam as vacas, reduzindo a oferta de bezerros para engorda”, diz. Segundo ele, o boi precisou ficar 30 dias a mais no pasto para ganhar peso de abate. “Até a situação se normalizar, o que pode levar de dois a três anos, projetamos um cenário de preços mais altos para a carne bovina.” O pecuarista aponta outro fator para a alta na carne bovina. “Nos últimos anos, os preços estavam baixos e muitos criadores que faziam confinamento, eu entre eles, pararam em razão dos prejuízos.” A tendência, diz, é de retomada na criação intensiva. “Mas é preciso cautela, pois o milho, principal insumo do gado confinado, está muito caro. Por isso, estou preferindo vender os bezerros pequenos para outro criador engordar. Vendo na desmama animais de 60 quilos em média, a R$ 8 o quilo.”
Projeto de Lei que regulamenta transporte por tração animal é aprovado pela Câmara de Campos do Jordão (SP)
A Câmara de Campos do Jordão (SP) aprovou, na última quarta-feira (4), um projeto de lei que regulamenta o transporte por tração animal no município. De acordo com o portal Anda, a proposta é de autoria da prefeitura e estabelece regras, como avaliações semestrais nos animais, acompanhamento de vacinação, um posto para parada para alimentação, emplacamento dos veículos e licenciamento, com pagamento de taxas. A aprovação da medida, em segunda votação, foi acompanhada de protestos de ativistas. O projeto recebeu 11 votos favoráveis e dois contrários dos vereadores. Apesar de ter sido aprovada, a proposta foi alterada. A original estabelecia o número de 30 charretes, que caiu para 12. Foi acrescentada também a obrigatoriedade de parada para descanso por dois dias, com exceção de feriados, em pontos autorizados pela prefeitura, e limite de seis horas diárias de funcionamento das charretes. A prefeitura afirmou, porém, que a medida não foi sancionada ainda e pode “sofrer alterações, sobretudo, no que diz respeito ao número de licenças”. Se o projeto for sancionado, a administração municipal irá publicar uma regulamentação com previsão de taxas para licença e prazo para que os charreteiros se adequem às regras.
Florestas como as do Brasil têm mais animais vulneráveis à ação humana
As florestas menos afetadas por desastres naturais e pela ação humana ao longo de milênios de evolução podem ter se transformado, paradoxalmente, nas que mais concentram espécies vulneráveis à destruição atual. Tais florestas se concentram nos trópicos e incluem a mata atlântica e a Amazônia, afirma um novo estudo. A lógica cruel por trás dos achados, descritos na última edição da revista especializada Science por uma equipe internacional de cientistas com participação de diversos brasileiros, tem a ver com o conceito de “filtros de extinção”, destacou a Folha de S. Paulo na última quinta-feira (5). Segundo essa hipótese, espécies expostas a ameaças severas durante seu passado evolutivo acabariam se tornando menos suscetíveis a sucumbir diante de novos desafios, como a perda de habitat —portanto, já teriam passado por um “filtro de extinção” e sobrevivido. Por outro lado, os animais e as plantas que sempre viveram em ambientes muito estáveis ficariam relativamente indefesos com a chegada súbita e intensa de tais ameaças. O grupo responsável pelo estudo, que inclui pesquisadores como a bióloga brasileira Cristina Banks-Leite, do Imperial College de Londres, testou essa hipótese analisando um banco de dados com informações sobre 4.489 espécies de animais do mundo todo, incluindo artrópodes (grupo que inclui os insetos), aves e mamíferos, entre outros. Eles cruzaram as informações sobre a distribuição geográfica dos bichos com dados a respeito da incidência de tempestades severas (como os furacões do Caribe), presença de geleiras, grandes incêndios naturais e casos históricos de desmatamento em grande escala (com perda de mais de 50% da cobertura vegetal). Outro fator crucial levado em conta pela equipe é a fragmentação florestal e a relação de cada espécie com essa variável. Como o nome sugere, habitats muito fragmentados são os que foram devastados de tal modo que sobraram apenas pedaços isolados e relativamente pequenos de floresta, em geral cercados pelo que os ecólogos chamam de “matriz” (em geral, áreas agrícolas ou, em certos casos, urbanas). Nessas condições, algumas espécies mais versáteis podem se dar bem, conseguindo “pular” de um fragmento de floresta para outro atravessando a matriz ou mesmo se adaptando à vida nela. Outras espécies, porém, precisam de áreas grandes de mata contínua para se manter e não se dão bem nos fragmentos que sobraram, além de não conseguir atravessar a matriz.
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