Ministra esclarece a investidores estrangeiros que regularização fundiária será importante para preservação da Amazônia
A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) participou nesta quinta-feira (9) de reunião virtual com representantes de fundos de investimentos estrangeiros, ao lado do vice-presidente da República, Hamilton Mourão, e dos ministros Braga Netto (Casa Civil), Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Fabio Faria (Comunicações), Ricardo Salles (Meio Ambiente), do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. De acordo com o Mapa o encontro foi motivado por uma carta que o governo recebeu desse segmento na qual manifestaram preocupações relacionadas ao desmatamento na Amazônia. A ministra esclareceu aos investidores que o projeto de lei que trata da regularização fundiária (PL 2.633), que tramita no Congresso Nacional, será importante para a preservação ambiental da Amazônia. Segundo ela, houve uma distorção sobre os efeitos da medida. “Eles queriam saber se realmente tem chance de que esse projeto for aprovado se aumentaria desmatamento na Amazônia. Muito pelo contrário, deixamos claro que isso vai dar um nome, aquelas terras terão donos. Então, eles passarão a estar dentro da legislação brasileira. Vão ter o título, e portanto terão que cumprir as regras ambientais do governo. Com isso, acreditamos que teremos um controle maior daquela região”, disse. A ministra também explicou que a proposta não retirou nenhuma determinação da legislação vigente. “Vamos modernizar o sistema para poder fazer essa regularização através de ferramentas modernas, como sensoriamento remoto. Podemos ganhar tempo fazendo isso com maior agilidade para que realmente se efetive essa regularização tão importante, não só para a Amazônia mas para o Brasil todo”. O governo também deixou claro na reunião que agricultura de exportação brasileira não é feita na Amazônia e nem precisa avançar sobre essas terras. São áreas que não contam com infraestrutura de transporte e cujos solos não são adequados ao plantio. Hoje, o bioma amazônico responde por apenas 2% da produção agrícola e 14% da pecuária. O vice-presidente aproveitou a reunião para esclarecer as dúvidas dos investidores e reafirmar o compromisso do governo brasileiro em combater o desmatamento ilegal e promover atividades econômicas sustentáveis na região. Segundo Mourão, o crescimento do Brasil no setor agropecuário pode gerar pressões externas para o país. “Não há dúvidas de que seremos em breve a maior potência agrícola do mundo. E é óbvio que aqueles que serão incomodados pelo avanço da produção brasileira buscarão de alguma forma impedir que essa produção evolua como vem ocorrendo. Então, vamos sofrer pressões. E uma dessas pressões é dizer que o Brasil está destruindo a Amazônia para produzir alimentos, o que não é uma verdade”, explicou Mourão.
Mourão diz que críticas internacionais ao desmatamento são ‘disputa geopolítica’ do agronegócio
Nesta quinta-feira (9) o jornal O Estado de S.Paulo divulgou que, o vice-presidente Hamilton Mourão procurou retirar qualquer responsabilidade do governo sobre o avanço do desmatamento na Amazônia e declarou que as críticas internacionais sobre a derrubada da floresta no País refletem interesses comerciais e disputa geopolítica, por causa da força do Brasil no agronegócio. Em sua avaliação, haveria interesse em denegrir a imagem brasileira no Exterior em relação ao meio ambiente, para prejudicar seus negócios com outros países. “É importante que a gente tenha consciência da disputa geopolítica que existe no mundo de hoje. O Brasil tem um potencial extraordinário, pelas características do nosso território, do nosso povo. Nós temos água, luz, terra fértil, espaço para avançar e crescer. Então, não resta a mínima dúvida que nós seremos, dentro em breve, a maior potência agrícola do mundo. Isso é destino manifesto do nosso País”, comentou, em coletiva de imprensa realizada após participar de uma videoconferência com investidores internacionais. “É óbvio que aqueles que serão incomodados pelo avanço da produção brasileira, buscarão, de alguma forma, impedir que essa produção evolua como vem ocorrendo.” Na semana passada, em entrevista ao Estadão, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, também chamou a atenção para o mesmo assunto, ao ser questionada sobre a destruição da floresta amazônica. “Existem outros interesses comerciais, que não são algo pontual e ligado só ao meio ambiente. Por que só o Brasil? Essa é a pergunta que a gente tem de fazer. Eu não tenho mais idade para acreditar em Papai Noel. Então, o que vejo é que existe uma desinformação, às vezes, sobre algumas coisas”, declarou. Há dias, ao comentar a questão do desmatamento, o ministro da Economia, Paulo Guedes, também avaliou que existiria uma campanha de difamação sobre o País na área ambiental derivada do protecionismo de economias avançadas. “Nossa imagem está muito ruim lá fora, até mesmo uma parte de nós falamos muito mal do País. Lá fora há muito oportunista protecionista, como a França, que é uma parceira, investe aqui, mas não quer que exportemos produtos agrícolas para lá. Os Estados Unidos querem entrar com etanol no Brasil e não aceitam açúcar brasileiro lá”, afirmou.
