Empresa de pulverização de agrotóxico é embargada pela PMA no Mato Grosso do Sul
Policiais Militares Ambientais de Batayporã realizaram, na tarde da última terça-feira (28), fiscalização a uma empresa de aviação agrícola instalada na Gleba Vitória, município de Ivinhema no Mato Grosso do Sul. Segundo o Jornal Agora MS, a empresa foi autuada por falta de licença e por falta de cuidados em manipulação de produtos perigosos. A empresa, com sede em São Gabriel do Oeste, prestadora de serviços, montou suas instalações para prestação de serviço de pulverização de agrotóxicos com aeronave na Gleba Vitoria, e, durante vistoria ao empreendimento, os policiais constataram que o pátio para lavagem das aeronaves não possuía estação de tratamento dos restos de agrotóxicos das embalagens, e consequentemente a água e resíduos eram lançados diretamente para uma fossa séptica sem tratamento. No local vistoriado foi localizado um tanque de combustível com 11.000 litros de querosene de aviação que estavam armazenados em desconformidade com a legislação vigente e não havia licença do órgão ambiental para trabalho naquela área. Diante das irregularidades o pátio para lavagem dos aviões foi embargado e a empresa teve suas atividades parcialmente suspensas, assim como o combustível armazenado sem licenciamento foi apreendido e a bomba de abastecimento lacrada.
“As ONGS se transformaram em uma corporação como outra qualquer, que tem seus próprios interesses e luta para defendê-los”, diz presidente da CropLife Brasil
O cientista político Christian Lohbauer, de 53 anos, tornou-se uma espécie de porta-voz das indústrias de agrotóxicos e transgênicos do País. Ex-diretor de Assuntos Corporativos da Bayer e candidato a vice-presidente em 2018 na chapa de João Amoêdo, do Novo, ele agora está à frente da CropLife Brasil. Nesta entrevista ao Estadão, Lohbauer afirmou que o alto número de agrotóxicos liberados pelo atual governo é uma forma de “desfazer um erro de 16 anos”. “No fundo, são aprovações de produtos antigos, que já tinham que estar aprovados há muito tempo”, explicou. Segundo ele, existem vários produtos que são aprovados no Brasil e não são aprovados na Europa e nos Estados Unidos. O motivo é a diferenciação dos produtos para os quais eles se destinam. O presidente da CropLife Brasil também reforçou que não existe nenhum estudo científico no mundo que comprove a relação entre uso adequado de defensivos e prejuízo à saúde humana. “Se você tomar vinte litros de água agora, você morre. Só que, se você tomar água direitinho, não vai morrer nunca por causa disso. É a mesma coisa com o defensivo. Depende da dose”, completou. Quanto aos novos agrotóxicos, Lohbauer explicou que o desenvolvimento de novas tecnologias envolve o investimento de bilhões de dólares em pesquisa por parte das empresas. “Para cada produto novo que você coloca no campo, são testadas 200 mil moléculas antes da aprovação, sob a supervisão de cientistas suíços, alemães, com PhD, que só fazem isso há 20, 30 anos”, afirmou. Ele também acredita que as ONGs se transformaram em “uma corporação como outra qualquer, que tem seus próprios interesses e luta para defendê-los”.
Lohbauer defende aprovação de projeto que moderniza lei de defensivos agrícolas
Para Lohbauer, o Projeto de Lei 6299/2002 é é a modernização de uma lei de 1989. “Hoje, os produtos ficaram muito menos tóxicos, muito mais eficientes e exigem muito menos quantidade para alcançar resultados melhores. Quando se pede para usar menos defensivo, isso já está acontecendo naturalmente”, afirmou. Ele acredita que até abril de 2020 o projeto deve ser votado na Câmara dos Deputados e avaliou que está indo para um bom caminho. “Hoje os brasileiros querem produzir o próprio defensivo biológico, dentro de uma visão conhecida como onefarm. O sujeito faz uma fabriqueta com uns tancões, umas panelonas, vê a receita, mistura ali o fungo na água quente, faz um troço estranho e pulveriza na plantação. Eles querem aprovar isso. É mais perigoso que a molécula sintética. O agricultor vai pulverizar um microrganismo em cima da plantação de milho e se errar na dose vai matar todo o milharal, contaminar o espaço geográfico e ainda pode dar desequilíbrio de biodiversidade. Isso a gente vai lutar contra”. Sobre os orgânicos, o presidente da CropLife Brasil disse que o preço é o maior impeditivo para que eles sejam o futuro da agricultura. “O Brasil é um dos grandes produtores e exportadores de orgânicos. O nicho do orgânico é um belíssimo mercado. Tem um grande espaço para ocupar e o Brasil vai ocupá-lo, mas uma coisa não elimina a outra” afirmou. “Se quiserem me chamar de Mr. Veneno, podem me chamar. Mas tenho certeza de que o que a gente faz é uma das coisas mais importantes para o Brasil de hoje. Se você pegar qualquer outro setor da economia, nenhum tem tanto potencial quanto a ciência investida na produção de alimentos, completou.
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Valor Econômico – Frigoríficos acusam BB de calote em exportação à Cuba
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O Boletim NK, produzido pela NK Consultores Relações Governamentais, é uma compilação das principais notícias publicadas em meios de comunicação do país sobre temas ligados ao setor.
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