CNM aponta falta de medicamentos básicos em mais de 80% das cidades
Uma pesquisa da Confederação Nacional de Municípios (CNM) apontou que 80,4% dos 2.469 municípios que responderam à consulta relataram falta de medicamentos básicos da assistência farmacêutica, destacou matéria do site da CNN Brasil. A lista inclui remédios para tratamento de doenças crônicas ou de sintomas leves. As maiores ausências relatadas foram de amoxicilina (68%), dipirona (65,6%), dipirona injetável (50,6%), prednisolona (45,3%), azitromicina (42%) e ambroxol (39,6%). Também foi observada a falta de outros medicamentos como carvedilol, folinato de cálcio, omeprazol, sais para reidratação oral, varfarina, gliclazida, nitrofurantoína e loratadina. A ausência deste grupo de remédios foi relatada por 55,6% das gestões municipais. Há casos de indisponibilidade total e de dosagens específicas. Quase metade (44,7%) dos municípios que participaram da pesquisa apontaram que a falta dos produtos ocorre entre períodos de 30 a 90 dias. Segundo a CNM, “esse dado indica que o problema do desabastecimento não é algo pontual, muito pelo contrário, tornou-se crônico”. Em 19,7% (486) o desabastecimento acontece há mais de 90 dias. Em apenas 12,6% (312) dos municípios esse problema se apresenta há pelo menos 30 dias. Na pesquisa, 12,6% dos municípios informaram que têm previsão de normalização dos estoques em até 30 dias. Para a maioria das cidades (59,2%), não há previsão para a resolução do problema. Diante deste cenário, 58% das gestões municipais tiveram que recorrer à compra emergencial de medicamentos ou insumos. A CNM também procurou saber se além de medicamentos há falta de insumos básicos médicos ou ambulatoriais. Foi constatado que 66,7% dos municípios que responderam à pesquisa não apontaram falta destes insumos, como seringas, gazes, agulhas e ataduras. Já 28,5% relataram falta destes materiais, enquanto 4,7% não souberam responder. Após a pesquisa, a CNM concluiu que “existe há mais de 90 dias desabastecimento crônico de medicamentos básicos e especializados que está afetando os serviços públicos de saúde, inclusive os básicos, estruturas nas quais a população busca atendimento de questões respiratórias e do pós-Covid-19, onde se acolhem as populações com doenças crônicas como hipertensão e diabetes”. Para acessar a matéria completa, clique aqui.
“Pandemia alimenta maior retrocesso em vacinações em 3 décadas”, diz OMS
Um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância (Unicef) mostrou que a pandemia de Covid-19 impactou a imunização de crianças contra outras doenças e “alimenta o maior retrocesso contínuo nas vacinações em três décadas”, segundo divulgação da OMS, informou a revista Veja. Os dados apontam que 25 milhões de pessoas na faixa pediátrica deixaram de receber doses contra doenças que salvam vidas no ano passado. A queda tem relação, de acordo com as entidades, com o número crescente de crianças em áreas de conflito, impactos da pandemia e interrupção de serviços de saúde durante o período. O problema é que a situação é acompanhada pelo aumento de episódios de desnutrição infantil, que leva ao enfraquecimento da imunidade e faz com que as crianças fiquem mais vulneráveis às infecções. Segundo o balanço, o índice de crianças que receberam as três doses contra contra difteria, tétano e coqueluche (DTP3) caiu cinco pontos percentuais em 2021 em relação a 2019, atingindo 81%. A cobertura para sarampo também está em 81%, a mais baixa desde 2008. “Este é um alerta vermelho para a saúde infantil. Estamos testemunhando a maior queda sustentada na imunização infantil em uma geração. As consequências serão medidas em vidas”, disse Catherine Russell, diretora executiva do Unicef.
CoronaVac: Ministério da Saúde libera vacinação contra Covid-19 a crianças de 3 a 5 anos
O Ministério da Saúde liberou a vacinação para crianças de 3 a 5 anos com CoronaVac nesta sexta-feira (15), informou o jornal o Globo. Com o anúncio, estados e municípios já podem usar os estoques disponíveis para começar a imunizar o público infantil. A decisão chancela o parecer do Comitê Técnico Assessor em Imunizações do Programa Nacional de Imunizações (CTAI/PNI), aguardado pela alta cúpula. O grupo também aprovou a dose de reforço para a faixa etária de 5 a 11 anos. Segundo interlocutores ouvidos pelo GLOBO, a pasta deve publicar nota técnica na próxima semana. É o documento que orientará estados, Distrito Federal e municípios na aplicação de doses no público mirim. O anúncio acolhe o aval dado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na última quarta-feira (13), que ampliou a autorização de uso emergencial para o grupo — anteriormente, era a partir de 6 anos. Com cinco votos a favor, a decisão foi tomada por unanimidade e leva à inclusão da nova faixa etária na bula do imunizante. A pasta informa que negocia novas remessas. Como a coluna de Lauro Jardim antecipou, a opção que está na mesa é comprar diretamente do consórcio global Covax Facility, que seria mais barato que adquirir do Butantan. ” Para acessar a matéria completa, clique aqui.
Estudo identifica apenas 52 emergências psiquiátricas no Brasil
O Brasil tem apenas 52 unidades de emergências psiquiátricas, aponta estudo desenvolvido por pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), informou a Agência Brasil. As conclusões do artigo, que reuniu respostas de 29 serviços, também apontaram falta de estrutura para o atendimento de crianças e adolescentes, superlotação de salas de curta permanência e falta de vagas para internação, nos casos em que o encaminhamento é necessário. O trabalho tomou como ponto de partida o número de 83 unidades identificadas pela Associação Brasileira de Psiquiatria em 2019. A partir dessa lista, os pesquisadores constataram que 17 já não existiam mais e 14 não eram emergências psiquiátricas, e sim, serviços de emergência geral. Das 52 identificadas, todas são públicas. “Dessas 29 [respondentes], 18 estão no estado de São Paulo. [Uma distribuição] completamente díspar”, apontou Cintia de Azevedo-Marques Périco, autora principal do estudo e professora da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC). A pesquisadora lembra que as emergências psiquiátricas passaram a ser previstas na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) em 2018. “Nós precisamos ter ambulatórios, precisamos ter Caps [Centro de Atenção Psicossocial], precisamos de leitos de enfermaria em hospital geral, emergências psiquiátricas, Caps Infantil, Caps Álcool e Drogas, residência terapêutica e por aí vai”, lista a médica. Cintia aponta que as emergências psiquiátricas contribuem para evitar internações excessivas, pois a estrutura de permanência é de até 72 horas, fornecendo subsídios para avaliar se há a necessidade de internação. Na avaliação da psiquiatra, o baixo número de unidades no país tem relação com o fato de não serem destinadas verbas específicas para essa ação. Ela explica que unidades assim precisam, além de psiquiatras com treinamento para emergência, de equipes especializadas de enfermagem e também assistente social. A médica lembra que há muito tempo é previsto o leito de psiquiatria em hospital geral, mas a disponibilidade ainda é deficitária. Para acessar a matéria completa, clique aqui.
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