Ministério quer criar título mais abrangente que a Cédula de Produto Rural (CPR)
Proporcionar a negociações e financiamentos em toda a cadeia produtiva, industrial e logística do agronegócio com um único título de crédito, que circularia em todos os mercados financeiros e de capitais e teria um modelo flexível para ajustes nos termos de contrato, garantias, liquidação, variação cambial e indexação. Esse é o objetivo do Ministério da Agricultura com a nova Cédula de Crédito do Agronegócio (CCA), cuja criação está em discussão embalada por cálculos que indicam potencial para alavancar algumas centenas de bilhões de dólares em todos os elos da cadeia, destacou o Valor Econômico nesta terça-feira (8). Mesmo com avanços na Cédula de Produto Rural (CPR), a avaliação é que o título ainda não é suficiente para atender todo o setor, pois sua emissão é limitada aos produtores primários (agricultura, pecuária, pesca, silvicultura) e a empresas de primeira industrialização – como usinas de etanol e frigoríficos, incluídos na lei apenas neste ano. A meta é que a CCA, idealizada pelo secretário-adjunto de Política Agrícola da Pasta, José Angelo Mazzillo Júnior, seja mais abrangente e possa ser emitida e comprada por qualquer participante da cadeia – antes, dentro ou depois da porteira. “A CPR precisa estar vinculada a um produto rural. Já a CCA vai abranger toda a cadeia. Poderá ser emitida, por exemplo, por empresas que produzem defensivos e fertilizantes, por indústrias de segunda transformação e até por quem transporta e comercializa diretamente para o consumo”, afirma ele. Atualmente, tradings, cerealistas e revendas podem apenas comprar CPRs. O novo título permitirá também emissões por esses agentes, ampliando suas possibilidades de financiamento. “Para girar a safra, o agronegócio brasileiro precisa de US$ 100 bilhões por ano dentro da porteira, fora investimentos de capital e os outros elos. A CCA tem potencial de abarcar todas as finanças do agro e simplificar todos os instrumentos em um modelo contratual mais flexível que poderá carrear algumas centenas de bilhões de dólares para a agricultura”, diz. De uma maneira geral, a intenção é criar um título que possa ser negociado por produtores agropecuários, indústrias de insumos e empresas de logística, distribuição, tecnologia, agritechs, além de bancos, usinas de produção de energia a partir de biomassa ou rejeitos industriais e até redes de atacado e varejo.
Controle digital de pragas reduz 45% o uso de defensivos
Um experimento conjunto entre a Embrapa e a Cooperativa Cocamar, conduzido no norte do Paraná, comprovou que as tecnologias digitais aumentam a eficácia do manejo integrado de pragas, informou o Canal Rural nesta terça-feira (8). Durante uma safra de soja 2019/2020, foram utilizadas geotecnologias (e.g. georreferenciamento e espacialização de dados) por meio do app Agrotag, disponível gratuitamente no Google Play, para racionalizar a aplicação de inseticidas no controle de percevejos na cultura. Os resultados mostraram redução de até 45% no uso de produtos químicos e melhoria na qualidade dos grãos. A pesquisa, que reuniu equipes da Embrapa Soja (PR), Embrapa Meio Ambiente (SP) e Embrapa Informática Agropecuária (SP), se baseou no conceito de zonas de manejo. A estratégia de amostragem de pragas une conhecimentos digitais e agronômicos para criar mapas de distribuição espacial de percevejos e orientar as máquinas de pulverização a fazer as aplicações apenas em áreas indicadas para os controles químico e biológico. “Cada dia mais, o conceito de zonas de manejo ganha força com o auxílio e a inclusão de ferramentas digitais no dia a dia da agricultura. Conhecer o comportamento de cada talhão dentro da propriedade, está na lista de prioridades de quem quer produzir bem”, explica o pesquisador da Embrapa Samuel Roggia, líder do projeto de pesquisa. A pesquisa acompanhou três estratégias para manejo de percevejo com controle químico. Uma