Pesquisa calcula subsídios à pecuária e é contestada durante evento em São Paulo
A pesquisa “Do pasto ao prato: subsídios e pegada ambiental da carne bovina” feita pelo Instituto Escolhas, e apresentada nesta quinta-feira (30), apontou que R$ 123 bilhões foram concedidos pelos cofres públicos para subsidiar a cadeia da carne bovina entre os anos de 2008 e 2017. O valor por ano, R$ 12,3 bilhões, corresponde a 79% do que foi arrecadado em impostos na cadeia da carne bovina nesse período, R$ 15,1 bilhões. De acordo com reportagem do Globo Rural, os responsáveis pelo estudo explicaram que, para chegar ao montante de benefícios concedidos, foram usados dois eixos: as taxas de juros subsidiadas na slinhas de crédito para o setor, como o Pronaf, e as renúncias fiscais relacionadas a tributos como PIS, Cofins, Imposto de Renda e Funrural. “Para cada eixo foi um método diferente. Para o primeiro, o método foi bastante direto: dados do Ministério da Economia, do Banco Central e do BNDES. Para renúncias fiscais, a gente usou em grande medida os dados do IBGE do Sistema de Contas Nacionais”, explica o economista responsável pelo estudo, Petterson Molina Vale. Segundo ele, foram feitas “contas frias” sobre o que tem de renúncia fiscal, o que tem de subsídio e a desoneração da cesta básica. A senadora e ex-ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu (PDT-TO), reforçou as críticas sobre a forma como o valor de R$123 bilhões foi apresentado. Para ela, a desoneração da cesta básica não está relacionada à pecuária. E não se pode interpertar como subsídio a equalização das taxas de juros do crédito rural feita pelo governo federal a cada ano. “A desoneração da cesta básica é para o consumidor, a pecuária não tem a ver com isso. A parte dos impostos foi o que mais me impactou, não faz o menor sentido. Nós estamos recebendo uma equalização de juros porque somos altamente produtivos, para concorrer com o vizinho, porque o juro dele é zero, então, é o governo brasileiro que nos impõe uma taxa de juro que nos tira a competitividade. Isso não é subvenção, isso é equalização para competitividade”, argumentou.
Pecuária no Brasil produziu mais e melhor sem desmatar
De acordo com reportagem do jornal Folha de S.Paulo, a pecuária brasileira produziu mais e melhor com a redução do desmatamento. Produziu mais carne por hectare e produziu menos gases de efeito estufa por quilo de carne. A depender do tipo de criação, “manejo”, é possível mesmo tirar carbono do ar. Essas são algumas das conclusões que saltam dos dados do estudo “Cálculo da Pegada de Carbono e Hídrica na Cadeia da Carne Bovina no Brasil”. O trabalho é de Eduardo Pavão (engenheiro agrônomo), Roberto Strumpf (biólogo) e Susian Martins (engenheira agrônoma). De 2008 a 2017, anos sob estudo, o rebanho bovino de corte passou de 166,7 milhões de cabeças para 183,7 milhões de cabeças. A massa de carne, a quantidade de carcaça processada, cresceu de 6,6 milhões de toneladas para 7,7 milhões de toneladas no mesmo período. A área de criação passou de 139 milhões de hectares para 141 milhões de hectares. Ou seja, para um aumento de cerca de 10% do rebanho e de mais de 16% no processamento de carne, foi preciso um aumento de menos de 2% na área de criação. Melhor ainda, houve uma redução da emissão de gases de efeito estufa por quilo de carne. No caso de criação apenas em pastagem, a “pegada de carbono” flutuou em torno da emissão de 30 quilogramas de dióxido de carbono e equivalentes por quilo de carne produzida (CO2eq/kg carne), sem levar em conta o desmatamento. Isto é, estável. Quando se considera o desmatamento, a “pegada” diminuiu de 157 kg CO2eq/kg carne para 64 kg CO2eq/kg carne, de 2008 a 2017. No caso dos pastos degradados, em que não há correção do solo nem adubo para a pastagem, a produção mais ineficiente, a pegada de carbono caiu de 1.008 kg CO2eq/kg carne em 2008 para 429 kg CO2eq/kg carne em 2017.
“Chegam a atirá-los por cima do muro”, diz veterinária de clínica sobre abandono de animais no verão
É triste, mas é uma praxe: chega o veraneio e os donos vão embora. Qualquer centro veterinário ou ONG de proteção animal, nesta época do ano, mal dá conta do imenso número de cães e gatos abandonados em Porto Alegre. “Chegam a atirá-los por cima do muro”, contou a veterinária Juliana Herpich para repotagem do portal Zero Hora. A ONG Patas Dadas, que resgata e encaminha animais para adoção, recebeu dois cães em agosto e seis em setembro – em outubro, o número saltou para 13 e, em novembro, chegou a 21. “Novembro é um mês crítico, porque agosto é quando as cadelas mais entram no cio. Então essa é a época de darem cria”, disse a ativista Regina Becker Fortunati, secretária estadual de Assistência Social. A voluntária Simone Lemos, da Patas Dadas, diz que muita gente abandona os bichos para sair de férias no verão: ou não querem levar os animais junto, ou não querem gastar com a hospedagem deles.
Valor Econômico – Falta de ração ameaça 300 milhões de galinhas na China
Valor Econômico – Cade inicia investigação de cartel contra JBS e BRF
Valor Econômico – Governo lança proposta para fiscalização por autocontrole
Folha de S.Paulo – Pecuária no Brasil produziu mais e melhor sem desmatar
Agrolink – Adapar notifica casos de raiva no Paraná
Zero Hora – “Chegam a atirá-los por cima do muro”, diz veterinária de clínica sobre abandono de animais no verão
Canal Rural – O que o agro reserva para homens e mulheres em 2020?
Globo Rural – Pesquisa calcula subsídios à pecuária e é contestada durante evento em SP
Correio Braziliense – Zoológico abre licitação para compra de medicamentos veterinários
Notícias Agrícolas – Entrevista com Cesar de Castro Alves – Consultor de Agronegócio do Itaú BBA sobre o Mercado do Boi Gordo
Blog De Olho no Assú – Litoral Sul potiguar é berçário natural de tartarugas ameaçadas de extinção
Varginha Digital – Jacaré é capturado dentro de barracão em Três Pontas
Lex Magister – Juiz determina transferência da Zoonose para local distante do Hospital da Criança
BarraUP – Shopping Metropolitano Barra oferece empréstimo de carrinho pet
R7 – Luisa Mell arrecada doações para “animais e humanos” de MG
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O Boletim NK, produzido pela NK Consultores Relações Governamentais, é uma compilação das principais notícias publicadas em meios de comunicação do país sobre temas ligados ao setor.
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