Com vacinas em falta, Pazuello promete imunização geral contra Covid em 2021
Em meio a críticas por conta da lentidão na vacinação contra o novo coronavírus e reconhecendo a dificuldade de adquirir doses no exterior, o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, afirmou que espera vacinar toda a população até o fim deste ano. Em sessão no plenário do Senado nesta quinta-feira (11), o ministro da Saúde disse que sua expectativa vacinar 50% da população até junho e a outra metade até o fim do ano.
Segundo dados do consórcio dos veículos de imprensa, o Brasil vacinou até o momento 4,4 milhões de pessoas, o equivalente a 2,69% da população acima de 18 anos –o país tem 211,7 milhões de pessoas, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Nem toda a população, no entanto, é indicada para receber a vacina. Não há estudos, por exemplo, sobre a aplicação dos imunizantes em menores de 18 anos. Além disso, por falta de doses, a vacinação foi interrompida em cidades da região metropolitana do Rio de Janeiro nesta semana; Salvador alterou o cronograma também por escassez de imunizantes.
Pazuello ressaltou que enfrenta dificuldades para adquirir vacinas no exterior, sendo que os produtores oferecem disponibilidade de doses insuficientes para a realidade brasileira. Por isso sinalizou que a aposta seria a produção nacional. O ministro da Saúde voltou a atacar as condições da Pfizer, que pediu impôs condições, como o não julgamento em tribunais brasileiros e a imunidade em casos de reações adversas. Pazuello disse que as condições são impraticáveis e “leoninas”.
Segundo o ministro, a pasta tem hoje negociações com a Bharat Biotech, que fabrica a vacina Covaxin e com o Instituto Gamaleya, da Rússia, para obter a vacina Sputnik. No primeiro caso, são previstas 20 milhões de doses em 60 dias. No segundo, 10 milhões de doses. As informações são da Folha de São Paulo.
Pazuello diz que país não tem estrutura para o que houve em Manaus e defende distanciamento
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta quinta-feira que será “trágico” a curva de contaminação do novo coronavírus apresentada em Manaus (AM) no início do ano se repetir em qualquer outro lugar do Brasil. Pazuello admitiu que “ninguém estava preparado” para o que aconteceu na capital amazonense, onde o sistema de saúde colapsou, e alegou que “não há estrutura que aguente” esse nível de elevação. A apuração é do o Globo.
– Havia um aumento previsível, mas não na velocidade da curva que nós vimos. O aumento previsível vinha também pela sazonalidade do ano: nós estamos no meio do inverno do Norte, que é a chuva, e o momento da chuva no Norte aumenta as doenças pulmonares. Então, esperava-se que houvesse um novo aumento dessa contaminação neste momento, e nós estávamos preparados para isso, mas não para o tamanho do impacto e da curva que aconteceu. Ninguém estava – afirmou no Senado.
Em sessão temática sobre o novo coronavírus, no Senado, Pazuello também defendeu o distanciamento social como estratégia de enfrentamento da Covid-19.Na conversa com senadores, o ministro disse que, segundo análise da pasta, a variante da Covid-19 identificada em Manaus é três vezes mais contagiosa. Ainda de acordo com ele, as vacinas aprovadas até o momento contra a doença são eficazes para a nova cepa.
Câmara aprova até 3 anos de detenção para quem furar a fila da vacina contra covid-19
Passar na frente na hora de tomar vacina agora poderá dar cadeia. Projeto aprovado nesta quinta-feira, 11, pela Câmara prevê pena de até 3 anos, além de multa, para quem for pego passando na frente dos demais. A proposta precisa ainda ser aprovada pelo Senado e cria um novo tipo de crime, chamado de “infração a plano de imunização”, atualmente não previsto no Código Penal.
O Ministério Público já investiga casos de “fura-fila” na vacinação de covid-19 em ao menos 10 Estados e no Distrito Federal. Embora hoje não seja crime, o gestor responsável por descumprir as regras de prioridades pode ser punido com base na lei de improbidade administrativa, que prevê multa e perda dos direitos políticos.
O projeto aprovado na Câmara também torna crime qualquer afronta aos planos de imunização federais, estaduais, distritais ou municipais, para todas as vacinas e não apenas a contra a covid-19. A proposta que foi aprovada é de autoria do deputado Fernando Rodolfo (PL-PE), mas outros 17 projetos similares foram juntados. A relatora Margarete Coelho (PP-PI) manteve também uma forma qualificada do crime de peculato, com pena de prisão de 3 a 13 anos e multa para apropriação, desvio ou subtração de bem ou insumo médico, terapêutico, sanitário, vacinal ou de imunização, público ou particular. As informações são do Estadão.
Lira diz que não acredita que Bolsonaro vetará prazo de cinco dias para análise de vacinas
O presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), disse nesta quarta-feira, 10, que não acredita que o presidente Jair Bolsonaro vá vetar o prazo de cinco dias imposto pelo Congresso para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprove o uso emergencial de vacinas contra a covid-19.
Não acredito em um veto do presidente Bolsonaro”, disse Lira, em entrevista à BandNews. Ele defendeu um esforço por parte da agência para acelerar o processo de aprovação de vacinas, diante do que chamou de uma “situação de guerra” contra o coronavírus.
Nesta quarta-feira, o presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, se reuniu com Bolsonaro para pedir que ele vete o dispositivo, por considerar que o prazo “extingue a capacidade da Anvisa de se manifestar em termo de análise”. O prazo foi incluído pela Câmara em uma Medida Provisória (MP) editada pelo governo.
Questionado sobre a possibilidade de um eventual veto de Bolsonaro à medida ser derrubado pelo Congresso, Lira respondeu apenas que acredita que o prazo será mantido
NA IMPRENSA
Valor – Ministério da Saúde estuda antecipar vacinação no Amazonas para conter covid-19
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Valor – Para imunizar população, temos que fabricar vacina no Brasil, diz Pazuello no Senado
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