Governo federal divulga manual com recomendações para frigoríficos na pandemia da Covid-19
Os Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Economia (ME) e da Saúde divulgam, em conjunto, nesta segunda-feira (11) manual com recomendações para frigoríficos em razão da pandemia do coronavírus (Covid-19). As orientações abordam como prevenir o contágio do vírus nos ambientes de trabalho e, assim, manter a normalidade do abastecimento alimentar, a manutenção dos empregos e da atividade econômica. O documento traz mais de 70 medidas divididas em: caráter geral, práticas de boa higiene e conduta, cuidados nas refeições e no vestiário, sobre as comissões internas de prevenção de acidentes, transporte de trabalhadores fornecido pelo empregador, máscaras de proteção facial, trabalhadores pertencentes ao grupo de risco, suspensão de exigências administrativas em segurança e saúde no trabalho, procedimentos de contingência e retomada das atividades de setores ou do estabelecimento. Entre as medidas recomendadas, estão a identificação e afastamento de trabalhadores com suspeita ou com a confirmação da doença, distanciamento de dois metros entre cada funcionário na linha de produção, entrada no estabelecimento somente com máscara de proteção facial, proibição do compartilhamento de copos, pratos e talheres não higienizados, bem como qualquer outro utensílio de cozinha, evitar a aglomeração de trabalhadores na entrada e saída do estabelecimento, entre outras. “São procedimentos tecnicamente corretos para serem seguidos e respeitados pelos frigoríficos para garantir que as atividades sejam executadas com segurança”, afirma o secretário de Defesa Agropecuária, José Guilherme Leal. Especificamente em relação às exigências de Segurança e Saúde no Trabalho, ressalta-se que as medidas adotadas não significam qualquer supressão ou autorização para o descumprimento das Normas Regulamentadoras de Segurança e Saúde no Trabalho. Veja aqui o manual com orientações para frigoríficos em razão da pandemia da Covid-19
OMS diz que Covid-19 veio de morcego, mas ainda não sabe qual animal a transmitiu aos humanos
Um cientista da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou na última sexta-feira (8) que a Covid-19 veio de morcegos e que ela pode se disseminar entre gatos. Segundo Peter Ben Embarek, especialista em segurança alimentar e vírus que cruzam a barreira entre animais e humanos, o novo coronavírus vem de um grupo de vírus que se originam ou se espalham entre mamíferos, mas ainda não está claro qual animal transmitiu a doença aos humanos. Mas Ben Embarek afirmou em um comunicado que o vírus provavelmente chegou aos seres humanos através do contato com animais criados para fornecer alimentos, embora os cientistas ainda não tenham determinado quais espécies. Segundo o jornal O Globo, a OMS também declarou que um mercado atacadista da cidade chinesa de Wuhan, considerada epicentro da pandemia no país, teve um papel no surto do novo coronavírus no ano passado, tendo sido a fonte ou possivelmente um “ambiente amplificador”. A organização pede mais pesquisas para reponder aos questionamentos ainda em aberto. O mercado apontado pela OMS foi fechado pelas autoridades chinesas em janeiro, parte dos esforços para deter a disseminação de vírus, e ordenaram a proibição temporária do comércio e do consumo de animais silvestres. “O mercado desempenhou um papel, está claro. Mas qual papel não sabemos, se foi a fonte ou um ambiente amplificador ou só uma coincidência que alguns casos tenham sido detectados dentro e nos arredores daquele mercado”, disse Peter Ben Embarek. Não ficou claro se animais vivos, vendedores ou clientes infectados podem ter levado o vírus ao mercado, explicou o pesquisador. Estudos mostraram ainda que gatos e furões são suscetíveis ao Covid-19 e cães em menor grau, segundo Embarek, sem especificar se eles podem transmitir a doença às pessoas. É importante descobrir quais animais podem ser infectados para evitar a criação de um “reservatório” em outra espécie, disse ele. O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, disse existir “uma quantidade significativa de indícios” de que o vírus veio de um laboratório de Wuhan, mas também disse que não existe certeza. Nenhum indício público, entretanto, ligou o surto ao laboratório de Wuhan, e cientistas disseram que o coronavírus parece ter se desenvolvido na natureza. Um relatório de inteligência da Alemanha questiona as alegações de Pompeo, noticiou a revista Der Spiegel. Ben Embarek não abordou as acusações. Ele observou que pesquisadores levaram um ano para identificar camelos como a fonte do vírus da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers), um coronavírus que surgiu na Arábia Saudita em 2012 e se propagou pelo Oriente Médio, acrescentando: “Não é tarde demais”.
