PIB do agronegócio cresce 2,42% no primeiro bimestre de 2020O
Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro cresceu 2,42% no acumulado de janeiro e fevereiro de 2020 em relação ao mesmo período do ano passado, segundo divulgou , nesta terça-feira (12), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O resultado foi impulsionado pelo crescimento dos segmentos primário (3,86%), serviços (2,72%) e agroindústria (1,37%). O setor de insumos teve queda de 0,7%. O ramo pecuário teve expansão de 4,61% no bimestre, enquanto o agrícola subiu 1,33% no mesmo período na comparação com o primeiro bimestre de 2019. Segundo a análise da CNA e do Cepea, o comportamento da pecuária é reflexo do mercado ainda aquecido para as proteínas animais, que vem de 2019, “relacionado principalmente à elevação dos preços das carnes suína e bovina, como resultado da demanda aquecida no mercado externo em decorrência da Peste Suína Africana (PSA), e ao reflexo dessa elevação nos preços das proteínas substitutas, como a carne de frango e os ovos”. Já o resultado para a agricultura é justificado, entre outros motivos, pela elevação do PIB na atividade primária em janeiro e fevereiro, de 3,92%, em razão dos preços maiores frente ao mesmo período de 2019, com destaque para café, soja, milho e arroz. “Reflete também a expectativa de maior produção no campo, além da bienalidade positiva para o café. A Conab aponta que a safra de grãos deverá ser recorde, mesmo com os problemas climáticos no Rio Grande do Sul e a pandemia da Covid-19”, diz a publicação. O resultado de fevereiro também foi positivo para o PIB do agronegócio, que teve alta mensal de 1,2% na comparação com fevereiro de 2019. Setor primário, agrosserviços e agroindústria registraram aumentos de 1,64%, 1,4% e 0,81%, respectivamente, enquanto o segmento de insumos teve retração de 0,11%. Veja a íntegra da análise do PIB
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Ministério da Agricultura e FPA debatem panorama do agronegócio internacional
Nesta segunda-feira (11), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) informou que participou de um debate ao vivo sobre o panorama do agronegócio internacional na sexta (08). O encontro, promovido pelo presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e deputado federal (MDB/RS) Alceu Moreira, teve como convidados a superintendente de Relações Internacionais da CNA, Lígia Dutra, e o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), embaixador Orlando Leite Ribeiro. Os participantes discutiram a situação das exportações agropecuárias durante a crise do coronavírus, além dos desafios e tendências para o agro pós-pandemia, a atuação dos adidos agrícolas no exterior, iniciativas do setor privado e a possibilidade de parcerias com outros países. “É um momento em que o agro precisa se posicionar no mundo. Temos uma demanda crescente, mas os setores menos tradicionais precisam de apoio. Temos visto um grande número de empresários procurando se capacitar para levar os seus produtos para fora. Com essa união podemos tirar alguma coisa positiva desse momento difícil que estamos passando”, afirmou Lígia Dutra. Orlando Ribeiro acredita que o Brasil deve aproveitar para ampliar negócios e conquistar novos mercados, pois existe a possibilidade de uma onda de protecionismo em muitos países. “Alguns governos deverão privilegiar o consumo doméstico em detrimento do importado. Precisamos aproveitar essa janela para expandir negociações e sair como um parceiro confiável, que em uma hora difícil não abandonou esses países”, disse. Segundo o secretário do Mapa, houve queda das exportações do agro para todas as regiões do mundo, menos para a Ásia, que foi responsável por 52,5% do total. A China segue sendo o maior comprador do Brasil. Sozinho, o país representou 33,8% das exportações no primeiro trimestre de 2020 e superou a soma dos outros seis principais parceiros comerciais brasileiros (União Europeia, Estados Unidos, Japão, Hong Kong, Bangladesh e Arábia Saudita). Para os debatedores não existe dúvida de que o Brasil já é um grande exportador e tem potencial para ampliar ainda mais a sua participação no mercado internacional, mas a necessidade de aprimorar pontos como a promoção comercial é essencial. Lígia destaca que a CNA vem desenvolvendo ações de internacionalização e promoção comercial de produtos agrícolas brasileiros, como o projeto Agro.BR e o programa de internacionalização do agro. “A CNA abriu um escritório em Xangai e já tivemos mais de 60 empresas interessadas em exportar. Precisamos fazer um trabalho mais ambicioso, agressivo e conquistar esse espaço que já existe lá fora. Existem muitas oportunidades comerciais. O que está faltando é unir as pontas”, declarou ela. A necessidade de ampliar a capacidade produtiva para atender a demanda dos países e orientar os produtores para os processos de comercialização internacional também foram desafios apontados. “Existe uma demanda lá fora, mas muitas vezes não conseguimos atender porque as nossas políticas públicas não foram capazes de direcionar investimentos e recursos para isso. A segurança alimentar é um dos maiores ativos do mundo e o Brasil pode ser o grande fornecedor mundial”, disse o deputado Alceu Moreira, que revelou a ideia de criar uma versão sul-americana da FPA para articulação e integração política entre os países do continente. Na opinião dos participantes do debate, outro ponto que exige atenção é o fortalecimento da fiscalização agropecuária para garantir a segurança e a sanidade dos produtos, exigência cada vez maior do mercado externo. Eles também acreditam que a dificuldade para a realização de feiras internacionais vai impulsionar ainda mais a tendência das plataformas de comércio eletrônico.
