Lucro de planos de saúde sobe 157% no primeiro semestre: R$ 6,3 bilhões, o maior em quatro anos
Planos de saúde médico-hospitalares encerraram o primeiro semestre de 2025 com lucro operacional de R$ 6,3 bilhões, um aumento de 157% na comparação com o mesmo período do ano passado e o maior desde 2021 destacou matéria do jornal O Globo. Já o resultado líquido, que também considera a remuneração das aplicações financeiras das operadoras em meio a altas taxas de juros, alcançou R$ 12,4 bilhões, 143% acima do registrado nos primeiros seis meses de 2024. Os dados foram divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) nesta terça-feira (02). Entre janeiro e junho, operadoras de planos de saúde médico-hospitalares — principal segmento do setor — acumularam R$ 187 bilhões em receita, a maior parte disso, cerca de R$ 166 bilhões, das mensalidades pagas pelos usuários. Além do resultado operacional, representado pela diferença entre a receita recolhida com as mensalidades e as despesas assistenciais, comerciais e administrativas, os ganhos financeiros também impulsionaram os bons resultados das empresas. A taxa de sinistralidade — fatia da receita das operadoras usada para custear a assistência aos usuários — ficou em 81,1% no primeiro semestre, 2,7 pontos percentuais abaixo do registrado no mesmo período do ano passado e o menor índice registrado para um 1º semestre desde 2018 — à exceção de 2020, quando a sinistralidade foi ainda mais baixa em razão dos efeitos da pandemia. Para a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que representa as maiores operadoras do setor, os dados são positivos, mas o resultado representa apenas uma recuperação após ’margens negativas por quase três anos’. Já a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), que representa a maior parte das operadoras, destacou que cerca de 40% das operadoras registraram resultados operacionais negativos, principalmente ’pequenas e médias operadoras responsáveis por levar saúde de qualidade para regiões fora dos grandes centros financeiros do país’. Para acessar a matéria completa, clique aqui.
Anvisa lança projeto para acelerar análises de registro de radiofármacos
A Anvisa deu início ao Projeto de Análise Otimizada para Registros de Radiofármacos. A iniciativa tem como objetivo reduzir o tempo de avaliação de petições protocoladas entre outubro de 2023 e 30 de julho de 2025 que ainda aguardam análise técnica, informou o portal da agência. No total, 12 processos de registro serão avaliados no âmbito do projeto, que seguirá o seguinte fluxo de trabalho: Revisão prévia dos dossiês submetidos à Anvisa pela equipe técnica; realização de reuniões virtuais com representantes das empresas, para esclarecimento de dúvidas técnicas e eventuais pendências e inspeções de pré-aprovação nas instalações das fabricantes, a fim de verificar in loco as condições declaradas e aprofundar as discussões técnicas. As empresas selecionadas já foram contatadas e a expectativa é que todas as avaliações sejam concluídas até dezembro de 2025. A iniciativa representa um avanço importante para reduzir a fila de análise de radiofármacos, ampliar a disponibilidade desses medicamentos no Brasil e oferecer maior previsibilidade ao setor regulado.
Anvisa aprova medicamento para casos de câncer de ovário resistentes a quimioterapia
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o medicamento mirvetuximabe soravtansina (com nome comercial de ELAHERE) para o tratamento de casos de câncer de ovário resistentes à platina, composto base da quimioterapia, informou o jornal O Globo. Anteriormente, após a falha da quimioterapia, não existiam alternativas além dos cuidados paliativos para os pacientes diagnosticados com o câncer. Dessa forma, o fármaco, produzido pela biofarmacêutica AbbVie, é o primeiro a ser aprovado para casos de resistência à platina. A resolução da Anvisa que aprova o medicamento foi publicada na última quinta-feira (28) no Diário Oficial da União (DOU). “Historicamente, as opções de tratamento para pacientes com câncer de ovário resistente à platina (CRO) têm sido limitadas e frequentemente comprometem a qualidade de vida de mulheres que já enfrentam uma jornada de saúde difícil e desanimadora”, afirma Fernando Mos, diretor médico da AbbVie Brasil, em comunicado. É estimado, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), que, de 2023 até o final de 2025, serão 7.310 novos casos de câncer de ovário por ano no país. O mirvetuximabe soravtansina também recebeu aprovações em outros locais do mundo, como nos Estados Unidos, pela Food and Drug Administration (FDA), e em países da União Europeia, pela European Medicines Agency (EMA) em 2024. Segundo os resultados do estudo de fase 3 realizado com o remédio, houve redução de 35% no risco de progressão da doença em pacientes tratados com mirvetuximabe soravtansina em comparação a outras formas de quimioterapia. Além disso, ele também mostrou uma redução de 33% no risco de morte. Para acessar a matéria completa, clique aqui.
Doação de medicamentos deve ser isenta de tributos, aprova CAE
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou nesta terça-feira (2) um projeto que isenta de tributos federais a doação de medicamentos, informou a Agência Senado. A matéria segue para o Plenário. O projeto de lei (PL) 4.719/2020 recebeu relatório favorável do senador Fernando Farias (MDB-AL). De acordo com a proposta, do ex-deputado General Peternelli (SP), os medicamentos doados devem ter pelo menos seis meses de validade.Pelo texto, é considerada isenta de tributos a doação de remédios feita a União, estados, Distrito Federal, municípios, Santas Casas de Misericórdia, Cruz Vermelha Brasileira, entidades beneficentes e organizações da sociedade civil. A isenção vale para as contribuições ao PIS/Pasep e à Cofins e para o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). De acordo com o projeto, quem receber os medicamentos doados deve distribuí-los sem fins lucrativos. Ou seja: fica proibida a revenda dos remédios. Para Fernando Farias, o PL 4.719/2020 tem como objetivo evitar o desperdício de medicamentos. O relator citou dados do Conselho Federal de Farmácia, segundo os quais cerca de 14 mil toneladas de medicamentos são descartadas anualmente no Brasil. Farias acatou duas emendas da senadora Mara Gabrilli (PSD-SP). A primeira determina que o controle e a fiscalização das doações sejam feitos de acordo com regulamento posterior. A segunda emenda inclui organizações da sociedade civil (OSCs), organizações da sociedade civil de interesse público (Oscips) e organizações sociais (OS) como possíveis beneficiárias. Para acessar a matéria completa, clique aqui.
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