Lhamas poderão se tornar heroínas do combate ao coronavírus
Na última sexta-feira (8), a Folha de S.Paulo divulgou que, os cientistas usam há muito tempo lhamas na pesquisa de anticorpos. Na última década, por exemplo, anticorpos desses animais foram utilizados em pesquisas dos vírus HIV e da gripe influenza que descobriram terapias promissoras para ambos. Os seres humanos só produzem um tipo de anticorpo, feito de dois tipos de cadeias de proteínas —pesadas e leves— que juntas assumem a forma de um Y. As proteínas de cadeias pesadas ocupam o Y inteiro, enquanto as proteínas de cadeias leves só tocam os braços do Y. As lhamas, por sua vez, produzem dois tipos de anticorpos. Um deles é semelhante em tamanho e constituição aos anticorpos humanos. Mas o outro é muito menor; tem apenas 25% do tamanho dos anticorpos humanos. O anticorpo da lhama também forma um Y, mas seus braços são muito mais curtos porque ele não tem cadeias leves de proteínas. Os anticorpos das lhamas também são manipulados com facilidade, segundo Xavier Saelens, virologista molecular na Universidade de Ghent, na Bélgica, e um dos autores do novo estudo. Eles podem ser ligados ou fundidos com outros anticorpos, incluindo os humanos, e continuam estáveis apesar dessas manipulações. Esse anticorpo é uma característica genética que as lhamas compartilham com todos os camelídeos, a família de mamíferos que inclui alpacas, guanacos e dromedários. Os tubarões também têm esse anticorpos menores, mas “não são um modelo experimental ideal, e são muito menos simpáticos que as lhamas”, disse Daniel Wrapp, estudante de graduação afiliado à Universidade do Texas em Austin e ao Dartmouth College e coautor da nova pesquisa. Saelens disse que as lhamas são domesticadas, fáceis de manipular e menos teimosas que muitos de seus primos camelídeos. Mas “quando elas não gostam de você, elas cospem”. Em 2016, Saelens, Wrapp e o doutor Jason McLellan, virologista estrutural na Universidade do Texas em Austin, e outros pesquisadores examinaram lhamas —e especificamente Winter— para encontrar um anticorpo menor “que pudesse neutralizar de modo geral muitos tipos diferentes de coronavírus”, disse McLellan. Eles injetaram em Winter proteínas espinhosas do vírus que causou a epidemia de Sars em 2002-2003, assim como a Mers, depois testaram uma amostra do sangue dela. Embora não pudessem isolar um único anticorpo de lhama que funcionasse contra os dois vírus, descobriram dois anticorpos potentes que combatiam separadamente a Mers e a Sars. Os pesquisadores estavam redigindo suas conclusões quando o novo coronavírus começou a ganhar manchetes em janeiro. Eles imediatamente perceberam que os anticorpos menores da lhama “capazes de neutralizar a Sars muito provavelmente também reconheceriam o vírus da Covid-19”, disse Saelens. Foi o que aconteceu, efetivamente inibindo o coronavírus nas culturas de células, disseram os pesquisadores. Eles estão esperançosos de que o anticorpo possa ser futuramente usado como tratamento profilático, injetado em pessoas não infectadas, como os profissionais de saúde, para protegê-las do vírus. A proteção do tratamento seria imediata, mas seus efeitos não seriam permanentes, durando apenas um ou dois meses sem injeções adicionais. Essa abordagem proativa ainda está a pelo menos vários meses de distância, mas os pesquisadores estão avançando para testes clínicos. Novos estudos também poderão ser necessários para verificar a segurança de injetar anticorpos de lhamas em pacientes humanos. “Ainda há muito trabalho a ser feito antes de tentarmos usar isso na clínica”, disse Saelens. “Se funcionar, a lhama Winter merece uma estátua.” Esse anticorpo mínimo consegue acessar bolsos e reentrâncias menores nas proteínas espinhosas —as quais permitem que vírus como o coronavírus penetrem nas células hospedeiras e nos infectem—, o que os anticorpos humanos não conseguem.
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O Boletim NK, produzido pela NK Consultores Relações Governamentais, é uma compilação das principais notícias publicadas em meios de comunicação do país sobre temas ligados ao setor.
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