Cientistas chineses identificam novo vírus da gripe em porcos
Pesquisadores chineses identificaram uma nova variante do vírus da gripe, com potencial para se espalhar com facilidade entre a população mundial, no organismo de porcos criados em diversas províncias do país asiático, destacou a Folha de S.Paulo nesta segunda-feira (29). O vírus suíno detectado pelos cientistas tem algumas características preocupantes. De um lado, as atuais vacinas contra gripe não parecem conferir proteção significativa contra ele; de outro, apesar da origem em animais, ele não tem dificuldades para infectar células humanas. Alguns dos criadores de porcos da China, ao que tudo indica, já pegaram o vírus e se recuperaram, a julgar pela presença de anticorpos em seu sangue. Dados sobre a nova cepa do vírus influenza, como também é conhecido o causador da gripe, acabam de ser publicados na revista da Academia Nacional de Ciências dos EUA (PNAS), em pesquisa coordenada por George Gao, do Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças. Gao e seus colegas integram um esforço de mapeamento epidemiológico dos vírus influenza em porcos que, entre 2011 e 2018, coletou quase 30 mil amostras de muco do focinho de porcos em dez províncias chinesas que abrigam grandes populações de suínos. Ironicamente, o trabalho foi encaminhado para publicação em dezembro de 2019, pouco antes que a crise de saúde pública causada pelo novo coronavírus ganhasse corpo na China. Ficar de olho na evolução dos vírus de porcos é uma medida lógica porque o organismo desses mamíferos domésticos é considerado um “misturador” natural de diferentes cepas de gripe, como as que circulam em aves (tanto selvagens quanto domésticas) e em seres humanos. Não é por acaso que a pandemia de influenza de 2009 ganhou o apelido de “gripe suína”, e sabe-se inclusive que, durante aquele episódio pandêmico, houve transmissão de mão dupla, com a gripe passando de humanos para porcos. Diferentes formas do vírus da gripe frequentemente “embaralham” seu material genético dentro do organismo de seus hospedeiros, um processo que costuma dar origem a novas combinações, as quais podem pegar de surpresa as defesas de futuras vítimas. É o que parece ter acontecido com as novas variantes identificadas pelos pesquisadores chineses, apelidadas por eles de G4 (genótipo 4). Assim como o vírus da gripe de 2009, os vírus G4 são classificados como H1N1 (sigla de duas moléculas importantes que compõem o vírus, responsáveis por sua entrada e saída das células infectadas). Mas eles sofreram tantas mutações que a vacina contra os vírus H1N1 já conhecidos não é capaz de neutralizá-los. Além disso, outras moléculas do vírus vêm de misturas genéticas com duas outras cepas, uma similar à gripe de aves e outra que circulava na América do Norte. Trata-se, portanto, de uma junção de três formas anteriores do vírus influenza, numa combinação que não tinha sido vista até agora. Os especialistas defendem a intensificação do monitoramento e do controle entre suínos para evitar que o novo vírus, que tem potencial pandêmico, consiga se espalhar mais entre os seres humanos.
Abandono de animais se multiplica na pandemia e atinge até cavalos e coelhos
Uma mulher perde o emprego e decide deixar 27 gatos para trás em um apartamento. Em outra família, os filhos querem que os pais se desfaçam de um cachorro por medo que o bicho contamine os humanos da casa com a Covid-19. Já seis cavalos são abandonados à própria sorte em um mesmo domingo. E onze filhotes de um coelho de estimação iam para a panela por falta de recursos financeiros para sustentá-los. Os relatos são verdadeiros, de diferentes ONGs espalhadas pelo Brasil, e mostram um retrato que se intensificou durante a pandemia do novo coronavírus: o abandono animal e os maus-tratos, informou a Folha de S.Paulo nesta segunda-feira (29). Justificativas como desemprego, diminuição da renda, mudança de casa por conta da pandemia, término do casamento causado pelo distanciamento social e até medo de contrair o novo coronavírus dos bichos são justificativas das pessoas. Não existem dados oficiais sobre o abandono no Brasil, mas ONGs e instituições ouvidas pela Folha têm registros parecidos durante a pandemia e apontam para um aumento de até seis vezes no número de abandonos. Que não se resumem a cachorros e gatos, mas também a outros bichos, como cavalos e coelhos. No Distrito Federal, a Associação Protetora dos Animais, ProAnima, registrou nos últimos três mses um crescimento de 60% na quantidade de pessoas que querem se desfazer dos seus próprios bichos de estimação. A organização acredita que o distanciamento social, que motivou as pessoas a se isolarem em casa, contribuiu para esse cenário. “Achamos que é porque todos os familiares estão em casa, em ambiente antes tranquilo e que passou a ser difícil de suportar, e culpam os bichos, e o que percebemos é que o animal muda de comportamento quando o ritmo da casa muda”, apontou Mara Moscoso, 50, diretora da ProAnima. Mara aponta que tem recebido aumento nos relatos de maus tratos durante o distanciamento social, principalmente em famílias com histórico de violência doméstica. Também surgiram denúncias de pessoas que querem se livrar dos bichos por medo de que os mesmos passem Covid-19 aos parentes. Além disso, mudou também a justificativa e forma como os donos procuram a instituição. Em um cenário normal, quase 100% deles são demovidos da ideia pela ONG. Durante a pandemia, porém, os proprietários de animais procuram a ProAnima decididos a se desfazerem dos bichinhos. “É uma imposição, que se não pegarmos os bichos, vão jogar na rua”. A Associação Brasileira Protetora dos Animais da Bahia apontou que quase todos os dias ninhadas são largadas no abrigo. “Os animais são abandonados debilitados, com pulgas e carrapatos, verminoses e anêmicos, com problemas de pele e desnutrição. Se forem idosos, são entregues com doenças crônicas”, disse Alexandre Costa, coordenador da ONG.
Pescador artesanal poderá apresentar protocolo de requerimento do registro para ter acesso a financiamentos
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou nesta segunda-feira (29) no Diário Oficial da União a Portaria Nº 205, que regulariza o uso do protocolo de solicitação de Registro Inicial para Licença de Pescador Profissional Artesanal como comprovante para fins de concessão de financiamento ou crédito, direcionado à atividade pesqueira junto às Instituições Financeiras. Para ter acesso ao financiamento, o interessado também deverá apresentar o Relatório de Exercício da Atividade Pesqueira (Reap). Para o secretário de Aquicultura e Pesca, Jorge Seif Jr., a medida, publicada no Dia do Pescador, será importante para o setor. “A portaria permite aos pescadores artesanais, que são a grande maioria dos pescadores do Brasil, utilizar o seu protocolo como comprovante para a tomada de crédito, inclusive, do Plano Safra. Isso será um grande avanço, uma grande ajuda para nossos pescadores”, disse Seif, agradecendo o apoio da ministra Tereza Cristina. A ministra parabenizou os pescadores pelo seu dia. “Vocês também são agro. Quero parabenizar pelo trabalho que vocês fazem, por tudo o que vocês produzem para o Brasil e o mundo. Vamos caminhar fazendo da pesca uma atividade cada vez mais forte no Brasil”, disse Tereza Cristina.
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O Boletim NK, produzido pela NK Consultores Relações Governamentais, é uma compilação das principais notícias publicadas em meios de comunicação do país sobre temas ligados ao setor.
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