Covid-19 se alastra no norte gaúcho e desafia frigoríficos
O espalhamento do coronavírus no norte gaúcho, sobretudo em regiões de importância para a produção de frango, está mobilizando diversas autoridades e levantando preocupações sobre o baixo grau de isolamento social adotado nas cidades da região. Como as vagas de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) estão cada vez mais escassas e a covid-19 vem se disseminando entre funcionários de frigoríficos, o risco de fechamento de abatedouros na região é cada vez maior. Em entrevista ao Valor Econômico, nesta quinta-feira (30), o promotor Sérgio Diefenbach, do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS), disse estar avaliando pedir na Justiça a interdição dos frigoríficos de BRF e Minuano em Lajeado (ver mapa), a 133 quilômetros de Porto Alegre. A expectativa do promotor é que a medida seja definida até a próxima segunda-feira (dia 4). De acordo com Diefenbach, pelo menos dez funcionários de cada unidade tiveram diagnóstico positivo para a covid-19. Com isso, ambas as companhias afastaram preventivamente mais de 200 funcionários. “Nossa questão não diz respeito à culpa ou imprudência [das empresas], embora possam ter ocorrido, mas a uma necessidade do município”, argumentou o promotor. Terceira cidade do Estado em número de casos, Lajeado tem 84 casos (21 a mais nas últimas 24h) e quatro óbitos registrados. Os 13 leitos de UTI da cidade estão ocupados e a prefeitura quer ampliar o número para 18. Conforme o promotor, um funcionário da Minuano e sua esposa, que viviam em Venâncio Aires – a 30 quilômetros de Lajeado -, faleceram nesta semana. A filha do casal teve alta ontem e o filho também testou positivo. “Não queremos fazer um contraponto entre saúde e economia, mas quando isso se transforma em uma família dilacerada é preciso ter atenção”, afirmou.
China manteve Peste Suína Africana (PSA) em sigilo
Nesta quinta-feira (30), o portal AgroLink divulgou que, a China manteve a descoberta da Peste Suína Africana (PSA) em sigilo por um longo tempo, o que teria causado a morte de milhões de porcos na Ásia e na Europa, segundo informou a agência internacional de notícias Reuters. De acordo com a agência, a rápida disseminação da PSA ocorreu devido à falta de notificação por parte das autoridades competentes. Além disso, a revista Vida Rural, de Portugal, indicou que essa decisão se deve ao extremo sigilo burocrático e aos incentivos políticos que continuam a dificultar o combate às pandemias, situação que se verificou também com o coronavírus. Em entrevistas com agricultores, analistas e fornecedores, a Reuters notou que, apesar de reportarem surtos de doenças às autoridades locais, os números não fazem parte das estatísticas oficiais apresentadas por Pequim. Nesse cenário, o Ministério da Agricultura chinês registou 163 surtos de PSA desde agosto de 2018 e disse que 1,19 milhão de porcos foram abatidos, 1% do total. Contudo, dados separados do ministério mostram mensalmente que, em setembro de 2019, tinha sido verificada uma diminuição de 41% comparativamente ao ano anterior, indicou a Vida Rural. “São pelo menos 60%”, explicou Johan de Schepper, diretor da Agrifirm International, empresa holandesa de ingredientes para rações. Com isso, a produção de suínos da China a recuar, pelo sexto trimestre consecutivo. Com uma queda de 29% no primeiro trimestre de 2020, depois de a peste matar milhões de animais no país desde agosto de 2018, a doença levou a que a produção de carne suína no país atingisse o valor mínimo de 16 anos em 2019: 42,6 milhões de toneladas, completa a revista.
Proposta obriga empresas a prestarem assistência a animais afetados por desastres
O Projeto de Lei 2950/19 obriga os setores econômicos que desenvolvem atividades capazes de causar degradação do meio ambiente, como as empresas químicas e de mineração, a adotarem medidas de proteção aos animais, preventivas e reparadoras. O texto tramita na Câmara dos Deputados, informou a Agência Câmara nesta quinta-feira (30). De autoria do senador Wellington Fagundes (PL-MT), o projeto também prevê a incidência das penas previstas na Lei dos Crimes Ambientais ao empreendedor que descumprir as medidas de proteção. A lei pune com detenção de três meses a um ano, e multa, quem pratica ato de abuso ou maus-tratos, fere ou mutila animais. Fagundes afirma que a proposta foi motivada pelos rompimentos de barragens em Mariana e em Brumadinho, ocorridos nos anos de 20015 e 2019. Os dois desastres ambientais registrados em Minas Gerais afetaram animais como bois, galinhas, cães e gatos, que ficaram soterrados na lama. “Os animais são uma realidade jurídica e, como tal, passíveis de melhorias e proteção”, disse. Conforme o texto, as medidas preventivas incluem o treinamento de pessoas da empresa para busca, salvamento e cuidados imediato dos animais durante ou após o desastre; o desenvolvimento de um plano de emergência com procedimentos de evacuação dos animais; e restrição do acesso de animais às áreas de maior risco de desastre. Entre as medidas reparadoras previstas na proposição estão o fornecimento de máquinas, veículos e equipamentos destinados à busca e salvamento dos animais. Também é determinada a oferta de água, alimentos, medicamentos e atendimento veterinário, assim como construção ou locação de abrigos para acomodação e tratamento dos animais silvestres e domésticos afetados pelo desastre. As medidas são de responsabilidade da empresa, mas serão executadas em articulação com órgãos públicos e entidades da sociedade civil. O projeto do senador Wellington Fagundes deixa claro ainda que as vidas humanas terão precedência em relação aos animais em medidas como evacuação, salvamento, busca e cuidados imediatos.
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O Boletim NK, produzido pela NK Consultores Relações Governamentais, é uma compilação das principais notícias publicadas em meios de comunicação do país sobre temas ligados ao setor.
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