Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) entrega à ministra da Agricultura propostas para o Plano Agrícola e Pecuário 2020/2021
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) entregou na quarta-feira (13) à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, as propostas da entidade para o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2020/2021, construídas de forma conjunta com as Federações de Agricultura e Pecuária nos Estados, sindicatos rurais, produtores e associações setoriais. O documento foi entregue pelo vice-presidente da CNA e presidente da Comissão Nacional de Política Agrícola da entidade, deputado José Mário Schreiner, que representou o presidente da Confederação, João Martins, em reunião no gabinete da ministra. Também estiveram no encontro o superintendente técnico Bruno Lucchi, e os secretários de Política Agrícola e de Agricultura Familiar e Cooperativismo do ministério, Eduardo Sampaio e Fernando Schwanke. O documento traz 10 pontos prioritários para a política agrícola para a próxima safra, que começa em 1º de julho, focadas em questões como: redução da taxa de juros ao produtor rural e dos custos administrativos e tributários cobrados pelas instituições financeiras para operar o crédito rural e aumento das fontes de financiamento para o agronegócio. A lista de demandas também contem sugestões para desburocratização e ampliação da transparência sobre as exigências feitas pelas instituições financeiras na concessão do crédito rural, combate à prática de “venda casada”, ajustes nos programas de crédito rural, aprimoramentos relacionados à gestão de riscos da atividade agropecuária e medidas de apoio à comercialização. As propostas da CNA contemplam sugestões de medidas estruturantes para o setor e também solicitações pontuais relacionadas aos novos desafios que os produtores rurais têm enfrentado com o novo cenário econômico, devido à pandemia do coronavírus. “Entregamos as propostas do setor produtivo de todo o Brasil com as prioridades para o próximo Plano Safra. Sabemos que nessa época de pandemia, precisamos ter muito primor para estar subsidiando o ministério. Precisamos ter um plano à altura do agronegócio brasileiro”, disse o vice-presidente da CNA José Mário Schreiner. “É um plano muito bem feito, sintonizado com o que o produtor rural quer e muitas coisas já estavam sobre a mesa do ministério, mostrando que estamos em perfeita sintonia com CNA, federações e sindicatos”, completou a ministra Tereza Cristina. A CNA propõe a redução significativa da taxa de juros aos produtores rurais, e afirma que, em geral, os custos de financiamento nas diferentes linhas do Plano Agrícola e Pecuário de 2019/2020 são muito similares às taxas de juros vigentes no Plano Safra 2017/2018, construído quando a taxa SELIC estava em 11,25% em abril/2017 e 10,25% um mês depois.
Valor da produção agropecuária do país alcançará R$ 697 bilhões em 2020, diz ministério
Uma melhora das perspectivas do Ministério da Agricultura para a soja, além dos reflexos positivos da valorização do dólar ante o real para as cadeias exportadoras em geral, levaram a Pasta a elevar sua estimativa para o valor bruto da produção (VBP) agropecuária no país em 2020, apesar da pandemia, destacou o Valor Econômico nesta quarta-feira (13). Segundo levantamento recém-concluído, a Pasta passou a calcular o VBP do setor em R$ 697 bilhões, montante, recorde, R$ 7 bilhões maior que o previsto em março e 8,6% superior ao de 2019. Para o conjunto formado pelas 21 principais lavouras do país, o ministério agora prevê VBP de R$ 462,1 bilhões, com aumentos de R$ 8,7 bilhões ante abril e de 10,4% em relação ao ano passado. Com colheita recorde, boa demanda e preços domésticos inflados pelo câmbio, a soja foi determinante para esse avanço. A Pasta elevou sua estimativa para o valor da produção do grão para R$ 163,6 bilhões, R$ 4,4 bilhões a mais do que previa no mês passado e montante 16% superior ao de 2019. Mas também colaboram para o aumento na comparação interanual crescimentos previstos para arroz (6,2%, para R$ 10,9 bilhões), cacau (28%, para R$ 3 bilhões), café (35,4%, para R$ 27,5 bilhões), cana (2,5%, para R$ 61,9 bilhões), milho (17,6%, para 76,6 bilhões) e trigo (31,3%, para R$ 6 bilhões). Para o VBP conjunto das cinco principais cadeias da pecuária, o ministério reduziu sua estimativa para R$ 234,9 bilhões, R$ 1,7 bilhão a menos que o projetado em abril mas montante ainda 5,4% superior ao do ano passado. Para os bovinos a conta foi mantida em R$ 102,3 bilhões, 13,2% acima do número de 2019. Para o frango, porém, a estimativa foi reduzida para R$ 64 bilhões, R$ 2,7 bilhões abaixo da projeção anterior e valor 4,9% menor que o de 2019. No caso dos suínos o VBP deverá aumentar 10,2% ante o ano passado, para R$ 20,1 bilhões, e no dos ovos o avanço deverá chegar a 11,6%, para R$ 13,6 bilhões. Na visão do ministério, o valor da produção de leite deverá permanecer estável em R$ 35 bilhões.
