Micotoxinas também são responsáveis por danos ao sistema reprodutivo
Além do preço, o suinocultor precisa levar a qualidade dos grãos em consideração, a fim de minimizar a ocorrência de micotoxinas. A contaminação por essas substâncias tóxicas provoca queda do desempenho, causando inclusive problemas reprodutivos, informou o portal AgroLink nesta quarta-feira (6). A Biomin, empresa de soluções naturais para alimentação do Erber Group, destaca a importância de rotina de monitoramento e análises da presença de micotoxinas nas matérias-primas, para reduzir impactos indesejáveis na saúde e na performance do plantel. “Várias micotoxinas podem afetar o sistema reprodutivo dos suínos. Encontramos com mais frequência nos ingredientes das rações a Zearalenona, o Deoxinivalenol e a Fumonisina. A duas primeiras micotoxinas aparecem esporadicamente, mas, quando presentes, atuam sinergicamente, provocando danos extremos. Já a Fumosina causa problemas respiratórios e reprodutivos. Ela tem alta incidência no milho e na soja”, analisa Augusto Heck, gerente técnico de suínos da Biomin. A Zearalenona imita um hormônio naturalmente produzido pelos animais, o estrógeno. Em fêmeas, pode levar à falsa gestação e inflamação da vulva e vagina. “Se a prenhez seguir, os leitões nascem fracos ou natimortos e, também, podem desenvolver a síndrome dos membros abertos. No caso dos machos, o impacto ocorre na diminuição do interesse sexual e qualidade espermática, aumento do prepúcio, atrofia dos testículos e crescimento das mamas”, explica Heck. Os órgãos mais afetados pela Fumosina são pulmões, fígado e coração. Na gestação, essa micotoxina é responsável pela diminuição do desenvolvimento do feto e causa problemas respiratórios. “É importante destacar que a quantidade de micotoxina ingerida e o tempo a que os animais foram expostos determinarão se os danos serão reversíveis. E muitos casos não são e podem até ser mortais”, destaca o especialista da Biomin. O Deoxinivalenol é responsável pela piora na conversão alimentar dos animais, que podem apresentar vômitos, diarreia, hemorragias no estômago e intestino. “Essa micotoxina tem afinidade com células de rápido desenvolvimento e interfere na maturação de óvulos e espermatozoides. Ela pode ocasionar também inflamações de pele, abortos e sintomas nervosos”, acrescenta Augusto Heck. Segundo o especialista da Biomin, a estratégia já comprovada para diminuição do impacto dessas micotoxinas envolve o uso de enzimas que as degradem, método conhecido como biotransformação. “Há micro-organismos capazes de produzir essas enzimas, mas elas também são feitas em laboratórios. Inativadores de micotoxinas, como Mycofix®, da Biomin, têm o potencial de proteger o fígado e estimular o sistema imune com compostos naturais. Com formulação que pode conter algas e vegetais, bactérias, leveduras e uma enzima purificada, a família Mycofix® transforma as micotoxinas em produtos inofensivos à saúde animal”, informa Augusto Heck.
