Nutrição de precisão é caminho para produção animal
O Professor Paulo Henrique Reis Furtado Campos, do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa, afirmou, nesta quinta-feira (7) que a nutrição de precisão será o novo caminho para a produção animal. De acordo com ele, nos sistemas de produção as dietas são majoritariamente formuladas para maximizar o desempenho de um grupo de animais de acordo com a fase de desenvolvimento destes. “Por exemplo, para suínos em crescimento, uma única dieta é geralmente fornecida para animais entre 30 e 50 kg e outra para animais entre 50 e 70 kg de peso vivo, sem considerar as interações animal-ambiente (condição sanitária das instalações, temperatura ambiente, fotoperíodo) e as características intrínsecas de cada indivíduo (estado de saúde, taxa de crescimento, composição corporal, estado hormonal e metabólico)”, escreveu, em um texto publicado no portal especializado suinoculturaindustrial.com.br. Segundo o portal AgroLink nesse cenário, a nutrição de precisão consiste no uso de informações e tecnologias para a formulação de dietas e fornecimento de nutrientes em qualidade e quantidade exatas ao estado fisiológico e às exigências de mantença e produção de cada indivíduo. “Ou seja, consiste em acertar na mosca na relação entre fornecimento de nutrientes (dieta) e exigência nutricional de cada animal”, completa. “Em termos de interação animal-ambiente, é evidente que os animais serão, cada vez mais, desafiados pelas altas temperaturas ambientais e desafios sanitários. Em resposta a uma inflamação e/ou doença, uma cascata de mecanismos de defesa são ativados para manutenção dos processos vitais e integridade do organismo. Dentre estes, podemos destacar a diminuição no consumo alimentar, aumento da temperatura corporal (febre), e redistribuição de nutrientes dos processos de crescimento e produção para aqueles associados aos mecanismos resposta inflamatória e imune”, conclui.
Anticorpo capaz de parar o novo coronavírus é encontrado em lhamas
O grande esforço internacional de cientistas para encontrar uma forma de parar o coronavírus deu um novo e importante passo, anunciaram pesquisadores belgas e norte-americanos nesta quarta-feira (6). De acordo com o Correio Braziliense o grupo de cientistas descobriu mais um anticorpo que consegue se ligar ao vírus causador da covid-19 e neutralizar sua ação, impedindo que ele infecte células humanas. Os resultados só foram obtidos até agora em testes de laboratórios, mas a equipe já prepara a fase de testes pré-clínicos (em animais). Este é o segundo anticorpo capaz de parar o novo coronavírus descoberto esta semana. Na segunda-feira (4), cientistas holandeses descreveram outra estrutura que também neutraliza o vírus. O anúncio desta quarta-feira foi feito pelo Centro para Biotecnologia Médica VIB-UGent, liderado pelo pesquisador belga Xavier Saelens, que trabalhou com o laboratório de Jason McLellan, da Universidade do Texas em Austin, nos Estados Unidos. Os resultados foram publicados na revista especializada Cell. O anticorpo isolado pelas equipes de Saelens e McLellan é encontrado na lhama, mamífero existente na América do Sul. No laboratório, os cientistas viram que ele impede a infecção de células humanas porque se conecta ao novocoronavírus justamente na proteína S (ou proteína da espícula), a parte usada por um vírus para invadir células. Outra vantagem do anticorpo é que ele pode ser produzido em larga escala por meio de processos muito comuns na indústria farmacêutica, ressaltam os pesquisadores. “Este é um passo muito importante na luta contra a covid-19, tornada possível pela união de forças (dos dois laboratórios)”, afirmou Saelens, em um comunicado à imprensa. As pesquisas contra o coronavírus ocorrem em diferentes frentes. Enquanto alguns pesquisadores tentam utilizar o plasma sanguíneo de pacientes que se curaram da covid-19 para curar novos pacientes, outros buscam desenvolver uma vacina que torne o ser humano imune ao coronavíurs. A busca por anticorpos que neutralizam o vírus é uma terceira linha de ação. Os autores do novo estudo destacam algumas vantagens dessa abordagem. Nas vacinas, explicam, o corpo é estimulado a produzir por conta própria anticorpos capazes de combater o vírus. O problema é que alguns grupos, como idosos, costumam ter uma resposta moderada e podem produzir poucos anticorpos, continuando assim vulneráveis à doença. Na estratégia dos anticorpos, o paciente pode receber a proteção sem precisar produzi-la por conta própria. Outra vantagem é que, apesar de sua ação durar menos tempo, o anticorpo oferece proteção imediata, como um remédio que cura ou impede a doença, o que também pode ser muito útil aos profissionais de saúde, que ficam em constante risco de serem infectados. Por isso, os cientistas do novo estudo estão empolgados com o resultado obtido com o anticorpo retirado das lhamas. Eles, porém, ressaltam que mais estudos serão necessários até que pessoas recebam esse tipo de proteção. A orientação continua sendo a de não contar com uma vacina ou remédio em curto prazo e seguir os cuidados para evitar a infecção, ficando em casa sempre que possível e adotando medidas preventivas como o uso da máscara.
