O Ministério da Saúde disse nesta terça-feira (29) que deverá começar a vacinação entre 20 de janeiro e 10 de fevereiro de 2021, mas que precisa que “os fabricantes obtenham o registro [das vacinas da Covid-19] junto à Anvisa”. Segundo o G1 as declarações do secretário-executivo Élcio Franco ocorrem após posicionamento da Pfizer feito nesta segunda-feira (28), que disse que o Brasil exige “análises específicas” que deixam o processo mais lento. “Na melhor hipótese, nós estaríamos começando a vacinação a partir do dia 20 de janeiro. Num prazo médio, entre 20 de janeiro e 10 de fevereiro. E no prazo mais longo, a partir de 10 de fevereiro”, disse o secretário-executivo. “Nós precisamos que os fabricantes obtenham o registro junto à Anvisa, e que eles entreguem doses suficientes para que sejam distribuídas. Se o distribuidor obter o registro e eventualmente não tiver dose para distribuir… entenda. O Ministério da Saúde enquanto Ministério da Saúde tem feito a sua parte, fizemos o plano [nacional de imunização], estamos com a operacionalização pronta, nos preparando para esse grande dia, mas precisamos que os laboratórios solicitem o registro”. “A partir do momento que ela [Pfizer] não quiser se submeter ao regramento da Anvisa, eu não posso pegar a Pfizer pelo braço e levar lá, Pfizer, entregue seu relatório para Anvisa. Posso pedir brevidade para a Anvisa, mas ela tem que seguir os seus passos” – Élcio Franco. As declarações ocorrem enquanto dezenas de países já começaram suas companhas de vacinação – Estados Unidos, China, Canadá, Rússia, assim como a União Europeia. Nesta terça-feira, a Argentina começou a vacinar a população. O Brasil, apesar de ter contrato com a vacina da AstraZeneca e da Universidade de Oxford (produção pela Fundação Oswaldo Cruz), ainda não conseguiu aprovar o produto e iniciar a imunização.
Ricardo Barros volta a ser cogitado para ser o próximo ministro da Saúde
O governo estaria aguardando o início da vacinação contra o coronavírus para alterar o comando do Ministério da Saúde. De acordo com a colunista Thaís Oyama, do Uol, Pazuello deve ser substituído pelo atual líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP), que já ocupou a pasta no governo Michel Temer. De acordo com a publicação, o general que entrou coberto de louros por sua atuação na Operação Acolhida, de atendimento aos refugiados venezuelanos em Roraima, passa seus últimos dias com críticas vindas, inclusive, do Palácio do Planalto. “Lá, assessores próximos do presidente mostram-se inclementes para com o general. Na visão desses assessores, Bolsonaro atrapalhou o trabalho do ministério no combate à pandemia em vários momentos, como quando obrigou Pazuello a recuar no acordo de compra da Coronavac, por exemplo, mas não proibiu o general de apresentar um bom plano de vacinação. O erro de apostar numa só vacina, ao contrário do que fizeram quase todos os vizinhos do Brasil da América Latina, foi o primeiro dos muitos maus passos dados pelo ministério nessa fase da pandemia”, afirma a colunista. Ela destaca ainda outros fatos em sua coluna, como os quase 7 milhões de testes para diagnóstico do coronavírus flagrados pelo jornal O Estado de S. Paulo à beira do vencimento num galpão em Guarulhos (o caso foi “resolvido” com a prorrogação da validade dos testes, autorizada pela Anvisa, por quatro meses) e o das 20 milhões de máscaras cirúrgicas adquiridas pelo governo em março — das quais apenas 3 milhões tinham chegado ao seu destino até setembro, segundo o Tribunal de Contas da União. A colunista do Uol enfatiza ainda a questão do do pregão eletrônico para compra de agulhas e seringas. “Das 331 milhões unidades necessárias, o governo conseguiu comprar até agora apenas 7,9 milhões. Motivo principal: erro de cálculo. Alguns dos preços estimados pelo ministério chegaram a ficar 70% abaixo do mínimo pedido pelos fabricantes. Ao desprezar regras elementares como a da oferta e demanda, e a de que quem chega por último paga mais caro, o ministério da Saúde viu os fornecedores virarem-lhe as costas – e ficou falando sozinho”, diz a publicação.