Pesquisadores integram centro de pesquisa inovador da área de canavicultura no Brasil
A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Centro de Cana do Instituto Agronômico (IAC-APTA), participará do Centro de Pesquisa em Engenharia Fitossanidade em Cana-de-açúcar, que será coordenado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp – Jaboticabal) e é fruto de uma parceria entre o Grupo São Martinho e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Com investimento de R$ 8 milhões em cinco anos, o CPE tem o objetivo de desenvolver estratégias contra pragas e doenças da cana por meio do controle biológico e comportamental, utilizando fungos, bactérias e feromônios, por exemplo, para proteger as lavouras, possibilitando a redução no uso de defensivos agrícolas. O Centro deverá atuar ainda na área de biotecnologia e resistência de planta, focando no cruzamento convencional para o melhoramento de cultivares de cana-de-açúcar, informou o portal AgroLink nesta quarta-feira (13). Referência no Brasil e no Mundo em pesquisas com cana, o IAC atuará em conjunto com a equipe de fitopatologia da Unesp no desenvolvimento de estudos básicos e aplicados para doenças fúngicas que acometem a cultura, como o carvão e a ferrugem alaranjada, além da Síndrome do Murchamento da Cana-de-açúcar (SMC), responsável pela podridão vermelha, e da bactéria causadora da escaldadura das folhas. Sem o manejo cultural adequado, como alocação correta de variedades, nutrição equilibrada e controle de broca e cigarrinhas das raízes, os produtores podem ter grandes prejuízos com essas doenças, de acordo com os pesquisadores do Instituto. Segundo Ivan Antônio dos Anjos, pesquisador do IAC, a ideia é desenvolver pesquisas para obtenção de variedades de cana resistentes e tolerantes ao carvão (Sporisorium scitamineum, Sydow) e à ferrugem alaranjada (Puccinia kuehnii, Butler), além de estudos criteriosos sobre a etiologia e os aspectos epidemiológicos da SMC, supostamente causada pelo fungo Colletotrichum falcatum, Went. A FAPESP e a São Martinho farão o aporte de R$ 4 milhões cada no Centro de Pesquisa em Engenharia Fitossanidade em Cana-de-açúcar. A contrapartida econômica da Unesp será oferecida na forma de salários de pesquisadores e profissionais de apoio, infraestrutura e instalações. Para o desenvolvimento dos estudos será utilizada a estrutura da Estação de Hibridação de Cana, em Uruçuca (BA), que tem gestão técnica do Instituto Agronômico, onde serão realizados os cruzamentos, além dos laboratórios de marcadores moleculares, e análises tecnológicas. O programa tem validade de cinco anos, podendo ser prorrogado por mais cinco. O CPE vai contar com equipe de 31 pesquisadores formada pelo grupo da Unesp Jabuticabal e seus parceiros, como o IAC-APTA a Cooperativa Agroindustrial (Coplana), a UFSCar, a Fundação Educacional de Ituverava e a Universidade de Franca. O Centro de Cana do Instituto Agronômico mantém o Programa Cana IAC, referência nacional e exemplo para os países interessados na viabilização da canavicultura sustentável. O programa de pesquisa é desenvolvido com apoio de agências de fomento estaduais e federais e parcerias com a iniciativa privada. Além dos pesquisadores do IAC, cientistas de unidades regionais da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) também participam do programa. Entre os resultados está o desenvolvimento de 27 cultivares de cana, sendo 26 para o setor sucroenergético e uma para fins forrageiros, o que representa 20% das cultivares lançadas no Brasil na última década.
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