Brasil entra em parceria para produção de vacina contra Covid-19
O governo federal enviou, neste sábado (27), resposta à embaixada Britânica e ao presidente do laboratório AstraZeneca aceitando a proposta de acordo de cooperação no desenvolvimento tecnológico e acesso do Brasil à vacina para Covid-19. O acordo prevê a compra de lotes da vacina e da transferência de tecnologia. Se demonstrada eficácia, serão 100 milhões de doses à disposição da população brasileira. Segundo a Agência Saúde a vacina é desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela AstraZeneca, sendo uma das mais promissoras no mundo. No Brasil, a tecnologia será desenvolvida pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), fundação do Ministério da Saúde. Para o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, a parceria bilateral coloca o Brasil na liderança do desenvolvimento da vacina contra o coronavírus. “A partir do acordo, o país reforça sua contribuição com o mundo no desenvolvimento de uma resposta definitiva à pandemia e reafirma o seu compromisso em salvar vidas”, destacou o secretário. O acordo, quando celebrado, prevê a transferência de tecnologia de formulação, o envase e o controle de qualidade. Será utilizada a previsão legal de encomenda tecnológica prevista na lei nº 10.973, de 2004, e amparada na lei de licitações, a 8.666, de 1.993. O secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos, Hélio Angotti Neto, também destacou que o Ministério da Saúde acompanha 16 estudos de ensaios clínicos relacionados à vacina da Covid-19 e que o país pederá ter até mais vacinas se necessário. “Na nossa avaliação técnica observamos que essa é uma das vacinas que está em processo mais avançado. Nesse sentido avançamos na proteção e cuidado da população brasileira”, reforçou. O acordo tem duas etapas. Começa com uma encomenda em que o Brasil assume também os riscos da pesquisa. Ou seja, será paga pela tecnologia mesmo não tendo os resultados dos ensaios clínicos finais. Em uma segunda fase, caso a vacina se mostre eficaz e segura, será ampliada a compra. Nessa fase inicial, de risco assumido, serão 30,4 milhões de doses da vacina, no valor total de U$ 127 milhões, incluídos os custos de transferência da tecnologia e do processo produtivo da Fiocruz, estimados em U$ 30 milhões. Os dois lotes a serem disponibilizados à Fiocruz, de 15,2 milhões de doses cada, deverão ser entregues em dezembro de 2020 e janeiro de 2021. O governo federal considera que esse risco de pesquisa e produção é necessário devido a urgência pela busca de uma solução efetiva para manutenção da saúde pública e segurança para a retomada do crescimento brasileiro. Atualmente, a vacina está em estudo clínico com testes no Rio de Janeiro, São Paulo e, também, a Bahia. Para o secretário nacional de Vigiância em Saúde, do Ministério da Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, a partir de uma resposta de eficácia dos testes, estima-se que no início do próximo ano já possa ser realizada uma campanha de vacinação já definindo os públicos prioritários, aqueles que estão mais vuneráveis à Covid-19. “Com a vacina aprovada teremos a cobertura realizada como parte da expertise do Brasil em campanhas nacionais de vacinação, nesse caso priorizando públicos mais vulneráveis como idosos, pessoas com comorbidades, profissionais de saúde, professores, profissionais de segurança, indígenas, motoristas de transporte público e pessoas privadas de liberdade”, destacou. Se a vacina for segura e eficaz e tivermos o registro no Brasil, serão mais 70 milhões de doses, no valor estimado em US$ 2,30 por dose. Com o acordo que será firmado, o Brasil se coloca na liderança do desenvolvimento da vacina contra o coronavírus. A iniciativa, assim, não apenas garante que o produto à disposição, mas dará autonomia brasileira na produção.
Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que ‘dar dexametasona a pacientes graves da covid-19 salva vidas’
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou nesta segunda-feira (29), que o corticoide dexametasona ‘salva vidas’ de pacientes graves da covid-19. De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo um dia antes de se completarem seis meses desde o primeiro caso relatado do novo coronavírus, a entidade estabeleceu cinco novas diretrizes para os países enfrentarem a pandemia. Em uma delas, intitulada “salvar vidas”, Tedros citou o medicamento. “Identificação precoce dos infectados e cuidados clínicos precoces salvam vidas. Dar oxigênio e dexametasona a pessoas com casos graves da covid-19 salva vidas. Dar atenção aos grupos de risco, inclusive aos idosos e pessoas de cuidados prolongados, também salva vidas”, afirmou o diretor. O líder da organização comentou sobre o ressurgimento de casos em países que reabriram a economia e ressaltou que muitas pessoas ainda estão suscetíveis à covid-19. De acordo com o diretor, a pandemia ainda se estenderá por um longo período. “Muitos países implementaram medidas nunca antes vistas para suprimir a transmissão e salvar vidas. Essas medidas tiveram sucesso, mas não interromperam completamente a doença. O vírus ainda tem muito espaço para se disseminar. Todos queremos o final disso. Todos queremos que a vida continue. Mas a dura realidade é: não estamos nem próximos do final. Embora vários países tenham progredido, globalmente a pandemia está acelerando”, alertou. Além do tópico sobre preservação de vidas, a OMS estipulou outras quatro orientações: empoderamento das comunidades, supressão