Disparada do gado no Brasil cria ambiente desafiador para a Friboi
A disparada dos preços do boi gordo no Brasil, reflexo da menor oferta de animais, torna o ambiente para o negócio de carne bovina da JBS no país “mais desafiador”, afirmou nesta quinta-feira (12) o CEO da companhia na América do Sul, Wesley Batista Filho. “É um mercado que a gente vê mais desafiador com os atuais preços do gado e a perspectiva de oferta para o ano que vem”, afirmou o executivo, em teleconferência com analistas. De acordo com o Valor Econômico ao que tudo indica, a disponibilidade de boi gordo permanecerá limitada no Brasil em 2021. Na quarta-feira (11) à noite, a JBS divulgou os resultados do terceiro trimestre com indicativos de que a alta do preço do gado já comprimiu a margem de lucro do negócio de carne bovina no Brasil. De julho a setembro, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado da JBS Brasil — unidade de negócios que agrega Friboi e as operações de couro e subprodutos — somou R$ 856,9 milhões, com margem de 7,5%. No mesmo intervalo do ano passado, a margem havia sido de 8,5%. Quando se compara com os resultados do segundo trimestre, o impacto da forte alta do preço do gado fica ainda mais evidente. De abril a junho, a margem Ebitda ajustada da JBS Brasil foi de 13,8%, 6,3 pontos percentuais acima do reportado no trimestre seguinte. O indicador Esalq/B3 para o boi gordo no Estado de São Paulo atingiu R$ 292 por arroba na última quarta-feira, valorização de 42,9% na comparação com o mesmo período do ano passado. É importante ponderar que, embora seja líder no mercado brasileiro de carne bovina, a Friboi está longe de ser a principal unidade de negócios da JBS. Nesse sentido, a perspectiva negativa para a operação não deve mudar o cenário favorável para o negócio global da gigante de carnes, que gera a maior parte do lucro nos Estados Unidos.
Exportação de carne de frango recua 9% em outubro, diz associação
As exportações de carne de frango do Brasil recuaram 9,4% em outubro ante mesmo mês do ano passado, totalizando 319,7 mil toneladas, em resultado afetado pela ausência de vendas para México e Filipinas, informou nesta quarta-feira (11) a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Segundo levantamento da entidade, as receitas com as vendas da proteína no mês passado alcançaram US$ 446,8 milhões, queda de 21,2% na comparação anual dos valores na moeda norte-americana, destacou o G1. A ABPA citou a Arábia Saudita como “principal destaque” entre compradores em outubro, com 44,9 mil toneladas, avanço de 22% em relação ao mesmo mês de 2019, e também destacou números positivos nos embarques para União Europeia (+29%) e África do Sul (+5%). “A retomada gradativa dos embarques para a Arábia Saudita e o incremento dos volumes enviados para a Europa indicam maior capilaridade nos embarques do setor”, disse em nota o presidente da ABPA, Ricardo Santin. “Apesar dos impactos sentidos pela falta do México e Filipinas nas vendas deste mês em relação a outubro de 2019, as exportações internacionais seguem, de forma geral, em patamares equivalentes ao verificado em 2019”, acrescentou. No acumulado de 2020 até outubro, as exportações brasileiras de carne de frango somam 3,498 milhões de toneladas, praticamente em linha com igual período do ano passado, enquanto as receitas atingem US$ 5,066 bilhões, com queda de 13%. Considerando o resultado dos dez primeiros meses do ano, a China segue como principal cliente, com compras de 564 mil toneladas de carne de frango no período, alta de 24% na comparação ano a ano, acrescentou a ABPA.
Venenos de serpente e de aranha da Amazônia têm potencial farmacológico
Pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto Butantã, apoiados pela Fapesp, identificaram no veneno de uma serpente e de uma aranha do Norte do Brasil uma série de peptídeos – pequenos fragmentos de proteínas – com potencial farmacológico para combater condições cardíacas, bactérias, fungos, vírus e câncer, entre outros, informou o jornal O Estado de S.Paulo nesta quinta-feira (12). O estudo do veneno da serpente, a jararaca-do-norte (Bothrops atrox), foi publicado no Journal of Venomous Animals and Toxins including Tropical Diseases. A espécie é responsável pela maior parte dos acidentes ofídicos na região Norte do país. A aranha é uma espécie de tarântula também da região amazônica, a Acanthoscurria rondoniae. O trabalho sobre suas toxinas foi publicado na revista Frontiers in Pharmacology. “Encontramos 105 peptídeos [pequenos fragmentos de proteína] no veneno da jararaca-do-norte e 84 novas toxinas expressas nas glândulas de veneno da aranha, muito pouco estudada até hoje. Há vários estudos sobre a espécie de serpente, mas não nesse nível de detalhe dos peptídeos, que são moléculas pequenas, com poucos aminoácidos, o que facilita sintetizarmos aquelas que parecerem mais interessantes”, explica Alexandre Tashima, professor da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp) e coordenador dos estudos, que integram projeto apoiado pela Fapesp. Venenos de animais são conhecidos pelo grande potencial biotecnológico. As serpentes do gênero Bothrops, por exemplo, possuem toxinas ricas nos chamados peptídeos potenciadores da bradicinina, que no passado originaram medicamentos para controle da pressão arterial, como o captopril, advindo de peptídeos da jararaca (Bothrops jararaca). A empresa norte-americana Vestaron, por exemplo, transformou o veneno de uma espécie de aracnídeo australiana (Hadronyche versuta) em um biopesticida, que paralisa insetos que prejudicam lavouras sem afetar abelhas, aves e mamíferos. No estudo atual com a jararaca-do-norte, os pesquisadores buscaram diferenciar o veneno das fêmeas e dos machos, analisando quatro indivíduos de cada sexo. A hipótese era de que as fêmeas poderiam ter diferenças na composição do veneno, uma vez que são maiores e que estudos já mostraram que a peçonha é mais potente, talvez por razões evolutivas. “Dependendo do local onde vivem e das presas que têm à disposição, as serpentes podem ter diferenças na composição do veneno, mesmo dentro de uma mesma espécie. No caso das fêmeas, uma vez que elas precisam proteger os ovos, pode ser que isso tenha favorecido uma seleção de formas mais potentes das toxinas”, diz Tashima. Confirmando a hipótese, o levantamento – usando a técnica de espectroscopia de massas – mostrou que as fêmeas têm uma maior abundância de desintegrinas, peptídeos conhecidos por se ligarem a proteínas presentes nas plaquetas do sangue. Uma hipótese levantada pelos pesquisadores é que as desintegrinas das jararacas fêmeas possam interferir ainda mais na coagulação sanguínea do que as dos machos. No entanto, ainda é preciso testar essa possibilidade. Uma das novas desintegrinas foi caracterizada e nomeada como BATXDIS1.
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