Tratamento para hanseníase ganha nova opção terapêutica no SUS
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) recomendou a ampliação de uso da claritromicina para o tratamento de pacientes com hanseníase no SUS, nos casos em que há resistência aos medicamentos já ofertados na Rede. A doença afeta principalmente pele e nervos periféricos e pode causar complicações em longo prazo. A proposta de ampliação considera casos resistentes à rifampicina, com ou sem resistência associada à ofloxacino. A recomendação do Plenário é condicionada a apresentação de dados de vida real em três anos e conforme Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde. Leia aqui a recomendação final da Conitec. O tratamento medicamentoso atualmente ofertado pelo SUS combina três medicamentos: rifampicina, dapsona e clofazimina. O acompanhamento com esse esquema terapêutico pode durar até 24 meses. Em casos de resistência à rifampicina, o MS recomenda a troca por minociclina ou ofloxacino. Para casos que, ainda assim, há resistência ao tratamento, não há opção terapêutica disponível, por isso o parecer favorável à recomendação de inclusão da claritromicina. Além das poucas opções terapêuticas e da importante escassez de estudos sobre o tratamento da resistência a medicamentos na hanseníase, não há a sinalização de novos medicamentos em horizonte temporal próximo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a utilização da claritromicina com base em opiniões de especialistas, padrões de resistência e atividade conhecida de alternativas antibacterianas, no tratamento da hanseníase resistente a medicamentos; por isso, a necessidade de reavaliação do uso da claritromicina em 3 anos, com dados de vida real. É uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae. Acomete, em especial, pele e nervos periféricos, podendo levar a graves incapacidades físicas. A transmissão ocorre principalmente pelas vias aéreas superiores, por meio de contato próximo e prolongado de uma pessoa suscetível com uma pessoa doente. A doença se manifesta pela diminuição ou perda da sensibilidade, o que faz com que as pessoas infectadas tenham diminuição ou perda da sensação tátil, de calor ou mesmo dor nas partes afetadas. A condição provoca manchas na pele, placas ou caroços em qualquer parte do corpo e a diminuição da força muscular das mãos, pés e face. Quando iniciado o tratamento, após as primeiras doses da medicação, o indivíduo já não transmite mais a doença, porém, é necessário concluir o processo para que se alcance a cura e sejam evitadas reincidências e novas contaminações.
Pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica ganham mais uma opção de tratamento no SUS
Será incorporado ao SUS o broncodilatador antagonista muscarínico de longa ação (LAMA) + agonista beta2 adrenérgico de ação longa (LABA) para o tratamento de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). A doença ataca os pulmões e causa dificuldade para respirar, devido ao quadro de inflamação e de destruição dos alvéolos, responsáveis pelas trocas gasosas nos pulmões. Esses medicamentos melhoram o fluxo de ar, aliviando os sintomas relatados pelos pacientes. A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) analisou os estudos que trataram dos resultados esperados (eficácia), segurança e impacto orçamentário dos medicamentos. Observou-se que a associação LAMA/LABA diminuiu a frequência de picos de piora da doença e a dificuldade de respirar. Leia aqui o relatório final. A DPOC é provocada geralmente pela fumaça do cigarro ou de outras substâncias irritantes. Os principais sinais e sintomas são tosse, falta de ar, chiado no peito, catarro em excesso. A doença é classificada de leve a muito grave. O diagnóstico é feito com base em sinais e sintomas respiratórios crônicos, por meio de exames e testes diversos no paciente. A doença pulmonar obstrutiva crônica é considerada a quarta principal causa de morte no mundo, prevendo-se que alcance a terceira posição em 2020. No Brasil, é a terceira causa de morte entre as doenças crônicas não transmissíveis, com um aumento de 12% no número de mortes entre 2005 e 2010. Isso representa atualmente quase 40 mil óbitos anuais. O Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) vigente para DPOC, em atualização nesse momento, orienta o uso de tratamentos medicamentosos e não medicamentosos, com objetivo de diminuir os sintomas, melhorar a respiração e a qualidade de vida do paciente. O tratamento não medicamentoso consiste em evitar o contato as substâncias que causam reação (fumaça do cigarro ou de outras substâncias); reabilitação pulmonar; fisioterapia respiratória e cirurgia. O tratamento medicamentoso se baseia no uso de broncodilatadores, anti-inflamatórios corticosteroides e oxigenoterapia. Para pacientes com sintomas leves, são recomendados broncodilatadores de curta ação, especificamente o salbutamol e o fenoterol. Para pacientes com doença moderada ou grave, recomenda-se o uso de broncodilatador de longa ação, como o salmeterol e o formoterol. Algumas vacinas também são utilizadas para reduzir as complicações decorrentes de infecção. A associação de dois broncodilatadores de longa ação diferentes (broncodilatação dupla com LAMA e LABA), recomendada nesse mês pela Conitec, irá representar importante ganho na qualidade de vida das pessoas portadoras de DPOC, com diminuição das exacerbações clínicas, melhora da capacidade respiratória e dos sintomas, como a falta de ar.
SAÚDE NA IMPRENSA
Anvisa – Atualizada a lista de Denominações Comuns Brasileiras
Anvisa – Anvisa atualiza guia de uso emergencial de vacinas
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Agência Saúde – Divulgada 3ª etapa do processo seletivo para o EpiSUS- Avançado
Agência Saúde – Saúde prorroga 171 leitos de suporte ventilatório em sete estados e no DF
Agência Saúde – SUS ofertará novo tratamento para pacientes com hanseníase
Agência Saúde – Brasil registra 6.647.538 milhões de pessoas recuperadas
Agência Saúde – Ministério da Saúde destinou mais de R$ 64 bilhões para auxiliar estados e municípios no combate à Covid-19
Conitec – Pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica ganham mais uma opção de tratamento no SUS
Conitec – Tratamento para hanseníase ganha nova opção terapêutica no SUS
Governo Federal – ANS lança campanha para conscientizar gestantes sobre antecipação de parto
Governo Federal – Governo Federal prolonga tarifa zero para importação de remédios e insumos contra Covid-19
Jota – Pandemia praticamente não afetou julgamentos sobre saúde no STJ em 2020
Jota – Por que o Brasil demora a ter uma vacina contra a Covid-19?
Jota – Rede pede ao STF que governo apresente relatório semanal sobre aquisição de vacinas
Agência Brasil – SUS disponibiliza novo tratamento para hanseníase
Agência Brasil – Ministério da Saúde: vacinação poderá começar em 20 de janeiro
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