Fórmula chinesa imuniza ratos e macacos contra o novo coronavírus
A busca de uma vacina para a covid-19 segue a todo vapor, e mais uma das candidatas à imunização para a doença, que acomete mais de 3,7 milhões de pessoas em todo o mundo, foi apresentada, nesta quarta-feira (6), por cientistas chineses, informou o Correio Braziliense. Chamada de PiCoVacc, a fórmula foi aplicada em ratos e macacos infectados com Sars-CoV-2, com sucesso: provocou uma estimulação de anticorpos 10 vezes maior do que em pacientes já curados. Com os resultados descritos na última edição da revista americana Science, a vacina deve ser testada em pessoas ainda este ano. Uma das estratégias mais exploradas em estudos de imunização é o uso do vírus inativado e purificado, ou seja, sem poder de transmissão. Isso faz com que o patógeno possa ser usado com segurança. “Esse tipo de método tem sido muito usado no desenvolvimento de vacinas, e com muito sucesso, como no caso da influenza (gripe) e o poliovírus (poliomelite). Por isso, resolvemos explorar a mesma estratégia para a covid-19”, destacaram os autores do estudo, que foram liderados por Qiang Gao, pesquisador do laboratório Sinovac Biotech, na China. Os cientistas isolaram 11 cepas do vírus Sars-CoV-2 de 11 pacientes hospitalizados na China, na Itália, na Suíça, na Reino Unido e na Espanha. Os pesquisadores selecionaram uma delas, que foi usada como candidata à vacina, batizada de PiCoVacc. Em testes com ratos, o fármaco experimental aumentou em 10 vezes a quantidade de anticorpos que agem contra a proteína de pico do vírus (a molécula responsável pela replicação do patógeno no organismo), em comparação com pacientes já recuperados da covid-19. A vacina foi capaz de gerar o mesmo nível de proteção nas cobaias infectadas com as 10 cepas restantes do vírus. “Todos esses resultados nos mostraram que a PiCoVacc é capaz de obter respostas extremamente efetivas na estimulação do sistema imune”, frisaram os pesquisadores. Na segunda etapa do estudo, os cientistas testaram a PiCoVacc em macacos, em quantidades distintas: doses de 1,5 micrograma ou 6 microgramas, todas aplicadas três vezes ao longo de duas semanas. Como resultado, os pesquisadores observaram que todos os primatas não humanos, em quaisquer das cepas testadas, mostraram uma ação maior do sistema imune. Os pesquisadores constataram, porém, que o grupo que recebeu as dosagens maiores do fármaco se mostrou totalmente protegido do novo coronavírus. “Vimos que o resultado de 6 microgramas foi maior e totalmente efetivo. Outro ponto positivo é que, por meio do monitoramento de sinais clínicos, do índice hematológico e análise microscópica de tecidos feitos nos macacos, conseguimos observar que a vacina é segura”, ressaltaram os cientistas. Como o estudo ainda é inicial, os cientistas destacam que mais análises são necessárias para entender melhor o comportamento da vacina no organismo. “Coletivamente, esses resultados sugerem um caminho a seguir para o desenvolvimento das vacinas para Sars-CoV-2 que possam ser usadas em seres humanos. Os ensaios clínicos com PiCoVacc devem começar ainda este ano”, anunciaram os autores do estudo. Ana Karolina Barreto Marinho, coordenadora do Departamento Científico de Imunização da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), destaca que os dados obtidos no estudo científico chinês são extremamente positivos e animadores. “Esse é um grande avanço, pois os resultados dos experimentos com animais foram muito satisfatórios, e obtidos com segurança. Outro ponto muito positivo é que os ganhos foram os mesmos em todas as 10 cepas testadas, algo que mostra como a vacina pode ser eficaz em diferentes tipos de mutação do vírus”, detalhou a especialista brasileira. A médica ressalta que o uso do vírus desativado é algo muito benéfico pois faz com que a fórmula possa ser usada por pessoas que tenham problemas imunes, sem riscos. “Nesse tipo de estratégia, o uso de apenas partes do patógeno, todas ‘desativadas’, impede que indivíduos que sofrem com um problema autoimune, e que já possuem um sistema de defesa comprometido, reajam de forma negativa à vacina, o que reforça o nível de segurança”, opinou, acrescentando. “Acredito que um próximo passo importante é testá-la em um número reduzido de pacientes, e tendo resultado positivo, expandir para mais pessoas.”
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O Boletim NK, produzido pela NK Consultores Relações Governamentais, é uma compilação das principais notícias publicadas em meios de comunicação do país sobre temas ligados ao setor.
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