área foi manejada com o conceito de zonas de manejo e aplicação localizada (AP + MIP); outra por manejo integrado de pragas, considerando o controle em área total do talhão quando a população da praga atingia o nível de controle (MIP); e a terceira considerou a prática de manejo de percevejo tradicional da propriedade em área total. Os experimentos foram conduzidos em uma lavoura de soja Intacta, no norte do Paraná, onde foi realizado o levantamento georreferenciado de percevejos utilizando o Agrotag, um aplicativo desenvolvido pela Embrapa para celular e outros dispositivos móveis que permite trabalhar com georreferenciamento. Ao longo da safra, foram gerados mapas semanais da distribuição dos percevejos na lavoura e aplicadas as diferentes estratégias de manejo de pragas. A geração dos mapas de distribuição espacial de percevejos foi realizada pela Embrapa Informática Agropecuária, por meio de cruzamento de dados das áreas amostradas com a ferramenta de análise geoestatística. A geração do mapa parte do princípio que a distribuição dos percevejos na lavoura não ocorre ao acaso, mas segue uma distribuição dependente do espaço e da data de cada avaliação realizada em campo.
Startups apresentam novas tecnologias para controle de pragas e doenças
Nesta segunda-feira (7), a Revista Globo Rural divulgou que, doze startups apresentaram soluções de conectividade para eficiência no controle de pragas, doenças e plantas daninhas na agricultura em um Pitch Day virtual promovido na semana passada pela operadora TIM e pelo hub de inovação Agtech Garage, de Piracicaba (SP). As agtechs demonstraram seus projetos a convidados e a representantes da Amaggi, Adeco Agro, Jalles Machado e Citrosuco, que contribuíram com a perspectiva do produtor. Nesta semana, a TIM anunciará as quatro startups selecionadas para trabalhos em parceria. O diretor de Innovation & Biz Development da TIM, Janilson Bezerra, destacou o alto nível das startups do agro. “Chamou atenção o grau de maturidade e a forma como elas encaram o negócio e a respostas às dores com soluções tecnológicas à altura. Tem startups já com cara de vencedoras, que com certeza, influenciarão e mudarão muito contexto de negócios no Brasil”, ressalta Bezerra. Segundo o executivo, a operadora tem um papel fundamental de criar um ecossistema de negócios para o agro mais digital baseado no alicerce de conectividade. “Estamos aqui para criar essa plataforma onde vamos ter, a partir da conectividade, essa integração das várias competências e tecnologias do agro, através da troca de informações em tempo real, da gestão mais eficientes, mas indo além”, salienta. Alexandre Dal Forno, head de Marketing Corporativo & IoT da TIM, acredita que o NB-IoT, que já tem cobertura em 3.300 cidades brasileiras, irá impulsionar a democratização da tecnologia no campo. A esperança é que, no próximo ano, o governo aprove a desoneração fiscal do IoT, tornando ainda mais fácil o acesso. Uma das startups participantes do Pitch Day foi a Perfect Flight que também trouxe soluções de agricultura de precisão com foco na pulverização aérea de defensivos, para trazer mais sustentabilidade e melhoria da performance da operação. Através de inteligência computacional, a empresa conecta os dados coletados no campo em tempo real e os integra com a sua base de dados. Segundo o diretor de operações da Perfect Flight, Leonardo Luvezutti, além da performance e do custo, a sustentabilidade é um aspecto de extrema da importância para preservação do ecossistema do entorno quando é feita uma aplicação aérea agrícola. “Temos uma área de relatório que serve como parâmetro de planejamento para que, quando for feita essa operação, o piloto ou a empresa saiba tudo o que tem no entorno para que possa preservar, como ele tem que aplicar, para não ser apenas performance, mas produzir melhor e de maneira mais sustentável”, destaca Luvezutti.
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