Importações de arroz aumentam, mas de outros países do Mercosul
As importações brasileiras de arroz aumentaram nos últimos meses, como normalmente acontece nesta época do ano, e complementaram a oferta das indústrias durante esta entressafra marcada por demanda firme e preços domésticos nas alturas. Mas a estratégia do governo de zerar a Tarifa Externa Comum (TEC) para incentivar as compras de países de fora do Mercosul até um limite de 400 mil toneladas até agora surtiu pouco efeito. Depois de romperem a barreira de 100 mil toneladas em setembro, as importações chegaram a quase 148 mil toneladas de arroz em geral (incluindo todas as variedades) em outubro, um patamar raramente observado e que levou o total neste ano a 675 mil toneladas, 6,8% mais que nos dez primeiros meses de 2019. Mas, no bimestre setembro-outubro, 93% do total veio do Mercosul, de onde as compras já não eram tributadas. Isso porque os Estados Unidos concluíram só agora sua colheita e o cereal asiático, disponível e mais barato, não tem a qualidade exigida pelo consumidor brasileiro. Diferentes representantes de indústrias nacionais disseram ao Valor Econômico, nesta quarta-feira (11), que uma trading trouxe recentemente uma carga de arroz indiano, mas que o produto foi rejeitado. “Pagamos uma reserva para a trading, mas quando o produto chegou não gostamos da qualidade”, contou um executivo. Segundo ele, os brasileiros estão acostumados com grãos brancos e com sabor característico, muito diferente das variedades oferecidas pela Índia. Além disso, o calor no país asiático estimula um expurgo de insetos que deixa um cheiro característico no produto. “Não é possível nem usar esse arroz em farinhas para produção de biscoitos ou derivados”, afirmou a fonte. Outro executivo disse que sua empresa chegou a comprar arroz indiano antes mesmo da liberação da TEC, para testar o produto diante da possibilidade de escassez no mercado doméstico, mas também concluiu que não valia a pena. Marinho Pegorer, diretor de assuntos internacionais da Associação brasileira da Indústria de Arroz (Abiarroz) afirmou que há cereal asiático de boa qualidade, claro, mas que o preço é muito mais elevado – e o câmbio joga contra. Na equação formada por qualidade, oferta e preço, portanto, sobra para as indústrias brasileiras o Mercosul e EUA. O problema é que a atual safra americana ainda está em período de colheita, e para chegar ao Brasil o produto precisará de pousio.
Nomeações de militares por Salles no Ibama são irregulares, aponta auditoria do TCU
A militarização dos cargos de chefia do Ibama promovida desde o ano passado pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, desrespeitou exigências legais de contratação impostas pelo próprio governo Bolsonaro, com nomeações irregulares, que não atendem aos critérios mínimos de experiências profissional e acadêmica previstos por lei. A conclusão está em relatório de uma auditoria realizada no mês passado pela área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) ao qual o jornal O Estado de S.Paulo teve acesso nesta quarta-feira (11). A análise se concentrou em oito nomes de chefia do Ibama, escolhidos por Salles, que ainda permanecem no órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA). Esses cargos de confiança são comissionados e indicados diretamente pelo ministro. Nenhuma dessas nomeações atende, porém, às exigências básicas do decreto 9.727 publicado pelo presidente Jair Bolsonaro em março do ano passado, com a promessa de prestigiar a “meritocracia” em contratações, em vez de apadrinhamento político no governo. O decreto de Bolsonaro tem a função de estabelecer “os critérios, o perfil profissional e os procedimentos gerais a serem observados para a ocupação dos cargos em comissão”. Mas essas regras não foram levadas em conta no loteamento de cargos no Ibama. Após analisar as experiências profissionais e acadêmicas dos oito militares que ocupam postos estratégicos, a auditoria do TCU concluiu que nenhum deles teria condições de assumi-los por não ter atingido os requisitos mínimos exigidos para os cargos “DAS” (Direção e Assessoramento Superior) e “FCPE” (Funções Comissionadas do Poder Executivo). “Há fortes indícios de que a nomeação dos servidores relacionados não atendeu aos requisitos” previstos na lei, afirma o TCU, após fazer a checagem de informações e pedir informações complementares ao Ibama e ao MMA. Relator do processo no TCU, o ministro-substituto André Luís de Carvalho afirma no documento que “a nomeação de servidores para cargos estratégicos para a área de fiscalização ambiental do Ibama sem o preenchimento dos requisitos estabelecidos (…), em termos de formação acadêmica e experiência profissional, constitui irregularidade grave, que merece a pronta a atuação deste tribunal”.
Secretaria da Agricultura de Santa Catarina e Fapesc vão mapear inovações voltadas para o agronegócio
A Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), publicou dois editais para mapear startups e soluções de Instituições de Ciência, Tecnologia e de Inovação (ICTs) especializados no setor agropecuário e promover conexões entre o ecossistema de inovação e as cadeias produtivas, informou o portal Noticias Agrícolas nesta quarta-feira (11). “Nós queremos que as inovações e novas tecnologias sejam cada vez mais acessíveis aos produtores rurais, assim como queremos transformar a nossa forma de prestar fomento agropecuário, pesquisa, extensão rural e defesa agropecuária. Com os editais poderemos conhecer melhor o que já está sendo feito em Santa Catarina e de que forma isso pode aprimorar as políticas públicas e potencializar a inovação no agro”, afirma o secretário da Agricultura, Ricardo de Gouvêa. Pelo chamamento público será possível identificar as startups e as soluções tecnológicas que ofereçam soluções para a agricultura, pecuária, pesca e agroindústria em Santa Catarina, promover a divulgação dessas iniciativas para o setor produtivo e subsidiar novas políticas públicas de fomento à inovação. O presidente da Fapesc, Fábio Zabot Holthausen, explica que a intenção é mapear as startups na área de agronegócio, as agrotech e foodtechs de Santa Catarina, bem como as ICTs (Instituições de Ciência e Tecnologia) com foco em agricultura, pecuária, pesca e agroindústria para compor uma listagem de empresas. “A partir desse mapeamento, elas podem participar dos programas de agroinovação da Secretaria de Estado da Agricultura e suas vinculadas em parceria com a Fapesc. Nós contamos com todas essas empresas que militam dentro do agronegócio para que possamos fazer esse mapeamento e participando desse programa a partir de 2021”, destaca. As Agrotechs, Foodtechs e os ICTs cadastrados estarão aptos, de forma não exclusiva, a participarem das ações implementadas pelo Agroinovação SC e pelo Núcleo de Inovação Tecnológica para a Agricultura (NITA), bem como de outras iniciativas e políticas que poderão ser implementadas. O resultado dos mapeamento será disponibilizado a todos e amplamente divulgado. As startups e Instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação interessados em participar do Edital podem se inscrever neste link até o dia 9 de dezembro.
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