Dinamarca matará 17 milhões de animais para evitar nova mutação de coronavírus
A Dinamarca anunciou nesta quarta-feira (4) que vai sacrificar 17 milhões de visons (animais semelhantes a doninhas criados em fazendas para fabricação de casacos e outras peças de vestuário de pele) para evitar que uma nova mutação do coronavírus Sars-CoV-2 prejudique o desenvolvimento de vacinas. De acordo com o jornal O Globo um estudo preliminar revelou que a mutação descoberta no norte da Dinamarca impede que pessoas com Covid-19 produzam anticorpos. O anúncio foi feito pela primeira-ministra, Mette Frederiksen. A mutação foi descoberta após 12 pessoas contraírem Covid-19 de visons. Todos os animais do país serão sacrificados. O caso reforça o temor de que o coronavírus possa se espalhar em animais, o que dificultaria o combate da pandemia. Visons têm contraído o Sars-CoV-2 em fazendas de pele na Holanda, Espanha, Estados Unidos e Dinamarca, este último o maior produtor do mundo. Os dinamarqueses já haviam sacrificado um milhão de visons para conter o coronavírus, mas o governo decidiu que a medida foi ineficaz. Os visons foram infectados por seres humanos, funcionários das fazendas de pele. Porém, cientistas dinamarqueses descobriram que o vírus sofreu uma mutação que permitiu que passasse de visons para pessoas. As 12 pessoas infectadas trabalhavam em fazendas de pele. Todas tiveram Covid-19, mas nenhuma adoeceu com gravidade. Porém, tiveram uma fraca resposta na produção de anticorpos. Tampouco foram informados detalhes sobre a capacidade de contágio da mutação. Mas o governo dinamarquês considerou a mutação preocupante o suficiente para não esperar mais tempo e arriscar que se espalhe. Kaare Molbak, um dos mais respeitados epidemiologistas da Dinamarca, disse que a decisão do governo de sacrificar todos os visons é acertada porque “no pior cenário, a pandemia poderia ter um recomeço, a partir da Dinamarca”.
Ricardo Salles exonera coordenador de fiscalização ambiental do Ibama
O governo federal exonerou nesta quarta-feira (4) o coordenador-geral de Fiscalização Ambiental do Ibama, Walter Mendes Magalhães Júnior. O ato publicado no “Diário Oficial da União” é assinado pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Magalhães Júnior foi nomeado para a função em abril, após o governo exonerar Renê Luiz de Oliveira do cargo. A decisão foi tomada após reportagem do Fantástico detalhar uma megaoperação de combate ao garimpo ilegal no sul do Pará. À época, a Associação dos Servidores em Meio Ambiente criticou a demissão, dizendo que as “intervenções” de Salles feriam a autonomia dos institutos e que trariam “grandes impactos” na questão ambiental. Questionado sobre os critérios para a substituição desta quarta, o Ministério do Meio Ambiente afirmou que “exonerações e nomeações fazem parte do cotidiano do órgão” e que a exoneração de Walter Magalhães “foi uma decisão do chefe dele”. O chefe de Walter Mendes Magalhães Júnior era Eduardo Bim, presidente do Ibama. Até a última atualização dessa reportagem, o órgão não tinha enviado posicionamento ao G1. Walter Mendes Magalhães Júnior é policial militar aposentado. Ele foi comandante de pelotão da Rota e do Batalhão de Choque da Polícia Militar de São Paulo. Antes de assumir a Coordenadoria-Geral de Fiscalização Ambiental, o policial foi superintendente do Ibama no Pará por sete meses. Entre janeiro e outubro deste ano, o Ibama emitiu 938 autuações ambientais por infrações cometidas na Amazônia Legal. Dessas, apenas três multas foram quitadas – uma no Pará e duas no Maranhão, todas por desmatamento. O valor recolhido representa 0,3% do total de autuações. As informações foram obtidas pelo G1 em consulta aos dados abertos do Ibama – Arrecadação de Multas Ambientais de Bens Tutelados –, que mostram o status das dívidas dos crimes contra a flora, com um recorte escolhido para valores pagos em 2020 nos nove estados da Amazônia Legal.
Estudo mostra redução de 26,8 milhões de hectares de pastagens degradadas em áreas que adotaram o Plano ABC
Nesta quinta-feira (5) o Mapa informou que um estudo realizado pelo Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento da Universidade Federal de Goiás (Lapig/UFG) avaliou, com base na classificação automática de imagens de satélites da série Landsat, o grau de degradação das áreas de pastagens no Brasil no período de influência do Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono) e verificou expressiva redução no número de propriedades com áreas de pastagens com degradação severa e moderada entre 2010 e 2018. O estudo aponta que, no período de 2010 a 2018, foram recuperados 26,8 milhões de hectares de pastagens degradadas, número bem superior à meta estabelecida pelo Plano ABC, de 15 milhões de hectares. A área recuperada é maior que o território do Reino Unido, que tem aproximadamente 24,2 milhões de hectares. O aumento na qualidade das pastagens foi mais expressivo nas regiões Centro-Oeste e Sul do país, abrangendo os estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e também o estado do Tocantins. A recuperação ocorreu principalmente no bioma Cerrado, onde houve maior investimento do Plano ABC para RPD. Nas áreas de contratos do Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono) para Recuperação de Pastagens Degradadas (RPD), a área total com pastagens classificadas como Degradação Severa reduziu de 34,3% para 25,2% no período avaliado. A análise de cerca de 5,5 milhões de propriedades, conforme os dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR), também sugere um aumento nas áreas de pastagens classificadas com Degradação Leve e Não Degradada. Em termos proporcionais, e considerando este conjunto de propriedades, o aumento mais expressivo foi para a classe Não Degradada, de aproximadamente 94,7 %. Segundo a diretora do Departamento de Produção Sustentável e Irrigação (Depros) do Mapa, Mariane Crespolini, o estudo é pioneiro no país. As áreas totais ocupadas por pastagens em 2010 e 2018 foram de aproximadamente 171,6 e 170,7 milhões de hectares, respectivamente. “Estes números indicam uma estabilização na área total ocupada na última década, que de fato vem ocorrendo e é evidenciado por uma melhora na condição das pastagens”, diz o relatório. O Plano ABC é uma política nacional focada em estimular a agricultura sustentável. A iniciativa foi lançada durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP 15), realizada em dezembro de 2009, em Copenhague, na Dinamarca. No primeiro trimestre do atual ano-safra (julho a setembro de 2020), as áreas agropecuárias com tecnologias de redução dos gases do efeito estufa financiadas pela linha de crédito do Programa ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono) passaram de 245 mil hectares para 485,1 mil hectares, crescimento de 97,9% na comparação ao mesmo período de 2019.
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