Ministério só gastou 27,2% do dinheiro para combater pandemia, admite Pazuello
O Ministério da Saúde gastou menos de um terço dos R$ 39,3 bilhões liberados para o combate ao coronavírus por meio de medidas provisórias, destacou a Agência Senado nesta terça-feira (23). A informação é do interino da pasta, general Eduardo Pazuello, que participou de uma audiência pública remota da comissão mista criada para acompanhar as ações do governo federal no enfrentamento à covid-19. De acordo com o ministro interino, a pasta pagou até agora R$ 10,9 bilhões — o equivalente a 27,2% do total. Desde o início da crise provocada pelo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro editou oito medidas provisórias com recursos específicos para o Ministério da Saúde. Nenhuma delas teve os recursos integralmente aplicados, segundo a apresentação de Eduardo Pazuello. A situação mais crítica é da MP 969/2020, que autoriza a liberação de R$ 10 bilhões para estados e municípios enfrentarem a covid-19. De acordo com o ministro interino, nenhum real foi pago. Apesar disso, Pazuello considera que o ritmo das despesas “está bom”. “O percentual de saldo que temos considero que está bom. É bom que tenha algum saldo para que a gente possa manobrar. Tirando a MP 969/2020, que ainda está praticamente em elaboração, com o saldo das demais, estamos trabalhando na aquisição de EPIs [equipamentos de proteção individual] e na contratação de leitos. Isso é um processo lento e técnico. Não pode apenas pegar um oficio, carimbar e mandar”, disse. As MPs preveem ações como compra de EPIs, testes, monitores e ventiladores pulmonares; aluguel de leitos de UTI; produção de medicamentos; remuneração e contratação temporária de profissionais de saúde; e auxilio financeiro emergencial a santas casas e hospitais filantrópicos. Pazuello apontou as “principais razões” para o fato de R$ 28,4 bilhões — o equivalente a 72,8% do total — ainda não terem sido pagos. Entre elas, a dificuldade para aquisição de EPIs, ventiladores e outros equipamentos para terapia intensiva, assim como para a contratação de UTIs. Além disso, segundo o ministro, a liberação do dinheiro em alguns casos depende da elaboração de portarias e da adesão de municípios. Em outras situações, o dinheiro não foi pago porque se trata de uma provisão para pagamentos futuros. Durante a audiência pública, o ministro destacou as principais ações no enfrentamento da pandemia. Segundo ele, a pasta aplicou R$ 1,2 bilhão na habilitação de 8,6 mil leitos de UTIs. Foram distribuídas 12,9 milhões de doses de medicamentos: 4,4 milhões de comprimidos de cloroquina e 8,5 milhões de cápsulas de oseltamivir. O governo federal distribuiu também 115,7 milhões de EPIs e enviou 11,3 milhões de testes para todos os estados do país. O Ministério da Saúde cadastrou 983 mil profissionais voluntários para atender estados que enfrentam colapso de pessoal. Amazonas e Amapá já receberam médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, farmacêuticos, biomédicos e técnicos. Nesta semana, Roraima deve ser beneficiado com o envio de 200 profissionais. Eduardo Pazuello demonstrou durante a reunião virtual uma ferramenta para o acompanhamento dos casos de covid-19. Por meio da plataforma SUS Analítico, é possível explorar a evolução da doença não apenas com dados nacionais, mas também regionais, estaduais e até municipais. Segundo o ministro, a medida assegura “transparência infinita”. Pazuello prestou solidariedade às famílias dos mais de 51 mil brasileiros que foram mortos pela covid-19. Segundo ele, o Ministério da Saúde está empenhado em salvar vidas.
Estudo sobre anticorpos de assintomáticos põe em ‘xeque’ testes rápidos de covid-19, diz cientista
A pesquisa que indicou a baixa presença de anticorpos em pacientes chineses que foram contaminados com o coronavírus Sars-CoV-2, mas ficaram assintomáticos traz dúvidas sobre a validade do chamado “passaporte de imunidade” e também sobre os resultados dos testes rápidos sorológicos que proliferam no Brasil. Para o médico e pesquisador Ricardo Schnekenberg, pós-doutorando da Universidade de Oxford, que tem analisado há mais de dois meses os resultados desses produtos, a pesquisa levanta muitas dúvidas sobre as inferências que se faz com esses testes. “Não sabemos como interpretar adequadamente os resultados dos testes de anticorpos. E isso pode impactar a confiança nos estudos epidemiológicos que usam anticorpos para medir a prevalência da doença na população”, disse em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo nesta segunda-feira (22). O estudo, divulgado na semana passada na revista Nature Medicine, fez uma análise detalhada, tanto clínica quanto imunológica, de 37 pacientes chineses infectados com o coronavírus e que não apresentaram sintomas. A pesquisa apontou que os anticorpos IgG produzidos pelos assintomáticos eram significativamente mais baixos que os dos sintomáticos durante a fase aguda da infecção. São esses anticorpos que apontam uma resposta de longo prazo. E de 8 a 12 semanas após a alta hospitalar, observou-se que os níveis de anticorpos neutralizantes (aqueles que de fato têm capacidade de neutralizar o vírus) diminuíram em 81,1% nos pacientes assintomáticos, em comparação com 62,2% dos pacientes sintomáticos. Na entrevista a seguir, Schnekenberg explica que isso não quer dizer que os assintomáticos não terão uma resposta imunológica diante de uma eventual nova infecção e quais podem ser as implicações do trabalho. Quando perguntado se com esses resultados, é possível inferir que essas pessoas não terão resposta imune a uma nova infecção, ele disse que não. “Inclusive no estudo eles mediram a capacidade de neutralização do vírus entre os dois grupos e não parece haver diferença significativa. A questão é mais de detecção. Mas ainda assim não sabemos se a imunidade conferida por esses anticorpos neutralizantes é efetiva ou por quanto tempo ela dura”. Ainda de acordo com Schnekenberg, “muitos anticorpos são apenas “marcadores”, embora eles existam não quer dizer que eles realmente tenham algum efeito imunológico no vírus. Um exemplo são os anticorpos contra o vírus HIV, que nos permitem fazer o diagnóstico da infecção, mas não conferem imunidade. Mas existem certos anticorpos que são considerados neutralizantes, pois quando adicionados com o vírus em uma cultura celular eles impedem (neutralizam) a infecção. Esses são os anticorpos que provavelmente mais se correlacionariam com o processo de imunidade observado in vivo”.