Ações de Transferência de Tecnologia viabiliza produção agrícola para ajuda a famílias na pandemia
Comunidades de agricultores familiares, que participam de ações de transferência de tecnologias da Embrapa Amazônia Ocidental em parceria com Cáritas Arquidiocesana de Manaus, conseguiram sair da produção apenas para subsistência e após três anos com apoio, capacitação técnica e organização coletiva, atualmente conseguem produzir banana, mandioca e outros alimentos, com boa produtividade, gerando excedente. A colheita das últimas semanas foi comprada pela Cáritas e vai ajudar além das próprias famílias dos agricultores, também outras famílias em situação de vulnerabilidade social durante a pandemia de covid-19, destacou o portal AgroLink nesta terça-feira (12). Os produtos colhidos nas últimas semanas somam mais de quatro toneladas e foram comprados pela Cáritas Arquidiocesana, para distribuição em ação de assistência social para outras 200 famílias da zona urbana, cadastradas pela instituição junto a paróquias e áreas missionárias. A capacitação técnica, organização social, trabalho coletivo, acesso a tecnologias agrícolas e acesso a políticas públicas vêm sendo viabilizadas desde 2016 em quatro comunidades que estão atuando em parceria com a Cáritas e a Embrapa Amazônia Ocidental: as comunidades São Francisco do Mainã e Jatuarana, no bairro do Puraquequara, e Frederico Veiga e Novo Paraíso, no bairro Tarumã-Açu, todas na zona rural de Manaus. “É uma satisfação muito grande ver essa mudança, porque há mais de três anos, eles viviam de algum extrativismo e quase não tinham produção agrícola nem para seu próprio consumo e agora é a primeira grande venda da produção deles”, afirma o coordenador de projetos na Cáritas Arquidiocesana Manaus, Antonio Fonsêca, informando que a entidade comprou desses agricultores cerca de duas toneladas de banana pacovã e mais de duas toneladas e meia de produtos como mandioca, macaxeira, limão, hortaliças e frutas. Fonsêca cita que a parceria envolve aproximadamente 95 famílias nas quatro comunidades. “Apesar do momento difícil que estamos passando, a gente faz uma análise positiva, porque hoje eles estão se mantendo e ajudando outras famílias com seus alimentos produzidos”, comenta Fonsêca. O projeto pela Cáritas, chama-se “UKA-casa comum”, voltado ao desenvolvimento rural. Na parceria da Cáritas e Embrapa Amazônia Ocidental, os agricultores foram sendo inseridos em atividades de transferência de tecnologia da Embrapa, principalmente para produção de guaraná, mandioca, açaí e banana, além de participar de capacitações em diversos temas relacionados à agricultura. O pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, sociólogo Lindomar Silva, que articulou a parceria com a Cáritas e vem acompanhando o trabalho nas comunidades desde 2016, comenta que uma das propostas da atuação na comunidade tem sido possibilitar que os agricultores pudessem ter geração de renda mais permanente a partir da agricultura. Lindomar comenta que essa experiência vem mostrar que “agricultores familiares que estão numa lógica de pobreza, e que tem acesso à tecnologia e capacitação para utilizá–la, estão vivenciando um processo de acesso a uma renda mais estável a partir do que produzem, e isso é algo novo pra eles, porque antes tinham apenas a incerteza da atividade e do comércio do extrativismo”, comenta. Por meio da parceria com a Embrapa, os agricultores foram inicialmente inseridos em projeto de produção de guaraná, depois em ações de projeto de fruticultura com o açaí, e mais tarde acrescentaram outras culturas com retorno mais rápido como a banana e mandioca. Dentre as tecnologias da Embrapa que os agricultores tiveram acesso estão: clones de guaraná mais produtivos e resistentes à antracnose e informações do sistema de produção; sementes certificadas do açaí BRS-Pará, mudas de banana multiplicadas em Laboratório de Cultura de Tecidos da Embrapa; insumos e manejo da cultura da banana e uso de tecnologia de deposição de fungicida na axila da planta para controle da sigatoka-negra em banana pacovã; cultivares e manejo da mandioca Aipim manteiga. Um fator importante para implementar a produção agrícola na comunidade foi o trabalho coletivo, reforça uma das lideranças da comunidade São Francisco do Mainã, o agricultor Francisco Mateus da Silva, 62 anos. Ele conta que “antes tinha uma vida privada de muitas coisas”. Com o trabalho das oito famílias envolvidas na parceria em sua comunidade, começam a ver os resultados, que contam atualmente com dois mil pés de bananeira em produção, e já retiraram 200 sacas de mandioca para produção de farinha. “Isso traz uma alegria muito grande, a gente não tinha muita perspectiva e agora está trabalhando na nossa área, isso trouxe segurança, produzindo e colhendo a gente fica satisfeito”, afirma.
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O Boletim NK, produzido pela NK Consultores Relações Governamentais, é uma compilação das principais notícias publicadas em meios de comunicação do país sobre temas ligados ao setor.
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