Família de piscicultores assistida pela Emater promove despesca de camarão em projeto pioneiro
Nesta terça-feira (5), o portal AgroLink destacou que, com apoio do Governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), uma família de pequenos produtores rurais de Águas Lindas de Goiás, município do Entorno do Distrito Federal, irá promover no próximo sábado (09) a primeira despesca oficial de camarão-da-malásia em sua propriedade. A ação faz parte do Projeto Camarão do Cerrado, empreendimento desenvolvido pela família e pioneiro na criação de camarões na região, com expectativa de produção, inicialmente, de três mil quilos. Encabeçada pelos três irmãos Xavier – Charles, Shirlei e Sirlei –, a iniciativa começou quando o mais velho, Sirlei, fez um curso de piscicultura juntamente com sua esposa, o que despertou o interesse pela criação de camarões. Após introduzir a ideia para a família, eles buscaram capacitações na área, para conhecerem as espécies mais viáveis para a região. No Rio de Janeiro, quando realizaram mais um curso e uma visita técnica a um produtor do estado, se inteiraram sobre o camarão-da-malásia, também conhecido como gigante-da-malásia, uma variedade própria para a água-doce e muito procurada para criação em viveiros. De acordo com Charles Xavier, todo o processo se iniciou há cerca de um ano e meio. “Depois de fazermos uma reunião com toda a família para decidirmos se começaríamos ou não, procuramos a ajuda da Emater para nos orientar quanto a parte técnica”, contou. O técnico-agrícola da unidade local, Daniel Pereira, explicou que a Agência Goiana participou de todas as etapas metodológicas, como a escolha da área, dimensionamento e escavação dos tanques, preparo do solo e adubação. “Além disso, nós oferecemos orientações quanto à legislação ambiental, ajudando a fazer a outorga da água e licenciamento através dos órgãos competentes”, acrescentou. A espécie de alevino escolhida pelos irmãos, cujo nome científico é Macrobrachium rosenbergii, é um animal que se adapta com facilidade à criação em diversas condições do mundo. Apesar disso, como ressalta o livro “Camarão da Malásia: Cultivo”, da tradicional Coleção Criar, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), nesta atividade é importante que o cultivo seja conduzido de maneira absolutamente profissional para garantir seu sucesso, como foi o caso da família Xavier. Segundo levantamento realizado pelos próprios produtores, não existe nenhum outro viveiro de camarões na região de Águas Lindas e o Projeto Camarão do Cerrado se apresenta como mais um motor econômico para o setor de aquicultura, impulsionando a criação de crustáceos em Goiás. Dados da Emater apontam que o estado possui cerca de dois mil produtores na atividade de piscicultura. Outra característica importante é a qualidade do camarão, criado da maneira mais natural possível. “Por ser de água-doce, a espécie não contém iodo, reduzindo os riscos de alergia. O sabor, no entanto, é o mesmo do camarão marinho, com cheiro mais suave. Nós criamos eles de forma quase 100% natural, sem areação mecânica e quantidades mínimas de ração”, pontuou Charles. A intenção, de acordo com ele, é elaborar tabelas de comercialização voltadas tanto para varejo quanto para atacado, ou seja, diretamente para a clientela final e para restaurantes, peixarias e outros estabelecimentos, disponibilizando um produto de excelência no mercado goiano.
Estudo afirma que pecuária favorece transmissão de vírus e bactérias de animais para seres humanos
A pecuária intensiva fornece condições ideais para a disseminação de bactérias e vírus que podem ser transmitidos de animais para seres humanos e desencadearem novas pandemias, destacou o portal Anda nesta quarta-feira (6). A afirmação é a conclusão de um estudo realizado por um grupo de cientistas que estudaram a genética da bactéria Campylobacter jejuni, comum em bois e vacas mantidas em confinamento para consumo humano. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), esse micro-organismo também é a causa bacteriana mais comum de gastroenterite humana. Os pesquisadores descobriram que as cepas específicas de bois e vacas surgiram no século 20, coincidindo com o aumento e expansão mundial da pecuária. A atividade causou alterações anatômicas, fisiológicas e dietéticas nos animais. Essas mudanças também fomentaram alterações genéticas em vírus e bactérias e isso permitiu com que esses micro-organismos infectassem seres humanos. A pesquisa foi divulgada em consonância com uma campanha lançada pela organização vegana Viva! que visa conscientizar a população sobre o risco da criação, confinamento e morte de animais para consumo e incentiva a adoção do veganismo. Segundo Sam Sheppard, biólogo e um dos autores do estudo, ignorar este alerta não é uma opção. “Estima-se que haja 1,5 bilhão de bois na Terra. Se cerca de 20% deles carregam Campylobacter, isso representa um enorme risco potencial à saúde pública. Nas últimas décadas, houve vários vírus e bactérias patogênicas que mudaram espécies de animais selvagens para humanos”, disse. E completa: “O HIV começou em macacos; H5N1 veio de pássaros; agora suspeita-se que a Covid-19 tenha vindo de morcegos. Nosso trabalho mostra que as mudanças ambientais e o aumento do contato com animais de fazenda também causaram infecções bacterianas nos seres humanos”, salientou o pesquisador, que afirma ainda que as epidemias anteriores eram alertas para a alteração dos sistemas alimentares.
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