Regiões agrícolas têm sentido menos os efeitos da covid-19 na economia
A crise econômica gerada pela pandemia do novo coronavírus atingiu de maneira desigual os Estados brasileiros – embora a queda tenha sido generalizada. Nos meses de março e abril, quando o isolamento social se intensificou em várias cidades, a atividade econômica no País como um todo passou por retração de 15,29%, conforme dados do Banco Central. No mesmo período, o Amazonas registrou queda de 21,44% na atividade e o Ceará apresentou baixa de 15,89%. Por outro lado, as regiões onde o agronegócio é a base da economia têm registrado quedas menores, destacou o jornal O Estado de S.Paulo nesta terça-feira (7). Entre as diferentes regiões do País, a Centro-Oeste é a que apresentou o melhor desempenho, com retração de atividade de 6,16% em março e abril. A região é a maior produtora brasileira de itens como soja e carne, dois produtos cujas vendas tiveram alta durante a pandemia, puxadas, principalmente, pela demanda chinesa. O Pará também aproveitou a forte demanda global por alimentos. “O sul do Estado é hoje todo de soja. Essa atividade agrícola permitiu que a retração não fosse tão significativa”, disse o economista Otto Nogami, do Insper-SP. Pelos dados do Banco Central, a atividade econômica paraense recuou apenas 5,22% em abril e maio, bem abaixo dos 21,44% de retração do Amazonas. Isso ocorreu apesar de Belém também apresentar sérias dificuldades para controlar o surto de covid-19. Os números do Banco Central dizem respeito ao Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br), publicado mensalmente pela instituição. O indicador, conhecido como uma espécie de “prévia do PIB”, serve mais precisamente para avaliar o ritmo da economia ao longo dos meses. Além do IBC-Br, o BC divulga Índices de Atividade Regionais de 13 das 27 unidades da Federação, além de indicadores para cada região do País. Pelos dados do banco, o Estado mais pressionado na pandemia foi o Amazonas – onde o número de mortes por covid-19 disparou, causando a paralisação de serviços não essenciais a partir de 23 de março. Em meio ao caos na área de saúde, a Zona Franca de Manaus e o setor de turismo pararam.
Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio cresce 3,78% de janeiro a abril de 2020
O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro teve alta de 3,78% no primeiro quadrimestre de 2020 em relação ao mesmo período do ano passado, puxado principalmente pelo crescimento de 8,22% do segmento primário (dentro da porteira). Os dados publicados, nesta terça-feira (7), são da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), calculados em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Segundo o estudo, de janeiro a abril deste ano, o resultado se manteve positivo para todos os segmentos. Além da alta da atividade primária, o setor de agrosserviços cresceu 3,98%, seguido por insumos (0,97%) e agroindústria (0,44%). Tanto a agricultura quanto a pecuária tiverem crescimento no acumulado do primeiro quadrimestre, de 1,72% e 8,01%, respectivamente. No segmento primário agrícola, os produtos destaques em termos de altas de preços foram milho, café, cacau e arroz, com altas superiores a 20%, além de soja, trigo, mandioca e cana. Já o bom comportamento do segmento primário pecuário é reflexo dos preços elevados em 2020, com destaque para boi gordo, suínos e ovos. O resultado reflete um efeito inercial da forte elevação ao longo de 2019, relacionada à Peste Suína Africana. “Se por um lado a demanda doméstica de carnes tem sido afetada pela crise econômica desencadeada pelo coronavírus, por outro, a demanda externa segue em alta puxada ainda pelos efeitos da Peste Suína Africana na China, e mais recentemente pela desvalorização do Real frente ao dólar que amplia a competividade das proteínas brasileiras”, diz o estudo. O PIB do agro em abril teve alta de 0,36%, menor crescimento mensal registrado ao longo deste ano, diante os impactos da pandemia da Covid-19. Todos os segmentos registraram alta, exceto a agroindústria, que teve queda de 1,08%, pressionada pela base agrícola. “Nesse mês, que foi o primeiro marcado em sua totalidade pelos efeitos das medidas relacionadas ao coronavírus, houve forte queda de produção da agroindústria de base agrícola, com baixas acentuadas para móveis e produtos de madeira, biocombustíveis, têxteis e vestuário e bebidas. Ao contrário, os segmentos de insumos e primário cresceram no mês, 0,46% e 3,26%, respectivamente”, explica a publicação.