Adubação de precisão potencializa desempenho dos fertilizantes minerais
Quem conhece a importância que o solo tem para a agricultura vai concordar que uma boa produção é reflexo, entre outras coisas, de um solo equilibrado e com os nutrientes necessários. Os elementos disponíveis no solo são essenciais para qualquer cultivo, seja de inverno ou verão. Porém, alguns estudos apontam que existe uma carência significativa de cálcio e enxofre nos solos das lavouras do Rio Grande do Sul, sendo que esses nutrientes são essenciais para equilibrar o solo, destacou o portal AgroLink nesta quinta-feira (9). O engenheiro agrônomo e especialista em solo, Eduardo Silva e Silva, destaca que é importante que o produtor faça uma análise de solo antes de aplicar insumos como o enxofre. “Aplicando-se na dose errada, pode não dar resultado algum ou pode resultar em desequilíbrio e, aplicando-se na dosagem correta, com base no diagnóstico de terra, os resultados, principalmente sobre os parâmetros ‘produtividade’ são bastante evidentes. É comum que o produtor visualize os benefícios desse nutriente na planta já no momento do arranque, pelo vigor, pela coloração, pelo porte maior da planta, se comparada às outras”, explica o engenheiro. No que se refere à construção de fertilidade do solo, torna-se latente a necessidade de olharmos o solo como um sistema e, sendo assim, condicioná-lo já no inverno, elevando os níveis de cálcio, de enxofre e neutralizando o alumínio tóxico, o que fornecerá à cultura subsequente (de verão) um ambiente mais favorável à manifestação do potencial produtivo do material genético. E, sem dúvida alguma, o sulfato de cálcio é uma rápida, acessível e inteligente fonte, principalmente se estiver na forma granulada”, destaca o agrônomo, que também é diretor técnico da SulGesso, empresa catarinense referência em fertilizantes minerais à base de cálcio e enxofre. No noroeste do Rio Grande do Sul, em Vista Alegre, a lavoura do engenheiro agrônomo e agricultor Darci Francisco Schaefer vem demonstrando, na prática, os resultados positivos a cada ano. O produtor conta que no cultivo de nabo vem utilizando o chamado gesso agrícola desde 2010 e, em 2014, começou utilizar o produto na forma granulada, chamado SulfaCal, em adubação de precisão. “Atuo com lavouras desde 2005, quando adquiri a primeira área para cultivar, em Vista Alegre, e em 2010 comecei usar o gesso agrícola e depois o sulfato de cálcio granulado, junto com a adubação de precisão. Essas aplicações de cálcio e enxofre foram fundamentais para o enraizamento melhor da planta, e consequentemente mais resistência ao estresse hídrico”, conta Darci. Mesmo em 2019, quando a região foi afetada por uma severa estiagem, as áreas com aplicação de cálcio e enxofre obtiveram a maior produção. A partir da ajuda do cálcio e do enxofre, o solo fica descompactado e permeável, permitindo que as raízes atinjam água e nutrientes encontrados no solo e responsáveis pelo desenvolvimento da planta. O agricultor conta que nas áreas onde aplica o sulfato de cálcio granulado há mais tempo, a produtividade é melhor, pois foi possível reduzir o alumínio tóxico. “Hoje já temos duas áreas com zero de alumínio tóxico, e isso não foi de um ano para outro, foi um trabalho que viemos fazendo ao longo dos últimos anos”, explica o produtor Darci Schaefer.
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O Boletim NK, produzido pela NK Consultores Relações Governamentais, é uma compilação das principais notícias publicadas em meios de comunicação do país sobre temas ligados ao setor.
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