Aplicativo ‘Mais Saúde Fortaleza’ permite acompanhar número de médicos e fila para atendimentos em unidades de saúde
O aplicativo Mais Saúde Fortaleza vai permitir aos fortalezenses ver o número de médicos e monitorar fila de atendimentos nos postos de saúde e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Fortaleza. De acordo com o G1, a nova ferramenta foi apresentada na manhã desta quarta-feira (24) por meio de coletiva de imprensa virtual, que contou com a presença da secretária municipal de Saúde, Joana Maciel, e da coordenadora do Programa Mais Saúde Fortaleza, Emanuela Feitosa Nóbrega. Para ter acesso a ferramenta de graça para Android e iOS, o usuário precisa baixá-la na loja virtual do aparelho celular e fazer um cadastro simples utilizando os dados pessoais. “Esse aplicativo vai ser composto das 12 UPAs do município, por exemplo. A princípio, estamos com seis e acredito que até o final de semana as outras seis também venham a se integrar ao aplicativo. Hoje, a gente consegue visualizar quantos médicos estão atendendo em tempo real em cada unidade, quantas pessoas estão na fila de espera, quantos estão no acolhimento. Então, isso possibilita o usuário a escolher a UPA com menor fluxo de pessoas”, afirmou Emanuela Feitosa. Joana Maciel reforça que, com o aplicativo, o usuário vai poder saber qual a unidade está mais apta a recebê-lo. A ferramenta será útil tanto para o sistema, já que vai evitar a sobrecarga em uma unidade, como também para o paciente que poderá ser atendido mais rápido. “Com o aplicativo, o paciente vai poder enxergar como está o atendimento nas UPAs naquele momento. Dentro do aplicativo, você vai enxergar o atendimento nas UPAs em tempo real. Será bom para o sistema e bom para o usuário. O paciente poderá perceber na UPA mais próxima de sua casa como está o atendimento, a que está em melhor condição de atendimento para ele. Então ele vai se direcionar para aquela que estiver melhor disponível. E isso evitará a sobrecarga e a melhor distribuição de atendimento nas UPAs”, explicou a secretária. Outra melhoria prometida com o aplicativo na rede municipal de saúde é a organização das consultas. “Existe uma grande falta de pacientes nas consultas. Com o aplicativo, agora o usuário vai poder confirmar a sua ida para aquela consulta. Caso ele tenha algum imprevisto, a gente pode remarcar e disponibilizar a consulta para outro paciente. Será importante tanto para o sistema como para o próprio paciente”, explicou a secretária. Joana Maciel também destacou a importância do aplicativo ao lembrar o responsável de se manter em dia com o cartão de vacinação das crianças. “Sobre a vacinação, é muito importante termos o calendário de vacinação da criança completo. Às vezes, a mãe esquece ou está ocupada. Pelo aplicativo, ela vai ser lembrada sete dias antes”. Já Emanuela Nóbrega afirmou que qualquer pessoa pode usar o aplicativo. No entanto, é necessário que o paciente esteja devidamente registrado em uma unidade de saúde. “Qualquer pessoa pode se cadastrar pelo aplicativo. Porém, ela só poderá ter acesso às informações de saúde se ela estiver cadastrada no Posto de Saúde, com o cadastro completo, com CPF”, afirmou. A secretária de Saúde de Fortaleza ainda explicou que que a plataforma foi criada para atender todo os fortalezenses, mas principalmente os de baixa renda. Ela garante que a plataforma é de fácil acesso e todos vão poder utilizar da melhor forma possível. O aplicativo também está com outras opções para os serviços ‘Atende em casa’, onde o usuário pode informar através de teleatendimento os sintomas, além do ‘Paciente PV Acompanhante’ e o ‘Paciente IJF 2 Acompanhante’, para que os familiares de pacientes internados com Covid-19 acessem o boletim médico.
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