Embrapa e Bayer iniciam projeto piloto em agricultura de baixo carbono
Com uma trajetória de cooperação no desenvolvimento de soluções voltadas à atividade agropecuária, Embrapa e Bayer se preparam para dar início a mais um projeto em parceria. A iniciativa, divulgada nesta terça-feira (7), foi discutida na manhã da última sexta-feira (3), em videoconferência com a presença da Diretoria-Executiva da Embrapa e dirigentes da Bayer, foca no aumento da competitividade e sustentabilidade do agro, a partir da adoção de tecnologias de baixo carbono, com garantia de retorno financeiro aos produtores rurais. A intenção é de que o projeto, denominado “Avaliação piloto do balanço de carbono na produção de milho e soja no centro-sul do Brasil, para o desenvolvimento sustentável (2020/2021)”, comece ainda este mês. Segundo o diretor de Sustentabilidade da Bayer, Eduardo Bastos, o objetivo é aportar mais de R$ 1,2 milhão envolvendo a participação da Embrapa Meio Ambiente, Embrapa Instrumentação e Embrapa Informática Agropecuária. No final do ano passado, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, se reuniu com representantes da Bayer e um dos principais temas do encontro foi a agricultura de baixo carbono. O encontro motivou o desenvolvimento de um projeto focado em três grandes pilares: agenda de pagamentos por serviços ambientais, focada em carbono (cuja base científica virá da parceria com a Embrapa); treinar e capacitar equipes de campo em agricultura de baixo carbono e a divulgação dos seus benefícios tanto aos produtores quanto para a sociedade. “A gente vai tropicalizar muita informação e mostrar que a agricultura tropical pode ser mais sustentável que a temperada”, afirmou. Para a fase seguinte do projeto, previsto para o período de 2021-2024, a Bayer pretende ampliar as ações, desta vez em parceria com os governos da Alemanha e Brasil. O diretor disse que, entre as metas da Bayer para 2030 estão contribuir com a redução de 30% das emissões de gases de efeito estufa na agricultura mundial, 30% do impacto ambiental das novas tecnologias e a melhoria de vida de 100 milhões de pequenos agricultores. Brasil, Estados Unidos e Índia são regiões consideradas prioritárias pela Bayer para implantação dos projetos de baixo carbono. O presidente da Embrapa, Celso Moretti, destacou estratégias relacionadas à sustentabilidade em desenvolvimento com a participação da Empresa, como o Plano ABC (Agricultura de Baixo Carbono), no qual estão inseridos projetos de controle biológico, fixação biológica de nitrogênio, tratamento de dejetos e Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). Celso Moretti disse que a temática discutida com a Bayer está relacionada a vários portfólios de pesquisa da Embrapa, como o de mudanças climáticas, sistemas florestais, grãos, manejo racional de agrotóxicos, florestas e serviços ambientais, dentre outros. Para Moretti, a Embrapa gera e entrega enorme valor ao agro brasileiro, mas ainda é pouco eficiente na captura de valor dos ativos colocados no mercado. O diretor do Centro de Expertise em Agricultura Tropical (Ceat) da Bayer, Dirceu Junior, lembrou a importância da trajetória com a Embrapa, e chamou a atenção para a parceria com a Monsanto, anterior à aquisição da empresa pela Bayer.
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O Boletim NK, produzido pela NK Consultores Relações Governamentais, é uma compilação das principais notícias publicadas em meios de comunicação do país sobre temas ligados ao setor.
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