Presidente da Embrapa destaca papel da pesquisa agropecuária no futuro da alimentação
Nesta quinta-feira (3), a Embrapa destacou que, o presidente, Celso Moretti, fez palestra técnica sobre os desafios da inovação, em evento promovido pela Embrapa Arroz e Feijão (Santo Antônio de Goiás, GO) e Embrapa Florestas (Colombo, PR) na manhã de terça-feira (1). Moretti mostrou que, investindo em ciência, tecnologia e inovação agropecuária o Brasil continuará sendo um país ainda mais importante na alimentação do planeta. Celso Moretti destacou as cinco décadas recentes de inovação agropecuária no Brasil a partir da ciência que tiraram o país da condição de importador de alimentos, onde predominava a insegurança alimentar, crises de abastecimento e pobreza rural, para a condição de grande exportador de alimentos e gerador de tecnologias. A partir deste histórico, ele apresentou cinco cenários distintos que deverão, de algum modo, induzir as pesquisas e contribuições da Embrapa. Para o presidente da Embrapa a produção de alimentos, fibras e bioenergia no cinturão tropical continuará sendo um dos grandes desafios por conta das mudanças climáticas, e das intempéries do solo devido ao calor, a temperatura e a chuva. Na visão dele, isso envolve também maior pressão de pragas e doenças que estão mais propicias à multiplicação, comparado aos climas de inverno europeus, onde a neve e o frio ajudam a controlar melhor as pragas e doenças no campo. “Em cinco décadas o Brasil foi capaz de criar um modelo sustentável e competitivo de agricultura tropical, sem paralelo no mundo. Tudo isto só foi possível porque temos um sistema de pesquisa e inovação agropecuária no qual fazem parte Embrapa, universidades federais, estaduais e privadas, o sistema estadual de pesquisa agropecuária e, obviamente, o setor privado que compõem este robusto sistema de pesquisa e inovação agropecuária”. O modelo brasileiro de agricultura movida a ciência tem alavancado a agropecuária nestes quase 50 anos, em que o sistema público de pesquisa se destaca como modelo de inovação aberta e baseada em processos de pesquisa, desenvolvimento e inovação que tem gerado um volume de entregas vigorosos para a sociedade brasileira. O presidente destacou, como exemplo, a fixação biológica de nitrogênio que possibilitou a milhões de hectares de soja no Brasil não precisarem de adubo nitrogenado. A tecnologia gerou uma economia de 22 bilhões de reais, só em 2019, e o país deixou de emitir 100 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera, contribuindo com a mitigação de gás de efeito estufa. “Isto mostra que, só com uma tecnologia desenvolvida, é capaz de pagar seis anos de orçamento de pesquisa da Embrapa. Atualmente o país investe 1,2% do PIB em ciência, tecnologia e inovação. Isto nos coloca em 14º lugar em geração de conhecimento, mas o Brasil hoje ocupa o 66º lugar em inovação”.
Tecnologias agem contra agentes externos na safra
Fatores ambientais como o clima são o que mais impactam a qualidade da safra. Ferramentas tecnológicas auxiliam a driblar esses efeitos e ter melhores resultados na colheita, destacou o portal Agrolink nesta sexta-feira (4). Sistemas cada vez mais modernos permitem prever fenômenos e manejar corretamente a lavoura. As dicas são da CEO do centro de inovação do agronegócio, Orchestra Innovation Center, Nathália Secco. Uma das ferramentas mais utilizadas na atualidade é o monitoramento com estações meteorológicas. Modernos sensores captam fatores com vento, umidade, chuva, sol e pressão atmosférica de forma a antecipar as mudanças do clima e fazer um plano de gerenciamento. Ainda aliado ao clima fatores como a estiagem costuma trazer perdas severas. O uso de irrigação pode ser uma boa solução. Se o investimento em irrigação por pivô costuma ser cara, é possível fazê-la com drones. A tecnologia pode driblar tanto a falta quanto o excesso de água, já que possuem sensores acoplados capazes de identificar com precisão áreas que demandam mais ou menos água e ser de grande ajuda para pequenos produtores em épocas de seca. A aplicação dos defensivos também deve ser observada. São produtos de alto valor no cultivo e devem ser aplicados de forma correta para evitar perdas, deriva e não sobrecarregar o solo. Sensores de agricultura de precisão orbitais, aéreos e terrestres podemos contar com a aplicação à taxa variável de herbicidas. Essa tecnologia tem sido grande aliada do produtor por meio de sistemas de mapeamento e análises de amostragens do solo, sendo possível identificar a real necessidade de cada talhão e garantir a distribuição correta do insumo. Hoje já existem startups que trabalham exclusivamente com tecnologias voltadas a aplicações localizadas de fácil acesso em diversas regiões. Outra alternativa que ganha espaço é a agricultura vertical. Praticada em ambiente fechado e protegido, em camadas verticais, as instalações simulam o clima ideal, oportunizando o controle total da produção. O modelo ainda pode ser sustentável com uso de energia solar e reuso de água.
Produção e venda de máquinas tem queda
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA) divulgou nesta sexta-feira (4) os números referentes ao setor, que inclui máquinas agrícolas e rodoviárias. Segundo o portal Agrolink no levantamento este foi o segmento menos prejudicado na pandemia graças ao bom desempenho do agronegócio brasileiro. As vendas internas apresentaram leve recuo de 2,7% em agosto, mas no acumulado do ano elas atingiram 28,5 mil unidades, 1,8% a mais que o mesmo período de 2019. Em relação a agosto do ano passado foi registrada alta de 4,8%. O mês fechou com 4,2 mil unidades comercializadas. Por outro lado, a queda acumulada de 33,9% nas exportações prejudicou a produção, que encolheu 21,5% nos oito primeiros meses deste ano. Em agosto queda de 0,1%, com US$ 667,7. A produção no mês teve queda considerável de 15% em relação a julho e de 22,1% em relação a agosto do ano passado. Foram produzidas 4,4 unidades. “Isso não acende uma luz amarela porque o agronegócio é forte e está ávido pelo consumo. Empresas tiveram problemas com fornecedores e algumas unidades trabalham com menos capacidade devido a pandemia”, destaca o vice-presidente da Anfavea, Alexandre Bernardes.
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