Gastos com desenvolvimento e redução de produtos autorizados
Entre as razões apresentadas pela reportagem está a alta expressiva dos gastos com o desenvolvimento de novos produtos químicos. Na Europa, o custo médio de desenvolvimento de uma nova substância ativa, que era de US$ 150 milhões em 1995, chega hoje a mais de US$ 500 milhões. A maior parte disso é empregada em testes que verificam a segurança do produto. Com ciclos de desenvolvimento mais demorados, as empresas precisam ter fôlego financeiro para manter maior número de projetos simultaneamente em andamento, diz o texto. O jornal também enfatiza que também contribuem para o fenômeno as normas mais rígidas, adotadas em toda a União Europeia, reduzindo o número de pesticidas que os agricultores podem aplicar em suas plantações: de quase 1 mil no início da década de 90 para cerca de 400 hoje, observa Robert de Graeff, da Organização Europeia de Proprietários de Terras. A reportagem destaca que os agricultores estão temerosos de ficar excessivamente dependentes de combinações de sementes e defensivos agrícolas de uma única empresa. “As três grandes fusões envolvem uma companhia focada em sementes e outra em agroquímicos. Muitos agricultores receiam se ver numa situação em que tenham necessariamente de usar os pesticidas da mesma empresa que lhes fornece as sementes”, diz a publicação, que ainda ressalta a opinião de analistas de mercado sobre a possibilidade de mais fusões ocorrerem nos próximos anos.
Procuradora da República defende maior controle sobre a pulverização aérea
Em entrevista ao site Sul21, a procuradora da República Ana Paula Carvalho de Medeiros, fala dos riscos que projetos relativos aos defensivos agrícolas em tramitação no Congresso Nacional trazem para a saúde da população e ao meio ambiente. Em trecho da entrevista, questionada pela reportagem “se o Ministério Público tem recebido denúncias por contaminação com agrotóxicos”, ela responde: “As denúncias que recebemos nas audiências públicas se referem principalmente a problemas envolvendo a pulverização aérea que atinge alvos que não deveria. Em razão disso, o Ministério Público começou a desenvolver um trabalho bem forte neste tema em defesa de uma regulamentação mais efetiva. Há vários órgãos encarregados de fiscalizar a pulverização aérea hoje, como Ministério da Agricultura, Fepam e Anac, mas eles não têm instrumentos adequados para realizar esse trabalho. A Anac, por exemplo, fiscaliza a atuação das empresas de pulverização por meio do preenchimento de um diário de bordo. No Fórum Gaúcho de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos, nós fizemos um projeto de monitoramento eletrônico das aeronaves nos moldes do que existe hoje nas embarcações pesqueiras. Apresentamos esse projeto para a Anac e está havendo uma pressão muito grande contra ele. Ele já passou pelas comissões técnicas e estamos dependendo hoje de uma direção da diretoria da agência. Também estamos começando a trabalhar com a pulverização terrestre que não tem regulamentação alguma. O Ministério Público pretende fazer uma audiência pública sobre esse tema em agosto”.
Estados ‘agrícolas’ lideram buscas na internet
A colheita recorde de grãos esperada para esta safra 2016/17 devolveu o ânimo às principais regiões produtoras brasileiras, indicando uma possível retomada do consumo apesar do cenário de instabilidade persistente na política e na economia do país. Levantamento realizado pelo Google para o Valor Econômico aponta um aumento mais expressivo nas buscas por produtos e serviços nos Estados com forte economia agrícola, no primeiro quadrimestre deste ano, em relação ao restante do país. “Em Mato Grosso, o maior produtor e exportador nacional de grãos, as buscas no Google se destacaram em todos os itens clássicos de consumo que tendem a ser procurados quando as perspectivas são boas. Ainda que buscas não resultem necessariamente em compras, a sobreposição dos mapas da produção agrícola e dos cliques no Google dá uma dimensão mais ampla do impacto do agronegócio nas economias regionais, um movimento sentido nas ruas mas não devidamente mensurado nas estatísticas do setor. Neste 1º trimestre, Mato Grosso, Goiás, Paraná e Rio Grande do Sul tiveram uma expansão média de 15% em vendas – o mesmo percentual de todo o ano de 2016”, afirma a reportagem do Valor.
NA IMPRENSA
Mapa – Blairo Maggi lidera missão à China
MMA – Bolsa Verde apoiará proteção de espécies
MMA – Países se engajam na defesa dos oceanos
MMA – Extrativistas têm R$ 8 mi em subsídios
SAC – Secretaria abre inscrições para Curso Básico de Gestor Aeroportuário em Recife (PE)
Embrapa – Hortitec 2017: tomates enriquecidos com licopeno são destaques da Embrapa
Senado Federal – CMA vota ampliação do prazo de inscrição no Cadastro Ambiental Rural
Senado Federal – CAE pode votar projeto que facilita a renegociação do crédito rural
Senado Federal – Chacina de trabalhadores rurais no Pará é tema de audiência pública na CDH
Câmara dos Deputados – Trabalho aprova novas atribuições ao Conselho de Política Agrícola
Correio Braziliense – Economistas preveem corte de 0,75 ponto da Selic em julho, mostra Focus
Correio Braziliense – Distrito Federal é campeão nacional em produtividade de soja
O Estado de S.Paulo – Saiba como a tecnologia está mudando a sua relação com a comida
Zero Hora – Carlos Cogo: pontos negativos superam os positivos no Plano Safra
Zero Hora – O aquecimento no agro
Zero Hora – Exportações de café do Brasil devem diminuir na temporada 2017/2018
Folha de S.Paulo – Mercado Aberto – Indústria pressiona por votação de licenciamento ambiental
Folha de S.Paulo – MP nas mãos de Temer beneficia latifundiários e até prefeito
G1 – Colheita do milho safrinha em Vilhena deve chegar a 275 mil toneladas esse ano
G1 – Criadores de MS mantêm o gado no pasto à espera de melhores preços
G1 – Lavouras de café conilon da BA se recuperam e produção deve crescer
G1 – Colheita de soja bate recorde no Paraná, mas grande oferta trava vendas
Valor Econômico – Estados ‘agrícolas’ lideram buscas na internet
Região dos Vales – Mortandade de abelhas preocupa apicultores do Rio Grande do Sul
Carta Maior – Conheça o Plano Popular de Emergência da Frente Brasil Popular
MST – Projeto de Lei cria “vazio legal” na legislação brasileira de agrotóxicos
Anapress – Brasil permite consumo de 14 agrotóxicos proibidos mundialmente
Sul 21 – ‘Temos um pacote do veneno tramitando no Congresso Nacional’, alerta procuradora
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