da transmissão, aceleração das pesquisas e liderança política. “Independentemente do estágio em que o país se encontra, essas cinco prioridades, se executadas consistentemente e coerentemente, podem fazer toda a diferença. A questão crítica que todos enfrentarão nos próximos meses é como conviver com esse vírus. Este é o novo normal”, disse Tedros. diretor do programa de emergências da entidade, Michael Ryan, classificou como desafiadora a situação da covid-19 no Brasil, onde se concentram cerca de 25% dos casos e das mortes pela doença na América — o País tem 57.754 vítimas e 1.352.708 infectados, segundo levantamento mais recente realizado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL junto às secretarias estaduais de Saúde. O continente, de acordo com Ryan, responde por cerca de metade dos números do coronavírus em todo o mundo. “Na América, em geral, a situação é difícil. O Brasil representa uma grande proporção dos casos, e está enfrentando um grande desafio. São mais de 30 mil casos por dia. Uma abordagem ampla é necessária porque o nível de infecção é elevado, temos várias situações de risco. Temos áreas densamente povoadas em ambientes urbanos com condições precárias, além de pessoas morando em áreas rurais de difícil acesso. Não devemos subestimar a complexidade e o tamanho de um país grande como o Brasil”. Ryan também cobrou um maior entendimento entre as autoridades nacionais e estaduais do País nas ações de enfrentamento ao vírus. “Esperamos uma conexão muito mais sistemática”, afirmou. O diretor fez duras críticas à “politização” da pandemia em diversos locais ao redor do mundo — tema recorrente durante a coletiva desta segunda-feira (29) — e propôs aos líderes uma reflexão sobre as atitudes ao longo dos seis meses de covid-19. “Precisamos engajar toda a sociedade e governos nessa abordagem. Quando falamos de evitar a politização do vírus, serve para os dois lados. Em várias situações, precisamos dar apoio a um governo que talvez não seja o que elegemos, mas esse é o desafio da unidade nacional contra o inimigo comum. Não podemos continuar a permitir que a luta contra esse vírus se torne uma luta ideológica. Não podemos confundir virologia com ideologia. Todos os políticos precisam se olhar no espelho e se perguntar: estou fazendo o suficiente para eliminar o vírus? Precisamos ter esse debate porque este é o momento. Não temos tempo a perder”, concluiu.
Planos de saúde serão obrigados a cobrir testes de covid-19
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) incluiu os testes para confirmação da infecção pelo novo coronavírus entre os procedimentos obrigatórios atendidos pelos planos de saúde, informou o jornal O Estado de S.Paulo. A medida foi publicada nesta segunda-feira (29), no Diário Oficial da União. A Resolução Normativa 458 altera a norma 428, de 7 de novembro de 2017, que estabelecia o rol de procedimentos e eventos no âmbito da Saúde Suplementar. A nova orientação determina a cobertura obrigatória e a utilização de testes sorológicos para a infecção pelo coronavírus (covid-19), em cumprimento a determinação judicial proferida nos autos da Ação Civil Pública nº 0810140-15.2020.4.05.8300. Segundo a norma, os exames laboratoriais passam a incluir a pesquisa de anticorpos IgA, IgG ou IgM em ambulatórios e hospitais nos casos de paciente que apresente o quadro clínico e sintomas da covid-19. De acordo com atendentes do Laboratório Delboni, o valor dos exames de sorologia da covid-19 é de R$ 280, mais R$ 40 para o caso de coleta em domicílio. No Laboratório Fleury, a informação é de um custo de R$ 420 pelo exame de sorologia para particulares e R$ 336 para profissionais da saúde, mas a coleta deve ser feita em laboratório, com agendamento. Em ambos os laboratórios, a previsão é de resultados prontos em dois dias. A Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde) informou que as operadoras cumprirão a determinação da ANS. Mas lembra que a decisão judicial ainda está em tramitação e, portanto, pode ser revista. “É preciso saber também que existem Diretrizes de Utilização que, com base em avaliação médica, devem ser respeitas para a realização do exame, conforme a seguir: 1. Síndrome Gripal: Quadro respiratório agudo, caracterizado por sensação febril ou febre, acompanhada de tosse ou dor de garganta ou coriza ou dificuldade respiratória. 2. Síndrome Respiratória Aguda Grave: Desconforto respiratório/dificuldade para respirar ou pressão persistente no tórax ou saturação de oxigênio menor do que 95% em ar ambiente ou coloração azulada dos lábios ou rosto”, diz nota da entidade. A Abramge também destaca que “mesmo em períodos de epidemias, como o caso de zika vírus em 2016, a agência reguladora fez análises técnicas para embasar tais incorporações, ao contrário desta última inclusão. As operadoras de planos de saúde seguirão cumprindo as determinações da ANS, e a Abramge lembra que todos os demais tratamentos continuam à disposição dos beneficiários, inclusive para casos de covid-19.” Já a Unimed do Brasil declarou que as suas cooperativas cumprem as decisões judiciais e seguem as normas previstas pelo Rol de Procedimentos da ANS e pela Lei Brasileira. “A instituição segue permanentemente atenta às decisões dos órgãos reguladores competentes, acompanhando a evolução da pandemia no território nacional e avaliando e propondo atualizações das ações de contingenciamento da crise em parceria com as cooperativas do Sistema Unimed.”
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